quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

TANTO FAZ SER A PRIMEIRA, SER A SEGUNDA OU A TERCEIRA REPÚBLICA QUE A MERDA É A MESMA

“Estávamos na 1.ª República e assistia-se a uma desordem financeira. Um aumento colossal e crónico do défice, a que se juntava uma máquina do Estado ineficiente, gastadora e perdulária – desde os serviços centrais até às colónias, passando pelas autarquias”.
Não me parece que estejamos na 1.ª República, mas segundo uns na 2.ª República, segundo outros, na 3.ª República.
Tanto faz, desde que nos consigamos situar no tempo. E “mutatis mutantis”, o tempo mudou, mas os problemas são os mesmos.
Continuamos a viver uma desordem financeira, com um aumento colossal e crónico do défice, em que felizmente, em mais de 90% é só responsável o Estado central.
Estado central, gastador e perdulário. Que teima nos grandes investimentos do Estado, como se a solução do país passasse por aí.
Somos hoje, um país cuja máquina produtiva de bens transaccionáveis se encontra destruída. Desde a agricultura, às pescas, porque durante uns anos houve uma classe de políticos que diziam a toda a hora, que o futuro do país passava pelos serviços, em boa parte o turismo e pelos rebanhos de ovelhas no Alentejo.
O resultado está à vista.
Como se não bastasse, temos assistido à gestão do poder por dois partidos que, ora são governo ou oposição, mas enquanto governo, os seus actos de gestão, não têm relação nem com os programas de governo, nem com os programas partidários, muito menos com as exigências do país.
Podemos tirar como conclusão, que ao fim de trinta e cinco anos de alternativa partidária, na governação do país, estes fracassaram e que apregoar como solução do problema nacional em que nos encontramos, que o mesmo passa pelos partidos, não oferece o mínimo de garantia. E penso que chega de experiências.
Os partidos, formaram-se à volta de pessoas, de interesses mesquinhos e de certos apetites e têm, hoje, como única finalidade, servir esses interesses e apetites.
Ora, é essa mentalidade partidária que tem de acabar, se queremos entrar num período de renovação.
Acabem com essas ideias peregrinas de procurar encontrar ideologias, em congressos e fóruns, dos quais não sai absolutamente nada, a não ser a passagem de modelos, de egocentrismos, dos portadores dos referidos interesses e apetites, que são antagónicos com a necessidade de encontrar o caminho que o país perdeu.
Os partidos corrompem, desvirtuam o poder e deformam a visão dos problemas. E o que fica em causa é a utilização dos valores do país para o bem comum. Que o digam os milhares de portugueses que vivem no limiar da pobreza e os mais de seiscentos mil desempregados que o país tem, e que não se resolvem com ladainhas de estágios e outras soluções de marketing.
Tanto faz ser a primeira, ser a segunda ou a terceira república que a “merda” é a mesma.

“Riparum usus publicus est iure gentium, sicut ipsius fluminis.” [Digesta 1.8.5] De acordo com o direito das gentes, o uso das margens do rio é público, da mesma maneira que o do próprio rio.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

HOJE SOMOS MUITOS, AMANHÃ SEREMOS MILHÕES

Creio que este era o “slogan” que em tempos orientava o PSD. Tempos que já lá vão, ainda era Presidente do PSD o Dr. Francisco Sá Carneiro.
Fazendo jus ao “slogan”então em voga, os militantes do PSD nunca o esqueceram. E hoje, decorridos 30 anos, ainda lhes está na mente o referido “slogan”.
Basta ver a notícia dada, pelo CM, cujo título é: “PSD esquema das secções para conquistar mais influência”.
E a notícia vai dando exemplos dos múltiplos pseudo - militantes que coabitam na mesma morada. Desde do Bairro da Boavista, passando pela secção A, aliás famosa desde sempre, onde em três moradas residem 21 militantes.
Há muito que se vem denunciando esta situação, que os diversos líderes não pretendem esclarecer mas, não deixam de apregoar a ética e a transparência.
Quem não consegue ser transparente na sua própria casa, não tem autoridade moral para exigir ética a ninguém, a não ser que, o facto de se ter militantes a residir, às carradas, na mesma morada, seja ético, mesmo que eles venham de bairros de outros zonas ou distritos.
Também há muito se fala de que estes militantes beneficiam, além das quotas pagas, de outros benefícios para votarem, quando se torna necessário. Seja nas secções, seja nas distritais e agora nas nacionais.
Segundo consta, o PSD não está sozinho nesta embrulhada. Há mais partidos na mesma situação.
Ninguém controla nada, o próprio Estado que é governado pelos próprios partidos, nada está interessado em fazer.
Por isso, assistimos aos mandatos infindáveis dos notáveis que vão povoando os partidos e que têm levado o país à bancarrota.
A democracia está podre! Estamos a viver em demagogia!
Como está na moda, a corrupção, começa nos partidos! Não haverá códigos de ética que lhes possam valer.
Não precisamos de mais partidos, precisamos de uma nova democracia, se for possível!
São os meus sinceros votos, para 2010!

“Deus testis est.” [Vulgata, 1Tessalonicenses 2.5] Deus é testemunha.

domingo, 27 de dezembro de 2009

UMA MÃE PERDOA SEMPRE

Mê rico filho!
Vi-te na televisão, a dar os cumprimentos de Natal, ao Sr. Presidente. Mas achei estranho não teres falado da colaboração institucional que era teu apanágio, nos últimos cinco Natais.
Eu compreendo! Escusas de dizer. Eu sei que tens que criar algum mal-estar, para depois apoiares o Senhor às eleições, pois não vais ter alternativa dentro do partido. O Alegre não te larga e sinceramente, não te estou a ver a trabalhar com ele.
Então é que era o fim da macacada.
Já nesta altura, sabe Deus o que tu não tens de aguentar, com essa malta.
O teu caminho para o socialismo, nem ao Hugo Chavez passava pela cabeça.
Desorçamentar, com a criação de empresas do Estado foi uma ideia genial. Socialismo sem contar para o défice orçamental.
Agora, o Guilherme, é que anda a tramar-te a vida, com as negas às parcerias pública - privadas. Não há direito. Aquelas barragens que eram essenciais para aumentar em 3% a produção eléctrica nacional e que iriam criar emprego a rodos, é o que o Cavaco chamaria forças de “bloqueio”.
Mas ele já não é do teu partido? Olha! Só te digo é que com amigos assim, não precisas de ter inimigos.
Então, eles não ouvem as tuas intervenções? Não sabem que o futuro do país está no investimento megalómano do Estado?
Às vezes ponho-me a pensar para que é que andei a criar um filho. És um incompreendido. É o que é!
Não te preocupes com os robalos, pois passei a consoada, como tu disseste, com um prato de bacalhau, bem regado com aquele azeite lá da herdade do teu amigo. Uma maravilha.
Depois, os meus olhinhos até brilharam, com as fatias doiradas.
Agora, mandares-me jogar os joguinhos do Magalhães é que não. Às vezes, esqueceste que sou tua mãe, não é mê filho?
Uma mãe perdoa sempre, mesmo quando os filhos são como tu! Agora, o país é que já não sei.
Agora resta-me, desejar-te Boas Festas e não desanimes. Não vale a pena dramatizares dessa maneira.

“Pars maxima fere hominum habent hunc morem: quod sibi volunt, dum id impetrant, sunt boni; sed id ubi penes iam sese habent, ex bonis pessimi et fraudulentissimi fiunt.” [Plauto, Captivi 165] A maior parte dos homens tem esta característica: enquanto tentam obter o que querem, são virtuosos; mas quando já o têm para si, de bons se tornam

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

MÃEZINHA, NÃO HÁ ROBALOS PARA A CEIA DE NATAL




Mãezinha ainda bem, que vêm aí as férias de Natal.
Vou tirar umas férias e descansar desta barulheira infernal dos homossexuais, orçamentos e outras coisas mais.
Mas não há nada, que chegue àqueles velhos tempos de escola. Isso, é que eram férias. Lembras-te, mãezinha? Se eu já não pegava no livro durante as aulas, muito menos o fazia durante as férias. Mas em compensação tive uns professores muito porreiros, pá, que me facilitaram imenso a vida e quando eu não podia ir aos exames, mandava-os por fax. Bons tempos. Agora é um bocadinho diferente, porque tenho este “dossier” do orçamento que me está a dar água pela barba. Como é que eu vou dizer à malta da função pública que este ano não há aumentos de salário?
E digo-te mais, mãezinha…se não deito o Governo a baixo, para haver eleições antecipadas, como é que eu vou dizer à malta que para 2011 vamos ter de aumentar os impostos, baixar salários, deixar de pagar o décimo terceiro mês? Não me dizes, mãezinha? Ninguém vai ter paciência para aturar a oposição.
Já sei que me vais dizer, para me desculpar, que foi a crise internacional e que já estamos a recuperar. E que temos que resolver este problema do défice. Isso, eu sei! Mas achas que eles vão acreditar?
Por outro lado, mãezinha, que solução é que eu vou apresentar para reduzir a divida externa? Com essa é que estamos tramados.
O quê? Com a exportação de computadores Magalhães para a Venezuela? Oh, mãezinha, o Hugo nem a última encomenda quis. É como te digo, estamos tramados. Tenho que pensar noutra coisa qualquer, para entreter o pessoal. E ainda por cima, se vou reavivar essa do Magalhães, tenho mais uma comissão de inquérito em cima. Já basta esta, do Magalhães que foi pago pela Acção Social Escolar. Não é por nada, mas ainda são 180 milhões. Sim, porque com esta dos gays, já não me safo, porque fica resolvida, agora. E para entreter um pouco mais o pessoal e chateá-los mais um bocadinho com esta “maricagem”, vou dar indicações ao pessoal para eles votarem a proposta do Bloco de Esquerda e fica já a adopção resolvida. Nem é tarde, nem é cedo.
Até lá, hei-de pensar em qualquer coisa.
Mãezinha! Um Bom Natal e um ano novo cheio de “propriedades”.


PS: Mãezinha, já depois de ter fechado a carta é que me lembrei de te dizer que este ano não há robalos para a ceia. Come bacalhau, com azeite tecnológico, subsidiado pela PAC. Aproveita o Magalhães que te arranjei para te entreteres com uns jogos. Não tivesses dado cabo da “playstation”.
" Nescit dulcedinem epularum, qui famem non est expertus. "[Titelmano / Bernardes, Nova Floresta 5.180] Não percebe o sabor da comida quem não sentiu fome.

domingo, 20 de dezembro de 2009

UM PAÍS DE SUCESSO

Ainda há quem se admire, que os empresários aproveitem a época, para fechar as suas empresas. Se fosse empresário, ponderava, seriamente, a faculdade de encerrar o meu negócio.
Estamos num país, em que ser empresário é ser-se malandro! Como malandro, há que lhe dar cabo do canastro, porque assim não pode ser!
Impostos e mais impostos! Só se fala de obrigações sociais, ninguém fala em gastar menos. Em deixar de engordar o Estado!
Se alguém é empresário, tem a obrigação de pagar os ordenados a quem para si trabalha! Justo! Justíssimo!
Mas depois, tem de pagar, as contribuições para a Segurança Social e se não pagar, o “vigarista”, o “criminoso”, vai ter um processo-crime em cima. Além do mais, responde com o seu próprio património. Mas, não fica por aqui, ainda vai ver o seu nome e da empresa numa lista de indigentes, publicada pelo Estado.
Tem de realizar as retenções do IRS e entregar ao Estado, que assim se serve da sua estrutura administrativa, à borla, e entregar esse dinheiro ao mesmo Estado. E, como é, à força, um intermediário, além de não ganhar nada com isso, se faltar ao compromisso ou se houver atraso, é penalizado.
Criminalizado, penalizado, enfim… ser empresário é arriscar o que é seu, em detrimento dos outros e ainda ficar, permanentemente à disposição da arrogância do Estado, a todo o momento, sendo visto como o único responsável do não funcionamento da economia.
E se as empresas dão lucro, está tramado, porque tem de pagar impostos, pela riqueza que está a gerar, e não vá o tipo fugir, até lá, paga o pagamento especial por conta, quer tenha lucros quer não!
E como se as coisas não chegassem, o Estado incompetente, visa gerar mais receitas com o novo código tributário. Sim, porque no meio de tudo isto, não são só os empresários que levam com a ripa…os trabalhadores também. E os reformados também, e os pré-reformados!
Ainda há pouco tempo, ouvimos falar da necessidade de alterar o esquema da segurança social, no que ao cálculo das reformas dizia respeito, para prevenir a sua sustentabilidade, para as gerações futuras. Bom, parece que afinal não chega, porque uns atrevidos investiram o dinheiro, que é nosso, em fundos de alto risco! E ninguém os prende. Ninguém os criminaliza, ninguém põe o nome destes malandros numa base de dados, em que toda a gente fique a conhecê-los.
Administrar o dinheiro dos outros, desta forma, e não ser responsabilizado é fácil, quando se tem a prerrogativa de colocar quer em cima dos empresários quer dos trabalhadores uma maior carga fiscal.
E esta porcaria de país, assiste, impávido e sereno, a esta devassa!

Por outro lado, andamos no corrupio da alta finança, a ver os roubos e vigarizes no BPN, no BPP, apoio à banca, generalizado, e quem paga esta treta toda? Os portugueses, aqueles que têm a mania que são espertos, nas suas atitudes diárias do salve – se quem puder, como se assim chegasse a algum lado.
Enquanto este povinho anda a tentar fugir, de pagar umas migalhas, andaram alguns a pedir dinheiro num Banco, para comprar acções noutro Banco e como a pandilha é grande, saltamos da administração de um lado para o outro e vamos controlar a situação no outro lado, porque isto, descambou.
E que garantias foram dadas? Nenhumas, e ninguém lhes cai em cima, porque são investidores/especuladores e não têm nenhuma fábrica de cuecas ou meias, no Minho. Porque se tivessem, estavam tramados! Tinham o nome na base de dados e só lhes restava comprar um bilhete de avião para Madrid e depois em Madrid, outro bilhete para o Brasil, para não deixar rasto, àquela justiça tributária, a mesma que investe o dinheiro da segurança social em fundos de alto risco.
E tudo isto se vai passando, enquanto nos vão distraindo com as pressões no Ministério Público, mais o caso Freeport, mais este caso e mais aquele e o país a afundar-se!
Parece, até, que o país não está endividado, e que a própria Caixa Geral de Depósitos, não está debaixo de olho das empresas de “ranking”, pois esta, até à data, tem sido um poço sem fundo para suportar toda esta pandilha, que tem aberto buracos financeiros em todo o lado. Portugueses, vamos ter de aumentar o capital social da Caixa Geral de Depósitos, outra vez! Aguentem-se à bronca!
Ah, mas se o meu amigo, for um modesto contribuinte que se tenha atrasado no pagamento dos seus impostos, está tramado, pois vai ter de pagar coimas ao Estado e ainda vai ver o seu nome na base de dados.
Resta perguntar: quem quer ser empresário neste país? A única profissão que não tem riscos é a de banqueiro e de especulador. Todas as outras, empresário ou trabalhador, estão condenadas a serem perseguidas, criminalizadas e a verem o seu nome vilipendiado, numa qualquer base de dados de um Estado, pródigo e especulador, também!

“In controversiis, quas in iudiciis moveri contigerit, aequalitatem litigatoribus volumus servari.” [Codex Iustiniani 12.19.12.4] Nas demandas que forem movidas em juízo, queremos que seja observada igualdade entre as partes.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

CASAMENTO GAY



Pela primeira vez, o Partido Socialista vai cumprir uma promessa eleitoral. Vai ser aprovada, amanhã, a proposta de lei que permitirá o casamento de pessoas do mesmo sexo.
Esta lei, não vai permitir a adopção. O que me parece violar o direito constitucional, se a lei que vai ser proposta for, de facto, o “casamento”.
Não vai tardar muito, eventualmente na próxima legislatura, quando o Partido Socialista se achar mandatado, uma vez mais, que se irá aprovar uma proposta de lei, para adopção de crianças, por casais do mesmo sexo.
Há uma história, interessante que ocorreu em 2006, pouco tempo depois de ter sido aprovado a lei, em Espanha, para os casamentos de pessoas do mesmo sexo, em que uma das senhoras, tendo realizado uma fecundação “in vitro”, casada com outra senhora, a segunda, (não sei se marida, se mulher) requereu, ao tribunal de Algeciras que se pronunciasse pelo direito, de esta consorte ser igualmente mãe da criança gerada “in vitro”. E como a lei continha uma lacuna e, existindo o princípio, de que os tribunais não se podem recusar a julgar qualquer causa por falta de lei, foi criada a norma que o legislador teria feito e a criança ficou com duas mães.
Bom, se há casamento, também há divórcio. Sabendo nós que a tendência generalizada, em caso de divórcio, os tribunais, optam por entregar a criança à mãe, pergunto-me como se irá o tribunal pronunciar, para se decidir entre as duas mães? Que critérios?
Ainda bem que o país não tem problemas graves para resolver! E este era premente, pois se for igual a Espanha, em que, em 2008, os casamentos homossexuais se ficaram por pouco mais de 1.300, quando os casamentos heterossexuais foram mais de 240.000, poderemos ver a proporção e chegaremos em Portugal, a cerca de 300 casamentos homossexuais.
“Mater semper certa est; pater is est quem nuptiae demonstrant.” [Digesta 2.4.5, adaptado] A mãe é sempre certa; o pai é aquele que o casamento indica

FAZEDORES DE OPINIÃO

Há necessidade de se irem encontrando bodes expiatórios, pelos múltiplos levantamentos de suspeições, de que o Ministério Público é useiro e vezeiro.
Depois de ter lido o artigo de opinião, de Rafael Barbosa, “Autarcas Suspeitos”, não posso deixar de perguntar, o que jaz sob artigos desta natureza?
Ao longo destes anos, fomos assistindo ao mediatismo do MP, no caso da “compostagem” na Covilhã, no caso “Portucale”, no caso “Operação Furacão”, no caso dos “Submarinos”, no caso “BPN”, no caso “BPP”, no caso "FreePort," no caso "Independente" e por último, no caso “Face Oculta”.
Decorridos mais de dez anos, sobre o primeiro caso, o que se sabe? Vai a julgamento. Quanto aos outros casos? Nada se sabe. Comissões de inquérito da Assembleia da República que acabam por reforçar o mediatismo do Ministério Público, sobrepondo-se nalguns casos, e depois de muita tinta nos jornais e muita conversa de televisão. Mesas redondas, mesas quadradas. Enfim. Um nunca mais acabar de opiniões, em que a maioria delas são opiniões de quem nada sabe, mas acha-se no direito de opinar. E esta opinião de Rafael Barbosa, não é mais, do que um opinar, de quem podia meter a opinião no saco. Francamente não percebo, como é que com gente de tanta categoria a dar opiniões, este país ainda está na fossa?
Diz o autor do artigo de opinião que: “Tal como no caso de limitação de mandatos, é provável que a proposta seja aprovada. Porque ninguém quer correr o risco de voltar a conviver com Isaltinos e Fátimas”.
Na senda desta opinião, direi eu, ninguém deve querer correr o risco de voltar a conviver com Administradores de Bancos, Ministros, Secretários de Estado, Empregados Bancários, Sucateiros e fazedores de opinião, já agora.
Embora tente, respeitar a opinião, acho que é um pouco de “pedantismo” e “sobressairia”, quando se afirma que os eleitores, “devem ser afastados de cair na tentação de eleger condenados com obra feita.”
Porque é que não devem ser afastados de votar, já agora, em quem permanentemente anda envolvido em suspeições, de casos que vão levar sete ou oito anos em suspeição e de cujos resultados se espera, sempre, uma mão cheia de nada?
Só se tenta “triturar” na justiça, quem não está debaixo de um chapéu partidário. Não concorda Senhor Rafael Barbosa?
E só lhe digo que até se conseguem acórdãos em que alguém viola um acto administrativo que não existia e que só veio a existir 7 meses depois, para se conseguir encontrar um crime de corrupção. E, ainda, se consegue classificar um crime instantâneo, num crime continuado, contrariando todos os princípios de direito e que ao longo de décadas, a doutrina tem afirmado nos seus manuais de direito penal, pelos mais reputados professores catedráticos de direito criminal, de modo a que o hipotético crime, não prescrevesse.
Tenha calma e se houver justiça, emita a sua opinião, depois de transitar em julgado e com toda a certeza, terá de digerir esta sua opinião.
Eu sei que é pedir demais, mas devia haver uma lei que nos aliviasse de “fazedores de opinião” que chegam a apelidar os eleitores de burros e idiotas. Essa não!

“Os qui non claudit, quae non vult, saepius audit. » [Gaal 1295]. Quem não fecha a boca, geralmente ouve o que não quer.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Mãezinha andam a brincar com o orçamento



Eles têm andado a brincar com esta coisa do orçamento, mas vão-se sair mal. Então, não é que querem ter dois orçamentos? Isto nem está previsto na lei. Estou farto de explicar que quem ganhou as eleições fui eu, mas eles insistem em querer impor outro orçamento.
Diálogo, mãezinha? Mais diálogo do que aquele que eu tive? Então, logo no início, eu disse-lhes: “vamos fazer aqui um acordo qualquer e vocês apoiam tudo aquilo que eu quero”. Oh, mãezinha, melhor acordo do que este eles nunca teriam. Não percebem!
E eu até não fui esquisito. Tanto fazia acordos à direita como à esquerda. O que era importante é que algum deles assinasse por baixo.
Mas levam para baixo. Já comecei com as minhas intervenções democráticas. Uma delas foi em Beja. Que é para os do PC saberem como é. Um dia destes vou até ao Cavaquistão e largo as mesmas prosas. E depois até Maio, vamos ver se isto vai ao não vai a eleições novamente. Lá para Belém, nem o Presidente, nem o menino Jesus…mas esse, ainda desculpo, pois agora anda lá entretido com o Benfica. E olha que é cada “olhada” que não te digo nada. Mas, o António até já foi à televisão, dizer que o Presidente tinha de ser interventivo, que tinha de apoiar o PS, mas o maroto, nada.
E sabes que ele para ser reeleito, precisa do meu apoio. O homem vai ter que se decidir.
Não, não te preocupes! O Alegre é que eu não apoio, se não ficava na mão daquela malta…
Não fazia mal nenhum, o Presidente dizer que isto estava tudo nas “lonas” e que era necessário o apoio ao Governo e então, nessa altura, já tínhamos a cobertura para aumentar os impostos e mais umas coisitas que temos de fazer.
Se não, depois vai ser pior…temos de fazer como a Irlanda. Sim, vamos ter que reduzir para aí em 20% os salários da função pública, deixar de pagar 13.º e 14.º mês, aumentar as taxas moderadoras, aumentar os descontos para a Segurança Social, e por aí fora.
Eu bem tento…estavam a pensar que me condicionavam com aquelas coisas do Vara e do resto do pessoal que está ligado ao PS, mas já conseguimos deixar a ideia que tudo isto, não tem nada a ver com o partido. O quê? No caso do BPN? Isso é diferente, mãezinha, aí é mesmo o PSD. Não há que confundir as coisas.
Ah, e o Magalhães? Oh mãezinha, nunca mais largam o tema. Bolas! Agora é por causa dos cento e oitenta milhões da Acção Social Escolar que foram para comprar os computadores. Então, estavam a pensar que tudo aquilo era de borla?
Mãezinha, não há pachorra!
Saudades! Depois de Copenhaga, eu telefono e vamos comer um robalo escalado. Combinado?
Beijinhos!

PS- Não o Vara não vai. Eu até já não falo com ele, vai para uns dois meses.

“Amo libertatem loquendi”. [Cícero, Ad Familiares 9.22] Amo a liberdade de falar.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

MÊ FILHO, O TRATADO DE LISBOA JÁ NINGUÉM TE TIRA



Mê rico filho!
Cá recebi a tua cartinha.
Nem sei porque é que continuas nesse trabalho. Do que tenho visto e ouvido, penso que em vez de insistires para ficares, obrigando a oposição a deitar-te abaixo, larga mas é isso, e vai para ao pé do tê amigo. Sim! Aquele que era conhecido como o picareta falante. Não é ele que está lá na Comissão para os refugiados? Ora bem. Lá é que tu estavas bem.
Passavas a ter uma vida mais descansada, até podias engordar um bocadinho, porque ao fim e ao cabo, também não estamos assim tão mal. Com o pezinho de meia que tu arduamente juntaste, já podíamos levar uma vida mais descansada. E eu aproveitava para estar mais tempo com os netinhos.
Deixa-os andar nessa luta do “Face Oculta” e os tês amigos que se desenrasquem que já têm idade para isso.
Como essa malta da oposição, não tem alternativas, em face da tua capacidade inventiva, agarram-se a essa, da “Oculta” e agora não descolam. Sabes bem que é verdade!
Dentro do partido é o avô alegre, já pronto para afiar a faca. Isso ainda vai dar chatice. Sim, porque o manequim dos anos sessenta, não vai ficar parado. Está a começar a hora da brincadeira. Pezinho de fora, pezinho dentro e lá começam eles nas brigas. Bom! Por um lado é bom para ti, mas com essa coisa do orçamento, eles não te vão largar a perna.
A única coisa em que eles te dão razão é sobre o défice. Isso, pouco importa. Oito por cento, dez por cento, tanto faz. Desde que vá havendo subsídios para aguentar esta malta. Criar riqueza? Nem penses nisso, mê filho. Se durante estes 35 anos ninguém se preocupou com isso, não és tu, agora, que te vais matar a fazer uma coisa dessas. Vai entretendo o pessoal que é a conjuntura internacional e que já estamos em recuperação, mesmo que o desemprego continue a subir até 2012. Quem vier atrás que feche a porta. Porque a ti, mê filho, o “Tratado de Lisboa” já ninguém te tira. É obvio que isso não vai trazer mais felicidade para a rapaziada, mas coloca o teu nome nos anais da história europeia. Além do mais, é o teu curriculum que está em jogo. Ou não é?
Vai com cuidado, mê filho. Não te espalhes agora! Eu sei que é mais difícil, porque tens de falar com essa maltosa da Assembleia. Mas tem que ser!
Beijinhos de saudades.

PS: Já troquei de telemóvel. Depois telefono-te para te dar o número. Não é muito seguro por carta. Vá lá o diabo tecê-las.

“Multum sunt verbis dissona facta bonis.” [Rezende 3691] Os feitos são muito discordantes das boas palavras.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

NÃO TRAUMATIZEM OS ALUNOS






Muito se tem dito sobre a educação e os traumas psicológicos que são infligidos aos alunos mais incompreendidos. Estes são verdadeiramente maltratados.
O sistema de ensino actual, não tem preparado os professores, para lidar com as situações do dia-a-dia e que muitas das vezes, traumatizam os alunos para o resto das suas vidas.
Temos algumas situações em que o professor não está habilitado a gerir e que deve ser tido em conta na avaliação dos mesmos. Desde o aluno que chega atrasado à aula, ao aluno que pede para ir lá fora, ainda mal acabou de entrar na sala de aula, quando o aluno não presta atenção ao que o professor está a dizer, quando o aluno está permanentemente a virar-se para trás, quando o aluno pede para ir “mijar”quando o aluno pede para ir comer, quando este boceja, quando o aluno dorme na aula, quando o aluno fala em “crioulo”, etc.
Todas estas e outras situações, o professor tem, como obrigação, de saber lidar com elas.
Se o aluno fala em crioulo, de duas uma. Ou ele sabe que você sabe crioulo e quer que você saiba o que ele quer dizer, ou ele sabe que você não sabe crioulo e não quer que você saiba o que ele está a dizer. Mas não se deixe intimidar, diga que sim e faça de conta que não percebeu nada, mesmo que tenha percebido. Logo que possível, tente-se informar se já abriu o curso de formação de crioulo. O saber não ocupa lugar e em breve, vai fazer-lhe falta, já que o crioulo vai passar a ser a primeira língua oficial na escola.
Se o aluno lhe pede para “mijar”, pergunte-lhe, com simpatia, se o que ele quer de facto é “urinar”. Se este reagir com espanto e lhe perguntar: “ir fazer o quê”?, explique-lhe com paciência que urinar é sinónimo de fazer xi-xi. Caso continue sem perceber, deve ilustrar a situação no quadro, ou exemplificar, com todos os pormenores, ao vivo e a cores.
O aluno quer ir comer. Antes de autorizar, recomende-lhe que não deve comer à pressa porque faz mal. Ele que não se preocupe, porque a aula pode esperar. Recomende que ele mastigue no mínimo trinta e cinco vezes, a fim de que o bolo alimentar fique devidamente preparado para ser recebido pelo seu delicado estômago.
Nas situações mais agressivas, como o de o aluno o mandar para o “c…alho”, reaja com calma e pense que algum motivo, ele há-de ter para se insurgir dessa forma. Diga-lhe com serenidade que ele deve utilizar o termo “pénis” em vez de “c….alho”. Dito desta maneira, as coisas tornam-se muito mais simpáticas e deixam de ter carga ofensiva, porque se evitou o palavrão, gratuito e fácil.
Na eventualidade de o aluno encostar o seu peito ao seu, o essencial é manter a calma, porque normalmente, estes alunos são brincalhões e serenos. Sorria e se for preciso, peça desculpa e prometa que o motivo que levou a encostar os peitos, mesmo que o desconheça, jamais se repetirá.
Temos que aprender a não traumatizar os meninos. Se algum dos alunos libertar um gás, deve procurar desobstruir as fossas nasais, de modo que o efeito seja o desejado por quem o solta. Não desiluda os seus alunos. Se o gás for libertado com som audível, devemos rir e acompanhar o resto da turma na sua risada.
Já o professor está proibido de gasear. A liberdade tem limites.
Procure perceber os motivos que levam os meninos a ter estes procedimentos e não os traumatizem.

“In summum perducta incrementi non habent locum ». [Sêneca, De Constantia 5.4] Tudo o que atingiu o ponto mais alto não tem espaço para crescimento.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

MÃEZINHA, O CSI ANDA POR AÍ



Acuso a recepção da tua cartinha, que me deu algum ânimo.
Como já deves ter reparado, o CSI anda por aí a fazer das suas. Com aqueles aparelhos todos científicos, escutam daqui, escutam de acolá e depois é esta jagunçada que tu vês.
Ultimamente não te tenho visitado, embora eu viva na direita e tu na esquerda, porta com porta. Tenho andado preocupado com a situação e como não quero dar muito nas vistas, mando aqueles entroncados, largar umas bujardas na televisão. Então o outro, nem parece o Ministro da Defesa…parece mais o Ministro da Guerra, embora não use farda.
Aquela malta que andou por ali, pela esquerda revolucionária, cresceram e tornaram-se adultos, mas nunca perderam aquele jeito entroncado de falarem grosso. Lembras-te mãezinha? Os tempos do “grande educador da classe operária”? Dos carregadores de mobílias da reitoria da universidade lá para a sede do partido? Fazem, todos, parte dessa pandilha! É giro, porque ao fim de 35 anos, não perderam o jeito. E ainda bem que não foram todos para o PSD e ficaram alguns por aqui.
Vê tu bem, que mesmo trocando de telemóveis, apanharam os tipos nas escutas. Porquê? Por causa do sucateiro que não perde a mania de guardar coisas que já não prestam. É mesmo sucateiro.
Mas, como já te disse, eu penso que a montanha vai parir um rato. Porque normalmente estas coisas levam 7 a 8 anos a decidirem-se e até lá, não dá em nada. O quê? O Estado de direito democrático? Ou mãezinha que importa isso agora, se o país está prestes a cair no abismo?
Repara bem! Estamos com um desemprego inferior ao da Espanha e esta malta queixa-se. Temos um défice mais baixo que alguns países da Europa e a malta queixa-se. As receitas caíram perto de vinte por cento e vamos ter de aumentar os impostos e a malta não vê que têm de ser patrióticos e ajudar o Partido.
Ainda agora, vieram aqueles tipos a pedir que a malta que já descontou 40 anos fosse para a reforma, independentemente da idade. Esta malta é doida! Trabalhem! Ainda não viram que a reforma é uma coisa que vai acabar. São mesmo uns tolos. Nós só vamos ter que aguentar esta coisa, até que os tipos que já estão na reforma comecem a patinar. Para os outros, está quieto ao mau. Trabalhem malandros!
Não há trabalho, mãezinha? Não digas isso. Eu tenho criado muitos postos de trabalho. Vê os jornais. Ele é pessoal para as padarias e panificadoras, ele é carpinteiros de limpos, ele é ajudantes de cozinha. E não há empregos? Então esta malta, só porque são licenciados já não querem descascar batatas? Ou mãezinha, não podem ser todos primeiros-ministros.
Mãezinha, vou acabar esta cartinha, antes que alguém me veja. Se baterem à porta, pode ser o CSI, manda-os ter com o Vieira.

“A caula ad aulam.” Do curral para a corte. ■Ontem vaqueiro, hoje cavaleiro.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

MÊ QUERIDO, DESABAFA À VONTADE




Não te importes de desabafar comigo. Sempre estive pronta para ti ouvir.
Deixa a rapaziada andar entretida com essas coisas do “Oculto”, porque enquanto andarem entretidos, não pensam no descalabro orçamental.
Ainda me lembro do tê amigo do Banco de Portugal, quando tu foste para primeiro, a primeira vez, que veio dar aquela notícia fantástica do défice de 6,32%. Lembras-te?
Foi uma óptima jogada. Agora com 8,4%, ninguém fala no assunto.
Mê filho, tu és um génio.
A malta ainda nem pensou no que tu vais ter de fazer…aumentar os impostos. Se com 6% de défice aumentaste o IVA 2%, aumentaste o IRS, diminuíste as contrapartidas na segurança social, nem quero imaginar, meu maroto o que tu vais fazer.
Aqueles tipos do PSD têm muito que aprender contigo, mê filho. Vê é se consegues aprovar aquela lei do financiamento dos partidos com donativos em numerário, de pelo menos um milhão de euros. Escusavas de andar nas negociatas de financiamento nos bancos. Ninguém tem de saber de onde vem o pilim.
Mê rico filho, vou-me é fartar de rir, quando daqui a 3 ou 4 anos não houver dinheiro para salários na função pública, nem para as reformas. Nem quero imaginar a cara dessa malta.
Mas volto-te a dizer que não te preocupes. Quando isso acontecer, sabes que tens a desculpa da crise internacional. Não saias dessa! Mantém-te firme e hirto.
Até lá, a mãezinha está contigo!

PS- desculpa a carta ser pequenina mas tenho umas coisas para fazer e já estou atrasada.

“Miserum est aliena vivere quadra.” [Rezende 3545] É triste viver do pão alheio. ■Negra é a ceia em casa alheia.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Mãezinha, já chega de compostagem



Esta malta, ainda não aprendeu que não é por andar a dizer mal dos outros que aumentamos a nossa auto -estima, muito menos a do partido.
Continuam a escrever nos blogues a dizer mal deste e daquele, e depois, admiram-se que alguém venha dar respostas menos interessantes e muitas das vezes com a “Face Oculta”.
Já não bastava aquela coisa da compostagem, lá para a Covilhã, e do tipo que está envolvido, ser o mesmo que foi meu professor em quatro cadeiras, e de terem visto que um dos meus exames tinha sido feito por fax, e que terminei o curso a um domingo, para esta malta se calar. Estou farto de dizer lá no partido que se deixem destas coisas. Mas esta malta continua a dizer mal dos adversários. Já chega de “compostagem”. Era bom é que limpassem as mãos à parede, porque na realidade ela está tão negra que nem se notava nada. Não é, mãezinha?
Mas não. Põem-se a falar de Gomorra e de Oeiras, querendo comparar Gomorra a Oeiras.
Ainda por cima são redutores, porque a mitologia ensinou-nos que o problema não é de uma cidade, mas do país. Não concordas, mãezinha? Aliás, basta ver estas coisas da Portucale, dos submarinos, do Freeport, da Universidade Independente (minha querida universidade. Tive tanta pena que fechasse, mas assim foi melhor, acabou-se o andarem a bisbilhotar lá nos papéis), da Operação Furacão, da Casa Pia (coitado do Pedroso que foi envolvido naquela coisa) e agora a Face Oculta.
O Marcos perdeu, mas está bem na vida. Eu não deixei que o “meu menino” ficasse mal. Porque é que continuam a acicatar o pessoal lá por Oeiras?
Já não bastava ter saído a noticia da remodelação da mobília e dos cortinados do gabinete do Marquitos, das piadas que fazem agora com o meu amigo Vara, dizendo coisas como: “novo desporto, assalto à vara”, “ O vara na vara criminal”. E outras tantas, mãezinha! É um regabofe, o que esta malta da oposição anda a fazer!
E agora para rematar, o Teixeira anda a dizer que não é rectificativo que é substituição, ou suplementar, o novo orçamento. Para quê estas coisas? Ao fim e ao cabo vamos ter que dizer que o défice é superior a 8% e que com o novo Código Contributivo a malta vai sacar mais umas receitas. Isto é que é! Se já se sabia antes das eleições, já, mas não era oportuno, não achas?
Acabem lá com isso! Se não é um lavar de roupa suja que nem as “lavadeiras de Porto Salvo” conseguem lavar. E já me basta, agora, o orçamento. Deixem-me em paz. Não é mãezinha?
Mãezinha! Tinha que ter este desabafo contigo. És a única pessoa que me entende, mas, por agora, não te vou preocupar mais.

Beijinhos do tê filho.

“Multos reges, si ratio te rexerit.” [Sêneca, Epistulae Morales 37.4] Governarás a muitos, se a razão te governar.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

JACÓ E SUAS DUAS MULHERES

Cena bíblica: Jacó e suas duas mulheres

Estando na ribalta os casamentos homossexuais, tenho-me posto a pensar nas minorias que se sentem discriminadas, não sendo respeitada a constituição. Por um lado, temos os bissexuais que pretendem viver dois amores em comunhão de mesa e de habitação, não preterindo nenhum dos parceiros e que a lei não deixa casar. Por outro lado, os que podem ser a favor da Poligamia.
Em qualquer das situações, e indo o Governo aprovar o casamento entre homossexuais, não vejo por que há-de continuar a discriminar-se as restantes minorias. Quanto à Poligamia, que vem do grego: muitos matrimónios, a mesma é um tipo de relacionamento amoroso e sexual entre mais de duas pessoas, por um período significativo de tempo ou por toda a vida. É permitida por algumas religiões e pela legislação de determinados países.
Se o argumento de que o casamento só foi regulado na Lei, vai para cem anos, gostaria de saber como defenderiam a poligamia, pois esta já foi regra nos grupos humanos em estado natural. Durante a história, a poligamia foi amplamente usada, tendo como principal causa a grande diferença numérica entre homens e mulheres ocasionada pelas guerras. Ora, esta realidade não se mantém? Porque terá de haver pessoas a viver infelizes?
A questão sempre esteve também no centro do debate religioso. O Velho Testamento fala de um personagem como Jacó, que teve duas mulheres e treze filhos (vários deles com servas). Essa prole viria a dar origem às doze tribos de Israel. Vejam que neste caso, a sua existência já tem mais de dois mil anos. Falta agora, consagrar em Lei, o desiderato, dos que pretendam ter mais de uma mulher ou homem. Por favor acabem com esta injustiça. Não existe inclusive um défice entre natalidade e mortalidade? A população não está a envelhecer? Vamos pois, procriar, mas dentro da lei.Com direito a abono de família, direito à habitação, direito ao subsídio de funeral, aos dias de folga para apoio à família, etc.
Vejam bem…uma pessoa é casado com uma pessoa e vive em concubinato com outra. Morre a concubina…(Deus nos perdoe), mas o que fica, não tem direito a nada. Sofre, e de que maneira, e o Estado, nem a pensão de reforma paga. Não pode ser. É injusto! Porque é que o casamento, como dizem que é um contrato e não passa disso, tem de ser um contrato bilateral, que na maioria dos casos nem é sinalagmático, pois há sempre uma parte que dá mais que a outra, e não pode ser um contrato plurilateral? Por último, criou a sociedade o conceito de infidelidade, como se ao longo dos tempos, mulheres e homens não tivessem mais que um parceiro. Mas às escondidas. Eram reprimidos, socialmente censurados. Se é verdade para os homossexuais, é verdade para as outras minorias. Ou não? Qual é a moral que suporta outras razões? E parece que nos dias de hoje, segundo as estatísticas, as mulheres estão a ser tão “infiéis” como os homens.
No Islão, por outro lado, a poligamia tem sido praticada desde sempre (o próprio profeta Maomé teve 16 casamentos simultâneos). Hoje, continua a ser adoptado em alguns países muçulmanos e em processo de adopção, em outros e o costume é regulamentado pelo Alcorão que tolera a poligamia e permite um máximo de 4 esposas. Ora, quando sabemos que no mundo ocidental, existem cada vez mais cidadãos muçulmanos, por que razão devem estar estes impedidos de ter mais do que uma mulher? Então, isto não é discriminação religiosa e sexual? Não é atentar contra os direitos do cidadão?
Uma das doutrinas adoptadas pelos Santos dos Últimos Dias, fundada por Joseph Smith, foi a lei da poligamia, ou casamento plural, pivô de muitos transtornos e perseguições contra os membros da Igreja naquela época. Os Santos dos Últimos dias acreditam que Joseph Smith foi inspirado por Deus a instituir esta Lei, além do conteúdo doutrinário, citando exemplos do velho testamento, onde Abraão e outros personagens tiveram muitas esposas por mandamento de Deus.
Em razão da forte pressão por parte das autoridades norte-americanas e da perseguição sofrida, esta prática foi abolida pela Igreja na presidência de Wilford Woodruff em 6 de Outubro de 1890. A mudança doutrinária deu-se na época em que o território de Utah, onde se concentrava a grande maioria dos membros da Igreja, se candidatava à condição de estado americano e a manutenção de um hábito contrário à opinião pública poderia impedir a pretensão de se estabelecer um "estado mórmon".
Hoje em dia, a prática persiste apenas em grupos dissidentes isolados e não filiados à igreja maioritária, denominados de "mórmons fundamentalistas". Os mesmos vivem em comunidades isoladas no estado americano de Utah e arredores e foram excomungados da Igreja maioritária.
Será que o Governo português está a prever esta possibilidade de existirem alguns lugares desertos de Portugal onde possam viver os Poligâmicos?
Já estou a ver as aldeias interiores do país, a serem repovoadas, graças a esta medida. Meus senhores, acordem…são mais impostos a médio prazo e um modo de cobrar mais IMI com a ocupação das centenas de habitações, hoje abandonadas, no interior do país.
“Aspice, respice, prospice.” [Inscrição em relógio solar] Olha o presente, recorda o passado, olha o futuro.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

MÃEZINHA, PARA MATAR SAUDADES

Mãezinha, como estou feliz de ter recebido a tua cartinha.
Para matares saudades e recordar este tê filho, junto esta linda fotografia. Não te lembras mãezinha? Já na altura vestia bem. E a combinação do fatinho com aquelas sapatilhas? Um “must”.
Já naquela altura, eu te dizia que havia de ser “ingenheiro.” Não dizia? Ora ai tens. Foi graças às sapatilhas que eu consegui ser rápido. Eu sei, eu sei, que tu não gostavas nada, mas que deram jeito, deram. Confessa…
Foi com elas que eu ia para a Universidade. Não te lembras? Oh mãezinha, como é que eu podia andar numa correria entre a Universidade e a Secretaria de Estado, se não fossem as sapatilhas?
Foi sempre a correr que eu subi na vida…saltando obstáculos e enfrentando as dificuldades da vida. Sim, porque estas sapatilhas dão para a corrida e para o salto de obstáculos.
Comecei por tentar ser arquitecto, além de "ingenheiro", e fiz aqueles projectos que hão-de ficar na história da “ingenharia”. Qual Engenheiro Edgar Cardoso…
Depois fui Secretário, Ministro e por aí fora…Ah grandes sapatilhas!
E hei-de ficar na história de Portugal, como o Primeiro-ministro que vai levar Portugal, pela oitava vez, à falência, nestes últimos 800 anos, numa corrida sem paralelo. É verdade mãezinha, já nos estamos a endividar à velocidade de 61 milhões de euros por dia. Queres melhor que isto?
Aquele que vai criar mais 150.000 desempregados por legislatura.
Só espero é que as sapatilhas aguentem até lá, para dar de “frosques” na altura própria.
Beijinhos e até breve.


“Confitemur prosperum eventum tibi debituros, tristiorem fortunae imputaturos.” [Quinto Cúrcio, Historiae 7.1] Reconhecemos que a ti deveremos o sucesso, mas que o insucesso atribuiremos à sorte.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

MÊ QUERIDO FILHO

Que alegria que dás à tua Mãezinha. És novamente ministro.
Acho que aproveitaste bem os conselhos que te dei, mê filho. Foste mais simpático, embora ainda deixes, aqui e ali, alguns laivos da tua arrogância. A mim, é que tu não sais!
Não te preocupes com essas coisas que andam para ai a dizer da “Face Oculta”. Há quem já dissesse que isso levava para ai 7 ou 8 anos. Até lá, já tu não estás nesse lugar.
Enquanto puderes, mê filho, aproveita e goza o que nunca pensaste ter na vida.
Não te preocupes com os que dizem que a Pátria está a saque. Que é corrupção, pedofilia, homossexualidade exibicionista que, tu aliás, levaste, e muito bem, para S. Bento.
Se isto não anda e se somos um País adiado, isso é lá com eles. Quando te aborrecerem só tens que dizer que a crise é mundial e pronto.
Sim, eu sei que há aqueles que comparam isto à 1.ª República e que dizem que isto está uma bandalheira. Aqui para nós, mê filho, que ninguém nos ouve, isto está pior que uma pocilga. É um reboliço onde os porcos se amontoam, em varas, a chafurdar. Vivemos na lama!
Mas, um dia, alguém há-de “pegar nisto”.
Aliás, se te aborrecerem muito, a dizer que o país está numa profunda crise financeira e económica, só tens que dizer, que segundo reza a história, que desde o século 14 até aos nossos dias o país já faliu sete vezes e continua a ser país. Portanto não venham para cá com essas tretas.
Mê filho, vai dando noticias, que eu gosto muito de te ver!
Beijinhos

PS: Fica descansado que eu não tenho saído para ir às compras.

« Potior sit qui prior ad dandum est. » [Terêncio, Phormio 533] Tem preferência o que pagar primeiro.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

MÃEZINHA, QUE SAUDADES



Desculpa não ter respondido, ainda, à tua última cartinha, que muito me agradou. Obrigado por teres, este, tê rico filho, bem junto do teu coraçãozinho.
Mas, só agora é que estou em condições de respirar um bocadinho, embora, os mês amigos estejam metidos numa camisinha de “sete varas”.
Como sabes, mãezinha, marquei pontos, mesmo tendo perdido aquela arrogância frontal com que eu me debatia com aqueles moribundos da Buenos Aires. Não mãezinha! Não são esses, cujo treinador é o “Maradona”. São os outros.
Mas, não deixei de “vincar” as calcinhas dizendo de outro modo…”quem manda aqui sou eu”. E eles que se esqueçam de andar a fazer queixinhas ao outro. Porque esse com aquele assunto do BPN também está encostado às “boxes”. Como se costuma dizer…fragilizado!
Encostei-os à parede, mãezinha! Eles estão pior que o Sporting. Porque o Paulo Bento ainda vai dando umas bocas nos jornais e na televisão, embora perca os jogos, agora, eles estão piores, porque nem “treinador” têm. Têm andado a fazer sondagens no mercado, para dos possíveis candidatos, só há um, que sempre foi candidato que ainda é candidato, porque gosta de ser candidato. Aqui para nós, mãezinha ele quer é ser candidato, porque o rapazito é muito irrequieto. Ora diz que é liberal, como depois diz que é social e mais isto e mais aquilo e isso é bom, porque lá na Buenos Aires o pessoal continua a andar aos papéis.
A única coisa que me está a incomodar é o pessoal que anda na sucata. Então aqueles engravatadíssimos da treta que nunca fizeram nenhum, agora é que lhes deram para andarem na sucata? Já viste isto, mãezinha?
O que eles precisavam é de levar com um penico do ferro velho na tola, cheio de m…francamente!
Estou farto de andar a safar esta malta. Eles que se virem.
Mãezinha, um beijinho grande, deste tê filho que te adora.


PS: Já tinha fechado a carta, quando me lembrei que tu gosta de andar a comprar coisas velhas, no ferro velho. Por agora evita andar às compras. Já chega de sucata.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A SUCATA DA POLÍTICA


Que o país estava uma sucata, já nós todos sabíamos. Mas, que os nossos líderes políticos e por consequência, os gestores das grandes empresas públicas, já andavam na sucata é que ficámos agora a saber.
Ora bolas! Isto já estava a cheirar mal. Lembro-me daquela coisa do centro de compostagem na Covilhã…mas, já nem me lembro quem era o Ministro do Ambiente, na altura.
Depois sim… uma obra nova com um “outlet” em Alcochete. Nem sei porque é que se levanta tanta celeuma com este “outlet” que a final, só beneficiou a “malta”.
Mas, agora, negócio com a sucata, é que é demais. Então é preciso ou não é preciso reciclar a sucata? Não foi o que vi nas últimas eleições.
Isto é um soma e segue…ele é o BPP, de quem já não se houve falar. Ele é o BPN sobre o qual, o M.P. só tem mais um mês para deduzir acusação ou quem sabe arquivar. Antes do Free Port, assistimos ao escândalo da Central de Compostagem na Covilhã. Eles foram anos e anos de investigação, como se de um caso de “Face Oculta”, se tratasse. Tanto é que nunca mais veio à ribalta pública, o andamento do processo. Agora, pimba, quando com grande energia vem ao domínio público que existe uma rede na sucata, vamos ver onde é que isto vai parar.
A maioria das situações que o MP vai gerindo, são baseadas em suposições. Anda-se depressa de mais, para a todo o custo, arrecadar dividendos numa magistratura criada artificialmente, por via administrativa. São demasiadas suposições e que na generalidade não passam disso, dando a ideia que o país anda todo na sucata ou à sucata. E quando se leva alguém a julgamento, há que ultrapassar todos os obstáculos jurídicos, para que, de qualquer jeito, se condene o arguido, mesmo que isso não seja a realidade, dos factos. Mas, como se andou a fazer alarido, com sucessivas violações do segredo de justiça, tem que se mostrar serviço.
De uma vez por todas, pago para ver, porque nos anos que levo de vida, tenho andado a pagar e não vejo nada.
Mas a génese de tudo isto, está no financiamento dos partidos políticos. Veja-se a última recusa de Cavaco Silva de não promulgar a nova lei de financiamento dos partidos políticos.
Queremos complicar aquilo que é fácil, criando legislação e mais legislação para controlar o que não é controlável e o resultado está à vista.
Quando se quer controlar, não é preciso muitas leis. Basta ter a atitude que se teve na Câmara Municipal do Porto.
A solução não passa pela demagogia da ética, da transparência e tantas outras conversas moles.
Passa pela atitude, em cada caso concreto!


domingo, 1 de novembro de 2009

TOMADA DE POSSE EM OEIRAS

Depois de decorrido o tempo das azáfamas, tomei a liberdade de tirar uns dias de férias, deixando de parte, também, o nosso blog.
Mas, cá estou de novo, para me pronunciar, desta vez, sobre os últimos acontecimentos.
O primeiro acontecimento decorreu, no passado dia 29, na tomada de posse dos membros da Assembleia Municipal e da Câmara Municipal de Oeiras, quando, depois do líder, da Assembleia Municipal do PSD, ter proferido a sua intervenção, a Vereadora Isabel Meireles, eleita pelo PSD, dar de “frosques” da respectiva mesa.
Saiu, muito direitinha, como se tivesse engolido algum pau de vassoura e ala…que lá vai ela.
Parece que foi tomar posse sem saber qual o conteúdo da intervenção, do companheiro. É sempre assim…parece que os piores são os da família. E nesta coisa de zangas de família, o melhor é dar de “frosques”. Então, vai ser um fartote, se a senhora ficar por aqui. Já ficam a saber…sempre que contrariarem a senhora, ela faz uma cena e pronto.
Saber perder faz parte da democracia e não creio, que os cidadãos quando votam numa força política, seja para esta se comportar desta forma. O que se espera é que exista uma participação activa, de quem foi preterido, nos órgãos para que foram eleitos.
Então era melhor não serem candidatos. Talvez por essas e por outras teve a votação que teve (16%), potenciando o voto útil, desta vez, no PS.
Digo voto útil, porque toda a gente sabia que o Marcos se iria pôr a milhas, náuticas neste caso.
Além do mais é preciso ter “fair-play” (o respeito também se conquista com comportamentos responsáveis de todos, respeitadores das regras do jogo, cumpridores das regras básicas do comportamento humano e de uma correcta conduta cívica.), e a Isabel Meireles demonstrou que está muito longe do mesmo.

“Mulierem barbatam eminus esse salutandam.” Mulher barbada de longe deve ser saudada.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

RESPOSTA A MAITÊ PROENÇA

Preparação dos Jogos Olímpicos em 2016!


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

QUEM VIER ATRÁS QUE FECHE A PORTA


Os regimes políticos são fórmulas transitórias e progressivas, e valem praticamente menos pela doutrina e essência teórica que pela adaptação feliz ou descabida ao modo de ser psicológico, tradições, grau de educação cívica; todos igualmente bons, todos igualmente maus, conforme aquelas circunstâncias e o uso que deles se fizer, pois uns e outros têm presidido aos destinos de povos que sobem ao seu apogeu ou descem à ruína e definhamento.

No caso português temos particularidades que nos afastam de outros povos, onde a incerteza dos novos tempos se colocam. Somos egoístas, desorganizados e gostamos pouco de trabalhar.

É uma questão de atitude. E esta passa pela ética, como base, a integridade, a responsabilidade, o respeito pela Lei e pelos regulamentos, o respeito pelos direitos dos outros cidadãos, o amor ao trabalho, o esforço pela poupança e pelo investimento, o desejo de superação e a pontualidade.

Bom, quanto à integridade, estes últimos casos decorridos entre alguma banca, dão-nos um pouco a ideia, do país onde vivemos. De um modo apático, vamos assistindo a todas estas situações.
O desejo de superação não é característica dos portugueses. Basta olharmos para a selecção nacional de futebol.
Há países, como o Japão, que tem uma orografia bem pior que a portuguesa, em que 80% do seu território não é minimamente arável e que consegue ser a segunda economia mundial.
Temos mais exemplos! Mas, como somos o que somos, desabafamos no final, a dizer que somos um país pobre sem recursos.
A riqueza de um país está no seu povo.
E o que fizeram os nossos governantes nestes 35 anos de democracia? Destruíram na educação o que era positivo e foram semeando a irresponsabilidade.
Depois de tão bem arada, mondada, adubada e regada, aí temos a colheita - um país tão miserável que o estrangeiro nem, ao Banco do Estado, quer emprestar dinheiro, mesmo com um “spread” elevadíssimo e que nos vai onerar cada vez mais, para injectar em Bancos falidos por má gestão ou ambição desmedida.
Para minimizar estas escandaleiras, são criados apoios aos pobres, aos necessitados e aos que não querem trabalhar.
Ora bolas, lá se vão os impostos que me vêm “sacando” nestes últimos anos.
Não vou desrespeitar as Leis e Regulamentos, mas, confesso… estou cansado de ser assaltado à mão desarmada!
Ainda o Governo não tomou posse, e já os “opinadores” de televisão, vão dizendo como é que é possível continuar as reformas do Estado.
Quais? As da segurança social? As da educação? As fiscais?
Eu gostaria de saber é que “planos” existem para a economia e como é que vamos produzir mais e como vamos aumentar a exportação de bens transaccionáveis.
Durante estes anos, nenhum Governo foi capaz de o fazer. Nenhum!
Continuamos a ter Governos para gerir Finanças. Isto é, para determinar qual é a diferença entre o deve e o haver.
Para isto, sinceramente, não era preciso tanta gente no Governo e no Parlamento.
Temos pela nossa frente, mais quatro anos de aumento do défice público.
O Governo limita-se a ser, como uma "pessoa" que vai contraindo empréstimos, para pagar outros empréstimos, endividando-se, cada vez mais. E tudo isto é feito em proveito de um “futuro” melhor para os nossos filhos. Desgraçados! Vão ter uma “pesada” herança. Porque a “pesada” herança que a minha geração herdou, já saiu do Banco de Portugal, vendida para pagar os desaires deste regime político, onde ninguém tem responsabilidade por nada. E é verdade! Os únicos responsáveis, são os portugueses, com a sua atitude.
Nesta legislatura existe a oportunidade de rever a Constituição da República…tudo se vai manter, com a diferença de alteração na redacção de algumas normas. E assim segue a democracia que no verso da sua medalha retrata, hoje, uma perfeita demagogia.
Quem vier atrás que feche a porta!

"Rustica veritas." [Marcial, Epigrammata 10.72.11] A rude verdade. ■A verdade nua e crua.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

OS NÚMEROS FALAM POR SI

É bom que a análise das últimas eleições autárquicas, em Oeiras, não se fique pela mera apreciação do número de vereadores ou pela percentagem que cada grupo independente ou partido obteve nas eleições.
Há um dado que é muito importante, e que traduz mais a realidade do Concelho de Oeiras e da importância relativa de cada força política. E esses dados, são o número de votos que cada grupo político obteve.
Se pensarmos bem, o Grupo de Independentes Isaltino Oeiras Mais à Frente, obteve o número de 32.536 votos. Ou seja, se adicionarmos os votos obtidos pelo Partido Socialista, mais os votos da Coligação Mais Oeiras, o primeiro com 20.112 votos e o segundo com pouco mais do que 12.696 votos, chegamos à conclusão que o movimento independente Isaltino Oeiras Mais À Frente tem praticamente os mesmos votos que o PS e a Coligação juntos, no que diz respeito à Câmara Municipal.
Portanto, num cenário irrealista, teria de haver uma Coligação PS+PSD+CDS+PPM para obterem cerca de 300 votos mais do que um candidato independente. Porque será?
Se calhar, olhando para a obra desenvolvida ao longo destas duas décadas por Isaltino Morais, estas valem mais do que as promessas ocas que todos estes partidos fizeram.
E os Oeirenses, uma vez mais, demonstraram que não acreditam em sorrisos fáceis, nem em promessas utópicas.

“Mendaces etiam cum verum dicunt, fidem non inveniunt.” Os mentirosos, mesmo quando dizem a verdade, não recebem crédito.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

AMBIÇÃO

Quando se diz que alguém tem ambição é um elogio ou um insulto? Se pedirmos às pessoas que façam uma lista sobre as características necessárias para alcançar o sucesso, a ambição nunca falta. (Inteligência, criatividade e ética, por outro lado, não são normalmente os elementos mais característicos e os que são apontados). Mas não a ambição – esta nunca falta. A ambição é tema de debates filosóficos e de peças teatrais desde tempos imemoriais, passando por gregos, romanos e egípcios e mereceu tratamento especial de Shakespeare, que em várias peças tem na ambição das suas personagens a mola propulsora de todo o trama e até mesmo na Bíblia Sagrada. Ambição tem a mesma raiz da palavra ambiente e não é por acaso. As duas vem de “ambire”, que significa “mover-se livremente”. Traduzido literalmente e, principalmente, se usada correctamente, a palavra ambição significa criar o seu próprio caminho na vida. É simplesmente saber-se o que se quer para vida e tentar chegar lá. Ambição, assim, não é uma neurose obsessiva, ganância exagerada ou o desejo de subir na vida pisando os outros. Isso é o que o Mestre Yoda chamaria do lado negro da força: quando um desejo humano se transforma em obsessão, perde o controlo e passa a dominar a pessoa, tornando-se o seu foco principal. A ambição tem também forte componente social. Num país como o nosso, por exemplo, ser ambicioso é muitas vezes visto como algo negativo. Dizer que "fulano é muito ambicioso" é quase um insulto – significa que a pessoa é pouco confiável por ser egoísta (no sentido literal da palavra), e que certamente passará por cima de qualquer um em busca do seu objectivo. Neste caso, “objectivo” significa geralmente alguma vantagem monetária ou económica – algo palpável, digamos assim... financeiramente. Ambição passou a ser sinónimo de ambição financeira, quando na verdade é muito mais do que isso.Ambicioso também, por motivos que aqui não temos nem tempo nem espaço de comentar, passou a ser sinónimo de arrogante. E todos sabem que ser arrogante é "feio" e errado, logo... ser ambicioso também é. As pessoas “humildes” são elogiadas em público, o que faz com que as pessoas cresçam com uma percepção distorcida do que é realmente preciso para ter sucesso na vida. A Humildade importante, não é aquela de não se falar de si próprio – é ter a coragem de ouvir críticas, aprender com erros, aceitar outros pontos de vista. A ambição é essencial. Sem ambição, sem querer algo melhor para sua própria vida e para a dos outros, a pessoa fica acomodada. Não sai da sua zona de conforto, não se arrisca, não testa os seus limites. Ou seja, não faz o seu próprio caminho. Aceita o caminho dos outros, que muitas vezes lhe é imposto. E, depois, reclama que é infeliz. Já as pessoas ambiciosas são as que fazem o mundo girar. São as que apresentam projectos, abrem empresas, sonham e colocam a vida em acção. Enfim, assumem riscos. Preferem a tristeza da derrota do que a vergonha de não ter lutado. Embora nem todos os ambiciosos consigam o que querem, muitos deles (e delas) conseguem bem mais do que conseguiriam se ficassem acomodados. Talvez a ambição se tenha tornado negativa, na visão de algumas pessoas, eventualmente, por inveja. Acomodadas e preguiçosas, preferem denegrir o trabalho dos outros, do que tirar o “sim senhor” da cadeira. Só que a ambição tem que ser entendida como algo mais do que falar de dinheiro – é falar de destino – e se assim for entendida, provavelmente as pessoas podem melhorar a sua qualidade de vida, e de todos os outros ao seu redor, pois assumem sua vida. A ambição sadia é criar o seu próprio caminho de vida. Quem pode ser contra isso? Só alguém muito medíocre.
Mas, por favor, não transformem a ambição em algo que possa tornar-se num “insulto” e que se traduza, na imagem, que a maioria de nós tem da ambição - “fulano é muito ambicioso”, - no que resulta na posição mais redutora de qualquer individuo, que é o de tentar passar por cima de qualquer um, em busca do seu objectivo.
"Ambitio non respicit." O ambicioso não olha atrás de si.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

DEPOIS DAS ELEIÇÕES

Quando não existem ideias, projectos e coerência, quando se perde, tenta-se encontrar o “bode expiatório”, nos outros. Há sempre culpados, quando somos demasiados “narcisistas” e não queremos olhar para nós e para dentro do sistema onde nos encontramos integrados e reflectir sobre o que está mal, em nós.
O PSD, em Oeiras, não é nem mais nem menos do que o retrato do PSD nacional. Um partido que não possui qualquer bandeira pela qual possa unir militantes e simpatizantes e se entrega sistematicamente à luta do poder interno.
Um partido não ganha eleições, nem congrega os seus simpatizantes, pensando unicamente no culto de um líder e praticando o caciquismo. Tem de ter projectos onde o eleitorado se reveja.
O PSD passou as eleições legislativas a falar do TGV e acabou na asfixia. Ainda não se conseguiu libertar dos cavaquistas que proliferam no partido, coisa que o PS conseguiu fazer, em relação aos soaristas, entrando na cena política, uma nova geração que mal ou bem, imprimiu outra dinâmica. Sabemos que o PS está carregado de gente déspota esclarecida, mas em face de um PSD que não inspira confiança, o eleitorado não arrisca a mudança.
Portanto, mais do que encontrar um líder para o PSD é necessário que esse líder possa aportar as “bandeiras” que vão ao encontro das expectativas do eleitorado, em geral.
Não me parece que carregando o “fardo” da credibilidade, da ética e da transparência se consiga alimentar o eleitorado e as suas grandes expectativas. A ética e transparência não se apregoam, praticam-se! E esse não tem sido o forte de nenhum partido, ao longo destes 35 anos de democracia.
É necessário criar objectivos e depois encontrar o líder. E a primeira qualidade do líder é saber gerir uma equipa, motivando-a e incentivando-a na prossecução dos objectivos. E para isso é necessário existir diálogo com as bases do partido, para que estes não se limitem a ser interventivos, na hora de votar e depois esquecidos pela elite, entretanto formada ao redor do líder.
Porque para votar, sabemos que é fácil…basta pôr em movimento os “gangs do multibanco” e inscrever a rapaziada dos bairros municipais, para estes votarem ou manter o sistema do rendimento de inserção social para ter as tropas disponíveis.
É bom que os partidos comecem dentro de si próprios a praticar a credibilidade, a transparência e a ética e que se deixem de retórica, antes que matem a democracia.
"Navis vetusta inepta deinceps est mari." [Apostólio 13.57] Barco velho acaba impróprio para o mar.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

AUTÁRQUICAS EM OEIRAS 2005/ 2009












As diferenças que se verificam nestes resultados, tem como tradução, trabalho, dedicação e amor a um concelho.E essa diferença é avaliada pelos Oeirenses.
Tudo o que se possa dizer mais, é mera retórica!
Parabéns aos Oeirenses por terem dado uma maioria significativa ao IOMAF. É o melhor reconhecimento que qualquer autarca deste país pode ter.
É ver a sua confiança reforçada nas eleições.
Bem hajam!
E a partir de hoje, voltemos ao trabalho, porque os compromissos são muitos.
Muito se provou, depois deste acto eleitoral. Entre os diversos pontos que foram provados, tomo a liberdade de destacar:
1.º Afinal há reconhecimento na política;
2.ºEntre a obra feita e o cumprimento das promessas, não há retórica de "alfarrobista" que iluda o eleitor;
3.º Que ninguém pode pôr em causa a obra de Isaltino Morais, pois sem o reconhecimento da sua obra não seria possível, quer em 2005 quer em 2009, sair vencedor e continuar a merecer a confiança dos eleitores.






















quinta-feira, 8 de outubro de 2009

MARCOS PERESTRELO APOIA ISALTINO

Depois do Sócrates e do Alegre terem dado o seu apoio a Perestrelo, este acaba por apoiar Isaltino. Vamos seguir a recomendação de Perestrelo e votar Isaltino, no próximo dia 11 de Outubro.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

AS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS E A COMUNICAÇÃO SOCIAL

A televisão, em particular, só transmite as notícias da deslocação dos líderes partidários, no apoio aos candidatos às eleições autárquicas dos seus partidos.
Parece que não existe mais nada no espaço autárquico, por esse país fora.
Acabaram-se as eleições legislativas, mas a televisão dá a entender ao público que as mesmas continuam, mostrando os líderes a apoiar os seus candidatos às eleições autárquicas.
Vivemos uma falsa democracia! Esta é controlada pelas máquinas partidárias. De norte a sul do país, existem dezenas de candidaturas independentes que não beneficiam da divulgação das suas campanhas na televisão, porque não têm um Presidente de partido ou um Secretário-geral a visitá-las.
E mais grave é esta situação, porque em todos os Concelhos, existem vários partidos políticos a concorrer. Também estes, não são privilegiados em televisão, se o seu líder partidário não aparecer para os apoiar.
Que raio de democracia é esta? Que isenção tem os meios de comunicação social que andam a reboque dos líderes partidários a realizar reportagens como se mais nada existisse?
Para que serve a Comissão Nacional de Eleições? Já que nada diz sobre esta informação encapotada, onde só aparecem os líderes partidários em visitas de apoio aos concorrentes às eleições autárquicas, nos diversos concelhos?
A democracia está repleta de princípios, que não passam de isso mesmo, princípios. E que são diariamente violados. Principio da igualdade, da proporcionalidade, da equidade e por aí fora. É tudo treta! Antes do 25 de Abril queixavam-se os “democratas” que não existiam partidos, que não havia liberdade de expressão, não havia opção política, etc.
E agora, há? Das dezenas de grupos de Cidadãos que se propõe candidatar às eleições autárquicas, por esse país fora, já alguém ouviu falar deles na televisão? Então, não há grupos de cidadãos a concorrer às Câmaras de Matosinhos, de Valongo, de Coruche, da Amadora, de Gondomar, de Felgueiras, de Marco de Canavezes, de Alcobaça e de tantas outras?
Ao longo desta campanha, parece que só existe Lisboa e Porto e, mais os Concelhos onde vai o Secretário-geral do partido socialista. Todos os dias as televisões nos dão estas notícias.
Até nas eleições autárquicas o país só gravita em volta dos partidos. O que não havia antes do 25 de Abril de 1974 sobeja agora, de intoxicação partidária, colocando de lado os interesses das populações locais e as suas aspirações.
E viva a democracia!

« Demens est quisquis praestat errori fidem. » [Publílio Siro] Quem confia numa coisa errada não tem juízo.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

OEIRAS ESTÁ DE PARABÉNS


O candidato independente, Isaltino Morais, consegue uma maioria, que pode ser relativa ou absoluta de mandatos (entre 39% a 43,2%), enquanto o PSD cai em relação há quatro anos. O PS ascende, por seu lado, a segunda força política em Oeiras, em termos de percentagem.“Isaltino -Oeiras Mais à Frente” é o lema da candidatura de Isaltino.Isabel Meireles é a candidata do PSD, numa coligação com o CDS-PP e o PPM. O resultado da sondagem indica um resultado entre os 16,9% e os 20,7%.Quem mais sobe é o PS, com a candidatura de Marcos Perestrelo, que saiu pela porta pequena, da vice- presidência da Câmara de Lisboa. As previsões indicam uma votação entre os 21,2% e os 25%.O Bloco de Esquerda situa-se entre os 4,3% e os 6,1%, um resultado insuficiente para entrar no executivo camarário.A CDU regista, nesta sondagem, um resultado entre 7,2% e 9,4% e tem em dúvida o mandato na vereação que detém.Ao aumentar a sua margem, Isaltino Morais tem uma previsão de cinco a seis mandatos, seguido do PS, com dois a três, e a coligação liderada pelo PSD, com dois a três representantes e a eventualidade da CDU manter um lugar na vereação.
A verificarem-se estes números, a Candidatura Isaltino -Oeiras Mais à Frente, aumentara o seu número de mandatos, entre 25 a 50%.


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

MARCOS QUER ABRIR “BATACLAN” EM OEIRAS

Diz o jornal Público que o Marcos quer promover, em Oeiras, a abertura de “bataclan`s”, na frente ribeirinha.
Finalmente, Marcos define-se como empresário da noite.
E como a malta, não tem transportes nocturnos em Lisboa, quando vai beber uns copos, que é a capital, onde ele esteve, até ser despedido, vai além do metro e do alargamento da A5, pôr autocarros a circular à noite em Oeiras, deixando os clientes à porta de casa. Propôs a criação de uma carreira de autocarros nocturnos, o Combus, autocarro do concelho lançado pela autarquia com preços reduzidos para a população carenciada.
Já estou a ver os autocarros do “Combus” a tresandarem a álcool e com vomitado, a circular, no dia seguinte, e a levar os munícipes à farmácia, ao centro de saúde e a outros lugares. E como a “malta” já vinha “tesa que nem um carapau,” os preços seriam sociais.
Os autocarros seriam equipados com música ambiente e seria permitido fumar uns “charros”. Quanto a bebidas alcoólicas é que serão proibidas, mas estará disponível um serviço de “catering” com “Águas das Pedras” e Alka Seltzer”.
Marco Perestrelo divulgou a sua proposta durante uma acção de campanha na noite de ontem, com a Juventude Socialista, para “mostrar que em Oeiras não há espaços de diversão” e que os jovens “têm de ir para os subúrbios de Cascais ou para Lisboa”.
Até que enfim que aparece um candidato com ideias mesmo originais. Vou tomar é um “Gurosan”, porque estou embriagado com tanta ideia “louca”.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A VINGANÇA DO ZÉ


Mãezinha!
Ontem não tive tempo e fechei a carta, antes de te contar o que vou fazer. Tive que preparar, com o Pereira, a resposta ao Aníbal. Chegou a hora da vingança. É que ele andou a brincar comigo, a vetar os diplomas que eu com tanto carinho queria pôr na rua, mas agora quem brinca sou eu.
Está tramado comigo. Quer voltar a ser eleito? “Ganda” maluco. Não digas a ninguém, mas já prometi, ao Alegre, que o apoiava.
Entretanto, já reuni com o Lino e vamos mesmo fazer o comboio, aquele que é muito rápido, sabes? Sim. O TGV. Vamos poupar pelo menos 15 minutos no trajecto Lisboa/Porto. Não é fantástico?
Embora nós não sejamos um país com dimensão continental, onde faz sentido este tipo de transporte, eu adoro comboios.
Eu sei, mãezinha que eles não existem em países como a Noruega, a Suécia, a Holanda e muitos outros países ricos. Mas nós não podemos ficar fora da Europa. E o que é que vai acontecer a estes países que não têm TGV? É lógico, mãezinha. Vão ser obrigados a tomar o TGV na “Gare do Oriente.” Bem feito!
E depois ainda dizem que nós é que somos os atrasados.
Têm melhores escolas, melhores infantários, melhores centros para idosos? Oh, mãezinha? Comparar um TGV com escolas, creches e lares para idosos? Francamente! Isso não dá nas vistas. E depois, é como disse a Manuela…é estarmos a investir para trabalharem os Cabo Verdianos e os Ucranianos. Com o TGV vamos dar emprego é aos jovens licenciados em Sociologia, Antropologia, História, Professores, Enfermeiros, e outras profissões e aproveitamos, e metemo-los nos “carris”.
Também o que é que poderíamos fazer com os 7,5 mil milhões de euros? Mãezinha, isso dava para quê? Deixa lá ver: 1.000 creches a um milhão de euros cada uma, mais 1.000 centros de dia para idosos, a um milhão de euros cada um e sobrava para aí, 3,5 mil milhões. Postos a prazo, daria…não vale a pena continuar a fazer contas. Eu quero é o TGV, já disse!
A oposição andou a brincar aos comboios, agora vai ver! Quem brinca sou eu!
Mas não digas nada a ninguém, pois parece que andam por aí a fazer escutas por tudo e por nada. Nem nos emails podemos confiar, por isso é que te mando esta cartinha.
Beijocas do tê filho!

PS: Já fechei a carta, mas tenho de te perguntar: Tens acompanhado aqueles malucos do António e do Marcos? Agora aprenderam comigo e também já só falam em comboios. O que eu não gostei muito foi de andarem a falar de Hospitais. Já tive que contratar uma série de médicos de família, Cubanos e Ucranianos e eles andam, por aí, a prometer Hospitais?
Tenho que os meter nos “carris”. E se não se portarem bem, vão nos carris de alta velocidade. Pimba!

"Vindicta tarda sed gravis". [Erasmo, Adagia 3.9.27] A vingança demora, mas é violenta.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

ESTOU TÃO CONTENTE, MÃEZINHA!

Mãezinha, mãezinha! Estou tão feliz!
Estava a ver que isto se podia voltar ao contrário, mas não. Conseguimos, mãezinha! Pelo menos por mais dois anos, vamos aguentar isto. Até lá, se o primo quiser vir até cá, está à vontade.
Agora, estou um bocadinho aflito, sem saber bem, como é que hei-de orientar as coisas. Se viro para a direita ou se viro para a esquerda. Mas, se viro para a esquerda, aqueles malucos querem logo nacionalizar isto tudo. Não sei não, mãezinha! É que primeiro, eles dizem que é só os bancos, os seguros, mais a Galp e isto, e mais aquilo, e às duas por três, ainda ficamos sem as casinhas que comprámos com tanto sacrifício àquele “offshore”.
Se me viro para a direita estou, também, tramado, por causa daquelas coisas fracturantes. Sim o casamento desses, mais a morte dos outros e depois, ainda vão querer que meta mais não sei quantos polícias no quadro e eu não tenho dinheiro para isso.
Agora, vou esperar pelo Aníbal e ver como é. Até lá, tenho de dar uma ajudinha aqui ao António, porque se não, o tipo não ganha a Câmara. E eu preciso de mais essa vitória. Ah, Sintra e Cascais, fica para depois, até porque eu não fui parvo e garanti que as minhas amigas fossem para Bruxelas. Tramado está o Marcos. O Isaltino vai dar-lhe uma trepa e, depois, eu é que tenho de lhe arranjar um lugar numa Secretaria de Estado, qualquer. Se calhar, como ele tem jeito para isso e está na moda, vou criar a Secretaria de Estado das Ciclovias. Um projecto em que a malta possa ir de bicicleta até à estação do metro e depois, vai de metro até ao Bugio.
Sim, porque estive a pensar e para ajudar o Marcos, vou dizer que o aeroporto já não vai ser em Alcochete, mas em Oeiras, no Bugio. Tem mais possibilidades de expansão, fica perto da capital e assim, ele ainda vai prometer que trás mais uma carrada de empresas daquelas que fabricam “Magalhães”, para continuarmos a nossa aposta na tecnologia dos computadores. O “Magalhães” já passou de moda? Não, mãezinha! Eu suspendi a coisa, mas já falei com o meu homónimo, “Hugo Chavez da Venezuela”, para mandar mais umas carradas daquilo para lá. Não, mãezinha, para Angola não dá, porque se não, eles vêm cá e compram isto tudo. Não sabias que eu agora sou conhecido como o “Hugo Chavez da Covilhã”? Não é giro, mãezinha? É por causa daquele ar “revolucionário” que eu de vez em quando ponho. Mas, agora vou ter de continuar a fazer de santinho. Não é que resultou? Também pudera, a Manela ajudou imenso. Enquanto aqueles tipos andarem nestas coisas de credibilidade, ética e transparência, a malta vai papando isto tudo. É que eles não encontram ninguém lá no partido deles que venda tanta ética como o Alegre.
Este sim! É de esquerda! E como nunca esteve nestas coisas do Governo e das autarquias, ninguém pode dizer mal dele. Estás a ver, mãezinha? Não se podem gastar os trunfos todos. Temos que ter cartas na manga. E enquanto eles vão palrando, nós mostramos aquilo que valemos.
Eles metem nas listas gente duvidosa e eu tiro da lista a “transparência”. Queres mais transparência do que esta, mãezinha?

"Ante ruinam exaltatur spiritus." [Vulgata, Provérbios 16.18] O espírito eleva-se antes da queda.