segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sócrates: "Portugal precisa de quem puxe pelo país"

Mê filho, tu andas, a exceder-te.
Vieste dizer que a economia portuguesa está melhor que o Vietnam. O que é de facto um feito extraordinário. Só tu, é que te lembravas de dizer uma “bacorada” desse tamanho. Mas, eu já te conheço. Tens uma lábia que nunca mais acaba.
Agora, ainda tens o descaramento de dizer que precisas que a malta puxe pelo país. Ainda mais? Então, temos sido, pior que, uns burros da carga, fartos de levar esta rapaziada às costas e, agora, ainda queres que a malta puxe?
Eu por mim, não carrego mais nada, nem estou na disposição de puxar, coisa nenhuma. Era o que faltava!
Ah! São as exportações? Mas, então o Magalhães não se está a vender? Então, que é feito daquelas empresas bestiais onde tu tens andado a fazer uns discursos? Então, tu vais visitar, a correr, os tipos, e eles, depois, não exportam? Andam é a fazer pouco de ti, mê filho.
Não te canses. Isto também, está quase a chegar ao fim. Deixa vir as eleições do Aníbal e depois já tens o Passos "de" Coelho a governar esta “coisada”. Não andes agora, aflito, à última da hora, a limpar a porcaria que andaste este tempo todo a fazer.
Afinal, onde é que tu ganhavas dinheiro? Não foi como primeiro-ministro. Portanto, já tens a vida “compostinha”, não vale a pena andares a arreliar-te. Aquelas transferências todas, feitas pelo tê tio, tê primo e por mim, embora sejam só 383 milhões, já remedeia. Ou não? Pelo menos, é o que disse aquele tipo da direita reaccionária, arguido com o Mário Machado.

Sempre é verdade que o Tribunal de Loures vai enviar para a Procuradoria-geral da República certidão com declarações de um dos arguidos no julgamento de Mário Machado, dirigente da Frente Nacional, sobre alegados documentos de fluxos financeiros que envolvem os teus familiares?
É que o arguido Rui Dias, amigo do Mário Machado, um dos oito, que estão a ser julgados, em Loures, pelos crimes de associação criminosa, extorsão, sequestro e outros, disse em tribunal que «tem na sua posse documentos que referem o desvio de 383 milhões de euros», envolvendo «o tio, o primo eu própria» e tu, mê filho.
Olha, mê filho. Eu não me lembro nada disso, mas se ele diz, é capaz de ser verdade, ou não?

É que o juiz do colectivo, da 1.ª Vara Mista do Tribunal de Loures sustentou a extracção da certidão pela «denúncia de factos graves». Olha, estou-me nas tintas. Seja o que for. Até lá, recebe muitos beijinhos da tua mãezinha, que já tinha saudades de ter enviar uma cartinha.

PS. Pelo sim pelo não, depois de fechar a carta é que me lembrei que não tinha enviado os dez euros para meteres aí, o euro- milhões. Sabe-se lá, mê filho... Pode ser preciso, um bocadinho de sorte.

“Monoculus inter caecos rex.” [Bebel 226] Entre cegos o zarolho é rei.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

COMO SE REZA O "PAI NOSSO"

Nos dias que correm, em que a confusão instalada na área da educação, por estes sucessivos governos, deu como resultado, algumas inovações linguistas, que dentro em breve, serão alvo de algum acordo ortográfico e que a própria Igreja, terá de adaptar, na celebração dos seus cultos.
Um dos exemplos está evidente. Nalgumas áreas de Lisboa, já se reza o “PAI NOSSO”, numa linguagem adaptada à nova realidade sociológica, imprimida e apadrinhada, por estes actos de experimentação, do novo ensino.

Hey brother que tás no alto
Não sejas cota não sejas ralha
Aceita no teu reino a maralha.
Tás a ouvir, Man? Yo !
Dá-nos os morfes do dia a dia
Desculpa lá qualquer coisinha
Qu'a gente perdoa-lhes também .
Livra-nos do mal, livra-nos da bófia .
Tu tens o power .
Tu tens a glory .
Agora, Man ,
Para sempre Man :
Fica cool !
Tasse bem ..
Yo
“Tasse bem…tasse! " Mais uns anitos e vamos ver onde é que isto vai parar.
Que o “Pai” nos proteja!

“Et gaudium vestrum impleatur.” [Vulgata, João 15.11] Que o vosso gozo seja completo.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A HISTÓRIA DA VIDA DE UM AMIGO

Lembrei-me da história de um amigo que foi vivendo um casamento de muitos anos, em que a senhora tinha um filho de outro casamento.
Educou o filho dela, como se seu filho se tratasse, e embora, também, tivesse um filho, mas que vivia com os avós maternos, acabou por maioria de razão, em dar mais ao filho da mulher do que ao seu próprio filho.
O seu próprio filho, não foi acarinhado, pela madrasta como se esperava, pelo menos como retribuição da dedicação dada, pelo seu marido, ao seu filho.
Decorridos vinte anos, a senhora ficou portadora de uma doença psiquiátrica, que no convívio fugaz das pessoas estranhas à casa, não se revela, e que é uma depressão recorrente psicótica.
É um transtorno que se caracteriza pela ocorrência repetida de episódios depressivos, sendo o episódio actual grave, com sintomas psicóticos, mas com antecedentes de mania.
Depressão endógena com sintomas psicóticos.
Em suma, Psicose maníaco-depressiva, forma depressiva, com sintomas psicóticos. Mas, o que é a psicose?
Esta é um estado anormal do funcionamento psíquico. Mesmo não sabendo exactamente como são as patologias psiquiátricas, podemos imaginar algo semelhante ao compará-las com determinadas experiências pessoais. A tristeza e a alegria assemelham-se à depressão e a mania, a dificuldade de recordar ou de aprender estão relacionada à demência, o medo e a ansiedade perante situações corriqueiras têm relações com os transtornos fóbicos e de ansiedade. Da mesma forma outros transtornos psiquiátricos podem ser imaginados a partir de experiências pessoais. No caso da psicose não há comparações, nem mesmo um sonho por mais irreal que seja, não é semelhante à psicose.
A essência da psicose, está, por exemplo, quando alguém nos conta uma história realista, dependendo da confiança que temos nessa pessoa acreditaremos na história. Na medida em que constatamos indícios de que a história é falsa começamos a pensar que o nosso amigo se enganou ou que no fundo não era tão confiável, assim. Nesse evento o que se passou? Primeiro, um facto é admitido como verdadeiro, depois novos conhecimentos ligados ao primeiro são adquiridos, por fim a confrontação dos factos permite a verificação de uma discordância. Essa forma de proceder, provavelmente, é exercida diariamente por todos nós. A forma de conduzir ideias, confrontando-as com os factos, é uma maneira de estabelecer o contacto com a realidade. O que aconteceria se essa função mental não pudesse mais ser executada? Estaríamos diante de um estado psicótico! Pois bem, o aspecto central da psicose é a perda do contacto com a realidade, dependendo da intensidade da psicose. Num dado momento a perda será de maior ou menor intensidade. Os psicóticos quando não estão em crise, zelam pelo seu bem -estar, alimentam-se, evitam ferir-se, têm interesse sexual, estabelecem contacto com pessoas reais. Isto tudo é indício da existência de um relacionamento com o mundo real. A psicose, propriamente dita, começa a partir do ponto em que o paciente se relaciona com objectos e coisas que não existem no nosso mundo. Modifica os seus planos, as suas ideias, as suas convicções, o seu comportamento, por causa de ideias absurdas, incompreensíveis, ao mesmo tempo em que a realidade clara e patente, significa pouco ou nada para o paciente. Um psicótico pode, sem motivo aparente, cismar que o vizinho de baixo está a fazer macumba para ele morrer, mesmo sabendo que no apartamento de baixo não mora ninguém. A cisma, nesse caso, pertence ao mundo psicótico e a informação aceite de que ninguém mora lá é o contacto com o mundo real. Explicação de como isso acontece é irrelevante, o facto é que o vizinho está a fazer macumba e pronto. O psicótico vive num mundo onde a realidade é outra, inatingível por nós ou mesmo por outros psicóticos, mas vive simultaneamente neste mundo real.

Podem imaginar, o que é viver com alguém, deste modo.
O filho, também um demente, depois do meu amigo ter sofrido de um cancro, começou a receber mensagens, sem qualquer explicação, de citações, do Dalai Lama, tais como: “O que mais surpreende é o homem, pois perde a saúde para juntar dinheiro, depois perde o dinheiro para recuperar a saúde. Vive pensando ansiosamente no futuro, de tal forma que acaba por não viver nem o presente, nem o futuro. Vive como se nunca fosse morrer e morre como se nunca tivesse vivido.”
Ora, o meu amigo, tinha perdido a saúde, e tinha levado uma vida de trabalho e de poupança, exactamente, com receio do futuro. As coisas imprevistas que nos podem suceder e uma delas, é a falta de saúde. Receber esta mensagem, via telemóvel, depois de um acontecimento desta natureza e que ainda estava presente, na altura, é no mínimo, um acto de terrorismo mental, pior que a coacção moral.
Numa tentativa continuada de viver, já com mais de trinta anos, à pala do padrasto, posteriormente, ainda lhe disse: “ Casaste com a minha mãe, tens que me aguentar”.
Este meu amigo vive esta realidade, há mais de quatro anos, da sua vida.
Ainda não se tinham passado dois anos sobre o primeiro infortúnio da doença, volta a ter outro cancro, noutro órgão.
Foi operado, e ao fim de cinco dias da operação, estando em casa, a mulher pergunta-lhe: “ Olha, onde é que tens o dinheiro?”. “Se tivesse acontecido alguma coisa?” (eu e o meu filho ficávamos tesos! Sublinhado meu).
Bom! Este meu amigo, não lhe bastava as doenças de que tinha sido acometido, ainda sofreu todos estes ataques, pelo enteado e pela mulher, focados nas possíveis poupanças que este tivesse feito, ao longo da sua vida.
Este “post”, pelas suas razões, já vai longo, e toda a história deste meu amigo, poderia dar um livro repleto de acontecimentos, que não são mais que uma vida vivida, infelizmente, pelos motivos invocados, uma infelicidade.
Mas deixo aqui, um desafio a todos os que se dão ao trabalho, de ler os meus postes…se tiver reacções positivas a este post, um dia que tenha mais sossego, escrevo um livro sobre a história da vida deste meu amigo, que pode ser um bom guia, para todos aqueles que o leiam, principalmente, os mais novos.
Já é difícil, viver a vida a dois, sem ter os filhos dos outros sob a nossa responsabilidade. Mas, depois de uma vida de trabalho, ser brindado deste modo, é um alerta, a todos e todas que queiram assumir esta responsabilidade…casar com alguém que tem um filho que criou desde pequeno e que leva a mãe ao estado mental descrito, por esta ter a consciência, de que ele é um mentecapto e demente, e tornando a vida, dos respectivos cônjuges, num completo inferno, ao cimo da terra.
Tenho grande admiração, por este meu amigo. Espero que ele não me leve a mal de escrever um pequeno trecho desta história, mas como não identifiquei ninguém, ele continua salvaguardado.
Meu amigo! Vê se encontras o modo de te libertar e viver a vida que ainda tens pela frente.
Mereces muito mais!


“Malis mala succedunt.” [Erasmo, Adagia 3.9.97] ■Males a males sucedem. ■Uma desgraça nunca vem só.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O SILÊNCIO DOS INOCENTES

Ensurdecedor é o silêncio prolongado.
O aldrabão, o mesquinho, o vigarista, esse, nunca se cala. Silêncio não é com ele, a não ser que o interpelemos, para nos explicar o que é que esteve a dizer. Mas, quando fala, fala e vai vendendo a banha da cobra, aquela que é boa para aplicar no calo, desaparece o dedo e fica o calo. É assim que muitos de nós ficamos, ao lidar com este tipo de gente. Aldrabados e vigarizados.
Não quer dizer que o silêncio também não seja uma maneira de nada dizer, para enganar freguês. Só que neste caso, do silêncio, quem se engana é quem faz a interpretação do que significa o silêncio do outro.
Quando ouvimos alguns políticos a palrar, já sabemos que nos estão a aldrabar. Parece que na maioria dos casos, até gostamos de ser aldrabados, porque é uma forma de sonhar com aquilo que não temos, nem poderemos ter. Estava-me a lembrar daquela aldrabice da criação de cento e cinquenta mil novos empregos. Ou da outra que não subiremos os impostos.
Portanto, do mesmo modo que o silêncio prolongado pode ser ensurdecedor, é igualmente, ensurdecedor, o palrar constante que os nossos políticos nos habituaram.
Durante este mês de Agosto, em que o país, quase que pára, faz-se um silêncio ensurdecedor, por vezes, entrecortado, por algumas algarviadas. Esta das algarviadas, fez-me lembrar aquelas que se dizem no Pontal. Mas não só. Outros grupos, também já adquiriram o hábito, para cortar o silêncio do “summer time”, e largar pela boca fora, umas algarviadas.
E assim se passa o verão, com as chamadas “reentres”, em que são dadas umas notícias soltas, como aquela dos mais faltosos na Assembleia da República, são os deputados do PSD. Recordei-me daquele “slogan”, “ a terra, a quem a trabalha”, para dizer, “Assembleia da República, a quem a trabalha”.
A crise há-de resolver-se. Não há nada, que bata no fundo que depois não suba, outra vez. Aliás, as notícias dadas pelo senhor primeiro-ministro contrariam, logo, aquilo que a oposição possa dizer. Esta malta, da oposição, são uns chatos. Têm que estar sempre a dizer mal.
Estamos quase, nas eleições presidenciais. Outra vez um barulho ensurdecedor, para que tudo fique na mesma. “É uma união de facto”, embora contrariado.
Mas tem sido assim e vai continuar assim. Pela estabilidade do país, vamos promulgando tudo, embora contrariados.


“Serpentem foves, et is te.” [Grynaeus 492] Tu acalentas a serpente, e ela a ti.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A RAINHA DE INGLATERRA

A Rainha de Inglaterra é actual monarca do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, bem como Rainha de Antígua e Barbuda, Austrália, Bahamas, Barbados, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadilhas, Ilhas Salomão e Tavalu.
Ora, nós em Portugal também temos uma Rainha de Inglaterra…o Procurador-geral da República. Só que esta Rainha não consegue estender os seus domínios até aos barbados sindicalistas. Por outro lado, estes é que lhe fazem a barba.
Se estivesse no lugar dele, com estas trapalhadas todas, tirava umas férias na Jamaica ou nas Bahamas. Afinal é território onde a Rainha é monarca. Mas, como não temos no nosso reino tão lindas paragens edílicas de férias, arrancava para a Amareleja que é um lugar sossegado e onde não existe mais nenhum agente do Ministério Público.
O Procurador não concordou com o projecto de despacho dos Procuradores, este poderia ter avocado o processo para si próprio, antes do despacho dar entrada. Só que esta decisão teria um forte custo político. Se o tivesse feito, teria dificuldade em negar a intenção de proteger o primeiro -ministro.
Afinal, sempre tem mais poderes que a Rainha de Inglaterra. Mas foi preferível, negar a ausência de poderes, para numa fase de proposta, impor a necessidade de mais poderes. Ora, se a estrutura é a que se conhece, poderia eventualmente, solicitar, em alternativa, menos poderes. Talvez cortasse alguma sobranceria à instituição a que se chama hoje, e mal, magistratura.
Porque se são uma magistratura, não entendo porque motivos têm um sindicato. Claro, que depois acontecem estas coisas…os funcionários, queixam-se ao sindicato dos chefes e pimba. Em primeiro lugar, o chefe não esteve presente na tomada de posse da nova direcção de sindicalistas. Também não desconta para o sindicato. Pior ainda. Começaram a dizer que a “Rainha” estava a converter a Procuradoria num quartel. Essa coisa de mandar mais que os sindicatos é errado. Nem a Rainha de Inglaterra faz uma coisa dessas. E não há cerimónia onde ela não esteja presente, mesmo que não goste nada. Uma Rainha que é rainha vai a todas, sempre com um sorriso nos lábios. É tal e qual, como diz uma procuradora do DIAP de Lisboa que afirma que os sindicalistas “têm uma atitude de rejeição à partida face à hierarquia”.
Portanto, proponho, que se mais nada houver a fazer, para remediar este caos, que o sindicato faça uma Assembleia e demita o Procurador. Podem, até, organizar gritos de protesto como: “Sindicato sim, procurador não”. “A luta continua, procurador para a rua”. “Viva a democracia, hierarquias não”. Ou então, como se trata de uma Rainha, podem ainda ter mais um grito de protesto, mais do contento da esquerda do caviar, daquela que é republicana e laica, que seria algo assim: “Viva a República, Monarquias não”.
“Res dare pro rebus, pro verbis verba dare solemus.” [Salvatore De Renzi, Collectio Salernitana 5.103] Costumamos dar coisas em troca de coisas, palavras em troca de palavras

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

OS ILUMINADOS DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

A educação, neste país, vai de mal a pior.
Ao longo destes trinta anos de democracia, aparecem, uns iluminados, com soluções de inovação que não lembra ao diabo.
Agora, levantou-se a polémica de não haver repetições de ano. Isto é, não existirem chumbos na escola. Se isto já estava pelas ruas da amargura, imaginem, o que não será num país em que as pessoas já não são motivadas para trabalhar, dizer a uma criança:
“É pá, se não estudares, não faz mal, porque é sempre a aviar”. Ou, “Não há chumbos para ninguém”.
Já não basta o que andaram a fazer com as novas oportunidades! Ainda me recordo dos famosos programas de formação profissional, financiados pela U.E. em que os grandes beneficiados foram a malta que dava “aulinhas” de Word. Gastaram-se fortunas, nesta brincadeira.
Eu estive a pensar nesta reforma e nas outras todas, que os iluminados do Ministério da Educação têm realizado e venho aqui propor, o seguinte:

De tudo o que tenho ouvido, a grande dificuldade dos nossos meninos, nos dias de hoje, está na matemática e no português.
Então, sugeria que fossem alterados os programas destas duas disciplinas:
A matemática, deixa de ser matemática e é substituída por duas disciplinas de nível diferente.
A primeira, seria “Introdução às funções operativas das máquinas de calcular”.
Depois do aluno estar familiarizado com o domínio da máquina de calcular, passaria a ter outra disciplina que seria: “ Introdução às funções operativas em folha de cálculo”.
Desde que o aluno realizasse esta aprendizagem no Magalhães, então passaria, para uma outra disciplina que já seria: “ Métodos avançados de contas de multiplicar e dividir numa folha de Excel”.
Só concluídas estas três disciplinas, com aproveitamento, é que o aluno se poderia candidatar, ao Instituto Superior Técnico.
A área da geometria seria substituída por desenho em “Autocad”.
Quanto ao português, iria resumir-se às diferentes fases de aprendizagem, que passariam a ser, as seguintes:
“Introdução à técnica de aprendizagem do português falado por Headphones”.
Depois de ultrapassado este nível, juntar-se-ia, à aprendizagem do português, a escrita:
“Introdução à técnica de envios de mensagens por SMS”.
“Introdução da técnica de escrita em "word", com nova tecnologia de ditado oral”.
O exame final seria feito com o aluno, a escrever um texto sem nexo, falando directamente para o computador. O programa de escrita teria de admitir, como exemplo, as seguintes expressões e abreviaturas: “ oje tá bué de calor”. “k é k aconteceu?”. “Este magano é bué fixe”. “Os cotas já nã xateiam com os estudos”.
Na universidade os conhecimentos obtidos, teriam que incorporar quadras para músicas de “rap”, num estilo moderno:

O meu truta minha visita atraco ai hó,
vo desce ali na gaiola ali, boa visita pro se ai.
Po Luciana onze e quinze, se entro agora,
o que ta acontecendo ai fora meu amor?
O Valtinho, até que fim consegui entra aqui dentro,
mó sofrimento, tem um monte de funcionario novo ai,
até espelho tão pondo na gente, isso é mol humilhação,
eu não aguento mais essa vida não,
ou você muda quando se sai daqui
ou então eu vo para.
Calma, calma.


Apreciem esta qualidade poética que nem Alegre, conseguiria exprimir, yeah.

Não ponham esta malta a trabalhar, não, e eu quero saber como é que os pais responsáveis, podem exigir, dos seus filhos, trabalho, e que país é que vamos ter na próxima geração.


“Exempla praesentia futuri periculi nos admonent.” [Rezende 1779] Os exemplos actuais nos advertem do perigo futuro.