sábado, 30 de junho de 2012

A PROTECÇÃO AOS METRALHAS










A obstinação, a incompetência, a arrogância e a conivência, deste governo, com os metralhas de Portugal, ultrapassa o razoável. E senão, vejamos:

Existem dois senhores, mas, falta, ainda, descobrir mais caloteiros, que devem mais de 60 milhões de euros ao BPN. E vai dai, o governo acha-se com o poder e com o direito, de colocar esse ónus em cima dos portugueses, que vão sendo espoliados dos seus rendimentos de trabalho. Sim, porque os especuladores estão isentos.
O governo, depois de duríssimas medidas financeiras, novamente, sobre quem trabalha, consegue chegar, no primeiro trimestre a um défice de 7,9%. Não estou a falar da meta de 4,5%. Estou a falar em mais 0,5% de défice, comparativamente, ao primeiro trimestre de 2011. Porque, quanto à meta de 4,5% é para esquecer.  Tive em tempos, a oportunidade de dizer ao Senhor Passos Coelho que bastaria um Contabilista no governo, como Ministro das Finanças, para se ter mais rigor nas contas. Disse-me ele, que não...que as Finanças eram mais do que isso. Ainda hoje não percebo o que é necessário...parece-me que a regra é assim: trabalha-se, vende-se o produto e da margem bruta que se obtenha, depois de pagas as despesas, não se pode gastar mais do que o disponível liquido. E se ganhares 100, poupa, nem que seja, 10.
Mas o governo, na sua ânsia de querer perdoar dividas, aos correligionários, de isentar os corruptos do negocio dos submarinos, utiliza todas as técnicas ao seu dispor, com o argumento do “memorandum”, para justificar todos os seus atropelos.

Em contrapartida, assistimos à prerrogativa da polícia poder aprender automóveis, quando existam dividas ao fisco. Podia achar esta medida correta se não existissem todos estes escândalos de roubalheira, completamente, impune. Não assiste moral a nenhum governo, nesta situação, que possa legitimar estas medidas.
Para onde é que estes incompetentes, arrogantes, levam o país?
Parece que os primeiros sinais se fizeram sentir na Covilhã. Vamos ver se este governo e por consequência o regime que protege toda esta cambada de mafiosos, se aguenta até ao final do ano.
Não me parece...até ao final do ano, muito irá mudar neste país...

terça-feira, 26 de junho de 2012

AS FINANÇAS COMO EMPRESA DE COBRANÇAS DIFICEIS





Depois de ficar responsável pela cobrança coerciva das multas das taxas moderadoras e de portagens, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) vai agora cobrar as multas que até aqui eram executadas pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT), ficando os devedores sujeitos a penhoras.
Mas, não vai ficar por aqui. Numa perspectiva de privatizar as Finanças, o governo prepara as mesmas como uma empresa de cobranças difíceis. A prerrogativa de poder penhorar torna as Finanças, numa futura empresa apetecível. Sim! Porque nem as Finanças vão escapar às múltiplas privatizações que se preparam, depois de se levar ao caos as empresas e serviços do estado.
Já estou a imaginar, as dividas à mercearia, as dividas nos cartões de crédito, a serem cobradas, via Finanças.
Ainda o pessoal ficava alarmado com os assaltos nos Multibancos. Esses são uns pobres desgraçados que estão sujeitos a serem condenados. Agora, o governo, a coberto da lei, pode assaltar os contribuintes, encontrando na penhora o seu meio coercivo de cobrança.
Enquanto isto tudo se passa nas nossas barbas, os compadres e as comadres que andaram a encaixar, com o negócio das parcerias público – privadas, com os negócios dos submarinos, com os negócios do BPN, com os negócios da formação profissional, continuam impunes.
Ao ponto a que se chegou, na sociedade portuguesa, em que uma das últimas notícias é a da prisão preventiva de médicos, por burlas em receitas, que geraram, no mercado paralelo, mais de 50 milhões de euros. Isto era impensável! Mas, enquanto um médico tem um vencimento de três mil euros, num hospital público ou num centro de saúde, nós assistimos à nomeação de “Técnicos Especializados”, com 24 ou 25 anos, para os grupos de trabalho nos ministérios, com vencimentos de 3.900 euros, mais 40% de despesas de representação.
Esta pouca vergonha faz com que algumas pessoas pensem que a impunidade desta malta pode ser ultrapassada, com estes negócios fraudulentos. O únicos culpados desta situação são os governos do arco da governação, que têm conduzido o país a este estado deplorável, do safe-se quem puder.
Mas, insistem estes tipos que havemos de chegar, custe o que custar, aos tempos do contrabando, para se puder sobreviver. A execução orçamental, depois dos contribuintes em geral estarem a ser confiscados nos seus rendimentos e em particular, os funcionários públicos, com reduções nos salários e a retenção do subsídio de férias e de natal, a mesma aponta para que o défice se projecte para 5,5% em vez dos 4,5%. Tudo isto, porque o actual governo, que possuía uma estratégia de corte de gorduras, para equilibrar as contas, não consegue parar o incremento das despesas do estado. Preparem-se os trabalhadores das privadas, para terem um imposto extraordinário sobre o subsídio de natal.
É esta malta que andou pelas jotas, mais os senhores professores, que a única coisa que conhecem da vida é a dogmática, que nos estão a governar e a levar, este país, para uma situação de pobreza que só pode ser comparável, aos primeiros anos do reinado de Salazar, quando este teve de endireitar o país deixado pelos democratas republicanos, crivado de dívidas.
Volto a dizer que é urgente um novo regime político, se não queremos ter um futuro de miséria, para os próximos 50 anos.
Quando um governo se permite a utilizar a prerrogativa da sua autoridade para penhorar os seus cidadãos, até pelos títulos de transporte não pagos, vale tudo para se sobreviver. É esta a forma que os portugueses encontram de se desenrascarem, porque não têm tomates para mais.
Se o governo já utiliza o dinheiro dos contribuintes para cobrar, coercivamente, o dinheiro de portagens das auto – estradas, que são propriedade de empresas privadas, dá uma ideia precisa, a que ponto se chegou, naquilo que dizem ser um estado de direito. Nem no Afeganistão…dos Talibãs!


domingo, 24 de junho de 2012

CARTA AO COELHINHO



Meu Amigo Coelhinho

Como sabes, o teu amigo Nhecas anda um pouco atrapalhado. Em primeiro lugar foi aquela situação do Jornal Público, depois foi a minha licenciatura e, agora, não bastava tudo isto, vem a Helena falar daquela situação em que eu tentei arranjar um negocio para ti, com a Ordem dos Arquitetos.
Já não se pode fazer nada que vêm logo com histórias disto e mais aquilo, como se fosse ilegal ou eventualmente corrupção, eu estar a arranjar-te um negocio com dinheiros comunitários. Francamente!
Coelhinho, meu amigo! 

A situação do Público já está resolvida. Também se o gajo não tem dito o que disse eu já o tinha ameaçado em que contava ao pessoal que ele quando casou já não ia virgem.
Já quanto à licenciatura, os tipos começaram por ai a bisbilhotar, mas eu fechei as hipóteses de eles saberem alguma coisa. Na realidade, eu tirei o curso na Faculdade Federal da Cerveja, no Brasil. Fica no morro da Tijuca. Sim! Não te preocupes que ai ninguém entra...nem a policia militar, quanto mais os jornalistas de investigação. E por outro lado, eles, agora, tem medo que eu saiba alguma coisa da vida deles e ficam caladinhos.  Também, se assim não for, despedem-se e ninguém fica a saber nada. Fica tranquilo, Coelhinho. O pior que pode haver é um Coelho stressado. Lembra-te que os Coelhinhos têm que estar em condições de poderem fornicar, depressa e bem o povinho.
O quê? O teu nome foi mencionado, e isso é mau? Não te preocupes, porque aconteceu o mesmo com o Sócrates e ninguém se importou com isso.
Ah, a oposição? Não te incomodes com isso...embora nós tenhamos contribuído para a situação em que estamos, nós pomos logo, as culpas neles e pronto, calam-se!
Deixa isso comigo! Ainda bem que não convidaste o “toupeira” para o governo, se não, ainda havia mais informação para os jornais.
Coelhinho! Recebe um abraço do teu amigo Nhecas e até breve.

PS: Desculpa de não ter resolvido aquele assunto da privatização da RTP, mas como sabes tenho andado ocupado com estes assuntos. Um abraço fraterno do teu amigo Nhecas.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

O SILÊNCIO


Diria Pascal, Blaise, que o “Silêncio é o maior dos martírios; nunca os santos se calaram”.
No meu entendimento o silêncio é uma arte. É preciso ser-se tolerante para se viver em silêncio, porque os gritos e clamores podem ser estrangulados, mas ninguém consegue vingar-se do silêncio.
Fui treinado a estar em silêncio. Ensinaram-me que apenas o silêncio é grande, que tudo o mais é debilidade. Não que eu queira ser forte, onde outros possam ser débeis. Mas, eu próprio me sinto melhor e capaz quando estou em silêncio. Já houve alguém, que muito considero, que me disse que eu era “low profile”. Ainda bem e obrigado. Para mim é um elogio. Porque, quando se fala, é preciso que antes possamos ter a capacidade de reflectir, e esse, é um dom pouco exercitado por cada um de nós.
E que melhor do que o silêncio para reflectir?
Quantas vezes não sentem a necessidade de reflectir? Mas, a falta do silêncio, compromete, muitas das vezes, a possibilidade de reflectirmos, a perguntas básicas, como…” Quem somos, para onde vamos e qual será o nosso destino.”?
Pensamos que a vida é o material e que a espiritualidade se pode comprar como quem compra uns ténis, em qualquer sapataria de um, qualquer, centro comercial. Mas, deixo isso à consideração de cada um. Desde que o homem descobriu a necessidade da existência dos “deuses”, encontrou a espiritualidade. Deixou de caçar e passou a trabalhar para o seu sustento, enquanto, nos seus momentos de descanso, se dedicava a alimentar, a sua alma.
Por último, se nada disto for o resultado de se estar em silêncio, este, também, pode ser, como disse “Séneca”, que "Os desgostos da vida ensinam a arte do silêncio."

quarta-feira, 13 de junho de 2012

O IMI E OS ASSALTOS À MÃO DESARMADA



Esta pouca vergonha em que estamos a viver, depois dos governos de alternância terem levado o país a uma situação de quase bancarrota, só salvos pelo empréstimo gerido pela Troika, leva os portugueses a situações de completa falta de equidade tributária.
Sem que os portugueses se apercebam, os aumentos constantes de impostos e taxas de que está a ser alvo, ainda não acabou, porque só no que diz respeito ao IMI é uma pouca-vergonha. E ninguém acredita que o interesse do governo sobre este imposto seja para favorecer os municípios. Tanto, que assim é, que o governo já se disponibilizou a ir buscar 5% deste imposto. Isto, salvo melhor opinião, é mais um atropelo à Constituição, perpetrado por um governo que se acha isento de cumprir a mesma.
Sempre que é realizada uma transação de um imóvel, por venda ou por herança, o valor do IMI é actualizado. Quem construiu a sua casa, há quarenta anos e fechar os olhos, os seus herdeiros têm garantido, uma actualização do IMI. Mas, mesmo antes de fechar os olhos e mesmo que tenha uma reforma de 500 euros, poderá ter que disponibilizar, um mês de reforma para cumprir as suas obrigações fiscais com o IMI.
Esta é mais uma afronta e um assalto à mão desarmada. Não acredito que seja possível e que valha a pena ser proprietário da sua própria habitação, dentro dos próximos tempos. Uma habitação em que o próprio viva com a sua família não é um rendimento. É o que a Constituição acautela…direito a habitação condigna.
Por sua vez coloca-se a quem é proprietário e coloca o seu imóvel no mercado de arrendamento, além do imposto que paga da receita das rendas ter de pagar uma tributação, só porque é dono de um imóvel.
Além de muitos portugueses estarem a entregar as suas casas ao banco, se calhar, vai-se ter que entregar o restante parque imobiliário ao Estado e que seja este a geri-lo, e a criar riqueza com o mesmo.
Por este caminhar, em que a consolidação das contas públicas se faz unicamente a assaltar os contribuintes e a atropelar a lei fundamental do Estado, o resultado será a de um país depauperado que só irá garantir bem -estar ao gang do BPN, aos Catrogas, aos Mexias e todos os jotas que vão beneficiando de contratações como “Técnicos especializados”, a ganhar 3.900 euros por mês, mais 40% de despesas de representação.
Porque, para quem já trabalhou e produziu riqueza para este país e para quem, ainda, trabalha e continua a ser vítima destes assaltantes, legitimados pela lei, por eles criada, estão a caminho da pobreza.
Resta-nos esperar que o ciclo de vida dos regimes políticos se cumpra…

sexta-feira, 8 de junho de 2012

TENHAM DÓ...



Portugal e os portugueses assistem, impávidos e serenos, às maiores violações da Constituição da República Portuguesa. Quem viola a Constituição, são os mesmos, que assaltando os trabalhadores, à mão desarmada, pensam que conseguem repor e corrigir os grandes roubos, a grande corrupção e outras vilanagens que os seus militantes, os que têm estado no eixo do poder, perpetraram, ao longo deste últimos 38 anos, são estes dois últimos governos. Mas, o actual governo, fá-lo com a arrogância e a prepotência, de pretenderem ser os salvadores da catástrofe que eles próprios perpetraram pela cobertura que sempre deram à Máfia instalada nos partidos. Se assim é, porque não encontram os 2/3 necessários a uma revisão Constitucional e não alteram a mesma? Porque lhes interessa ficar assim?
O Bispo D. Januário manifestou a sua opinião sobre a atitude que quem não diz pensa, de o primeiro-Ministro ter tratado os portugueses com atitudes paternalistas. Então, não foi uma das atitudes de que era acusado Salazar e mais tarde, Marcello Caetano, com as suas conversas em família?
Depois, todos aqueles que nunca se indignaram com o vencimento do Mexia, do Catroga, do Borges, do Jardim Gonçalves e tantos outros e dos que assaltaram o BPN, dos que beneficiaram de compra e vendas de acções a preços especiais para amigos, que construíram as parcerias públicos- privadas, vêm utilizar como argumento, o vencimento de 4.400 euros, do Senhor D. Januário. Se fosse a estes senhores, eu preocupava-me é com os que ganham 500 euros por mês e depois, ainda aparecem Borges e companhia, a esfolar os nossos impostos, a dizer que os salários têm que baixar e com os mamões que arrecadam 45.000 euros mês, da EDP, que foi privatizada pelo preço da chuva, para sustentar toda esta rapaziada que foram escolhidos pelos chineses, porque falam japonês.
Tenham dó…em nome de Deus! Se tivessem absorvido algo da Eucaristia, tinham outros argumentos mais elevados!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

SAFÁMO-NOS DO ABISMO



Meu Caro Nhecas!

Espero que te encontres bem, depois do recato que estás a fazer. Eu ontem saí-me bem, com aquela de dizer que os portugueses têm paciência e que não estou a governar a pensar em eleições. É claro que isto é mentira, mas neste momento e depois das broncas que tu deste, tinha que ser.
Ah, gostaste daquela em que eu disse que já não estávamos no abismo? Eh pá, a malta vai acreditando nisto tudo. O desemprego? Oh, Nhecas! Não te preocupes com isso. O Álvaro dos pastéis de nata anda à procura do “coiso”. Assim que ele encontrar o coiso, logo veremos qual vai ser a solução. Mas, com este programa especial, eu vou conseguir demonstrar aos jovens que estar no desemprego é uma oportunidade. O quê, os tipos depois não pagam o dinheiro que vamos emprestar? Isso, depois, logo se vê. O importante, agora, é fazermos de conta que estamos a fazer alguma coisa, para demonstrar que estou mesmo com compaixão. Os portugueses gostam disso…de compaixão. Desde que a malta diga que temos compaixão por eles, eles aguentam tudo. De qualquer dos modos quem vai pagando a crise são os pais deles, querem lá eles saber se há trabalho ou não. O que importa é que eles ainda vão tendo dinheiro para andar de carrito, para irem à discoteca e jantar com os amigos. Ah, mas os pais abdicam da sua própria vida? Oh Nhecas! Tivessem aproveitado, como eu aproveitei. Primeiro, andei a comer as guloseimas. Doces e mais doces. Agora, é que não tenho outra solução, senão, trabalhar. Depois quem é que aguentava a Lady Laura?
Entretanto, no meio desta confusão, lá conseguimos aprovar a lei das empresas municipais. Agora é que vamos poupar. As parcerias? Ah, isso é tudo culpa do Sócrates. Que eu me lembre, nós nunca fizemos merdas dessas. Pois não? O quê? As parcerias começaram no tempo do Cavaco? Eh, pá… tenho que me pôr a pau. Se ele começar a chatear, mando-lhe com isso à cara. Ainda bem que me avisaste!
Agora, o que vai levar mais tempo é a saúde. Os gajos que querem ficar com as privatizações vão ter que aguentar mais um bocado. Oh Nhecas! Este plano é genial. A malta, à custa da crise, vamos pondo os serviços de saúde num caos e depois, privatizamos. Para eles até é melhor. Quanto pior estiver mais barato é para eles.
Olha, se depois de tudo isto, houver azar, sempre temos metade da ilha do Sal, para nos refugiarmos. Não te preocupes. Já falei com o Loureiro. O Correia? Esse enquanto não tocarem muito na questão dos aterros sanitários vai continuar a safar-se.
Agora, já sabes…compaixão e paciência! E um dia mais tarde, podes dizer ao pessoal que se não caímos no abismo, a mim mo devem!
Não te esqueças de resolver essa coisa da RTP. Ouviste?
Febras! Toma lá um abraço fraterno, daqueles que tu gostas!