quinta-feira, 29 de novembro de 2012

PORQUÊ PAULO VISTAS?



Nunca a minha vida foi orientada pela “ambição”. Citando Maquiavel, "Os homens quando não são forçados a lutar por necessidade, lutam por ambição."

Como sempre prezei a amizade e a gratidão e como tenho a convicção de que estas em nada podem contra a ambição, a minha vida foi orientada por estes dois objectivos: a amizade e a gratidão, quer para satisfação das necessidades pessoais, quer por todos os que integram a sociedade, onde me insiro, e, em particular, os que me estão mais perto.

Por estas razões, aceitei o convite do Dr. Isaltino Morais, em 2005, para mandatário da sua candidatura a Presidente da Câmara Municipal de Oeiras. Convite que foi renovado em 2009.

Em 2005, contra todos os ventos e marés, o Dr. Isaltino Morais foi o escolhido, novamente, pelos Oeirenses, para liderar os destinos da Câmara Municipal de Oeiras.

Reiniciou-se, nessa altura, a continuidade de um projecto para Oeiras que tinha sido interrompido em 2002, com a chamada do Dr. Isaltino Morais ao Governo.

Em 2005, o Dr. Paulo Vistas, reconhecendo a liderança do Dr. Isaltino Morais e porque sempre acreditou no seu projecto, tal como eu, abraçou a sua candidatura.

Prevaleceu a amizade e gratidão. Ambas tiveram a inércia e a força de vontade, que foi demonstrada por todos os que participaram, activamente e, com o seu voto, na continuidade de um projecto para Oeiras, que já vinha a ser trabalhado desde 1986.

Com a “Vitória Impossível” trilhou-se um novo caminho, desta vez, não à sombra de um aparelho político, mas por um conjunto de cidadãos…”Isaltino Oeiras Mais À Frente”.

Posso dizer-vos que foi fantástico. O entusiasmo, a dedicação e o trabalho que foi dada a esta candidatura vencedora. Vencedora contra tudo e contra todos que, unicamente, se movimentam por ambição e inveja.

Eu tive a honra de ter sido o mandatário desta candidatura que foi um marco na história democrática autárquica. Um Grupo de Cidadãos que é eleito para governar os destinos de uma Câmara, mas também, o destino de sete das dez freguesias do Concelho e, de ter, uma representação maioritária na Assembleia Municipal.

Os Oeirenses, contrariamente ao barulho ensurcedor dos adversários desta candidatura e dos meios de comunicação social que lhes eram favoráveis, decidiram, com amizade e gratidão, que este Grupo de Cidadãos, liderado por Isaltino Morais, fosse o eleito. Nunca na história de Portugal, no que a eleições autárquicas diz respeito, se tinha observado tão esmagadora vitória.

Ao princípio era uma “vitória impossível”. Mas foi possível graças à confiança, à amizade e gratidão depositadas pelos Oeirenses neste Grupo de Cidadãos e no Dr. Isaltino Morais.

Os Oeirenses voltaram, em 2009, com a sua gratidão e amizade, renovando, desta vez, com uma maioria ainda mais expressiva, a vitória deste Grupo de Cidadãos.

Em ambas as eleições tive a honra e a satisfação de ter sido o mandatário do Dr. Isaltino Morais.

Também, o Dr. Paulo Vistas mereceu e honrou, com o seu carácter e trabalho, a posição de Vice-Presidente da Câmara, nestes dois mandatos.

Por estas e outras razões, o Dr. Paulo Vistas é o candidato a Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, em 2013.

E porque o projecto é de continuidade, e porque não me animam, na vida, ambições, mas sim a amizade e a gratidão, recebi um convite do Dr. Paulo Vistas para que o represente na sua candidatura, como representei o nosso Presidente Isaltino Morais.

Fá-lo-ei com a mesma convicção e com a mesma dedicação que tive e tenho para quem já tanto esforço, trabalho e dedicação deu a Oeiras e aos seus Munícipes, nestes últimos oito anos. E porque acredito que o projecto do Dr. Isaltino Morais ainda não está concluído e que só terá continuidade com a liderança do Dr. Paulo Vistas.

O Dr. Paulo Vistas é um cidadão de corpo inteiro. Nestes oito anos muito deu de si em prol dos Oeirenses. Sendo um homem que ama a sua família, mulher e filhas, em particular, já muito lhes roubou de tempo e afectos, dedicando-se a servir os Oeirenses.

O Dr. Paulo Vistas é um homem que vive preocupado com o bem-estar dos seus concidadãos e, na qualidade de Vice-Presidente, tem abraçado projectos como a habitação jovem, a habitação nos Bairros Municipais, o desporto, os idosos e todos aqueles que o procuram. O futuro é feito de homens deste calibre. Um homem com objectivos de bem servir os outros porque sabe que a amizade e gratidão são duas qualidades fundamentais na vida, quando a nossa consciência e o nosso modo de estar é a felicidade dos outros. Por isso, o Dr. Paulo Vistas é a continuidade porque não é, também, movido por ambições.

Não posso deixar de manifestar ao Dr. Isaltino Morais a minha amizade e gratidão, pelos mais de vinte e cinco anos que dedicou, com grande prejuízo da sua vida pessoal, ao Concelho de Oeiras.

Quanto ao Dr. Paulo Vistas, dir-lhe-ei que tem uma responsabilidade muito grande ao dar continuidade a um Presidente que foi um marco na história de Oeiras.

Em nome dos quarenta e dois por cento de Oeirenses que confiaram ao Dr. Isaltino este seu último mandato, obrigado, porque já demonstraram a vossa amizade e gratidão. Agora, de novo juntos, voltaremos a vencer em prol de Oeiras.



Um abraço amigo,

Luís Roldão

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

25 Novembro de 1975



Quem tem a minha idade, viveu, de modo particular, o 25 de Abril de 1974 e os anos subsequentes. Atravessámos o chamado período do PREC (Processo Revolucionário em Curso).
Foi um período em que se tentou implementar a “Reforma Agrária”, com o slogan de “A terra a quem a trabalha”. Este slogan serviu para confiscar aos legítimos proprietários, as propriedades, que o Partido Comunista achava por bem chamar a si.
Organizaram-se Cooperativas, de “trabalhadores”, em que os líderes eram funcionários ou homens de confiança do Partido. Ocuparam-se fábricas, colocando-as em auto-gestão, expropriando, deste modo, também, os seus legítimos proprietários. Muitas delas acabaram “nacionalizadas”.
Mas, se já existia controlo na agricultura e pecuária, bem como na indústria, faltava o sector financeiro. E em 11 de Março de 1975 nacionalizaram-se os Bancos e Companhias Seguradoras.
Fez, agora, anos que se deu o movimento do 25 de Novembro de 1975. Foi o culminar de um período de PREC. Em 1976, foram as primeiras eleições, já com a Constituição da República, aprovada. Constituição que logo no seu preâmbulo diz que Portugal ia a caminho do Socialismo.
Este processo de expropriações, sem indemnizações, só aproveitou, não ao Estado Socialista que se desenhava, mas, a um Estado Autocrático que durante mais de 30 anos, se serviu destas mesmas nacionalizações, para tapar buracos orçamentais, ano após ano.
Ainda faltam alguns anéis que este governo já se prometeu a vender.
Todos criticaram o falecido Vasco Gonçalves. Mas, este socialismo autocrático muito deve a este homem que lhes permitiu andar num regabofe, a vender património que depois, serviu para enriquecer alguns. Todos aqueles que eram figuras de proa dos partidos do poder…PSD/CDS e PS.
Claro que tudo isto, a coberto de uma sociedade liberal, de iniciativa privada. A mesma iniciativa privada, que em Portugal, unicamente, se preocupou, foi com as mais valias dos negócios especulativos que se conseguiram gerar.
Um dos últimos grandes negócios foi a EDP que encaixou, posteriormente, toda uma série de rapaziada como o Senhor Catroga, que possuem grandes responsabilidades da situação a que chegou o país.
E, agora, a coberto da crise, e em plena discussão do Orçamento de Estado, para 2013, atira-se, para a discussão pública, a “refundação”.
Eu não sei se o país precisa de ser refundado e penso, até, que será uma ofensa ao fundador, D. Afonso Henriques. Mas, talvez precise.
O certo é que com refundação, pretende-se ir a um lugar que por várias vezes foi abordado, mas com outra dialéctica, que é a privatização do ensino, na sua generalidade e a privatização da saúde. Este último é um negócio altamente apetecível.
Os grandes grupos privados portugueses e estrangeiros estão com reacções de “Pavlov”, à espera do tão almejado objectivo. Esta é mesmo, uma ambição deste governo e de todos os sequazes que à volta dele, proliferam.

Para completar, as reformas, dos portugueses, é outro grande negócio que se encontra na mira deste grupo de hienas. Não foi em vão que se tentou, transferir parte dos encargos das empresas, para o trabalhador. Qual competitividade, qual carapuça. O futuro é o prémio de seguro que cada português terá de pagar, às instituições que entrarão nesse mercado.
Como disse, Adam Smith, “A ambição universal dos homens é viver colhendo o que nunca plantaram.”
Esta é a realidade de um governo constituído por jovens, que hoje são homens e mulheres, que nunca tiveram responsabilidade de pôr a comida no prato, porque cresceram e vão vivendo na ambição, de viver à custa dos outros e com o que é dos outros.
Estamos a viver um período igual ao do PREC. Hoje, não são os Comunistas a ocuparem as terras e as casas, mas é um governo autocrático que as confisca, com a cobertura de uma crise que tudo justifica, como se justificou o roubo das propriedades em 25 de Abril de 1974.
A única coisa que ainda não se fez foi sequestrar os empregados do governo, os deputados, na Assembleia da República. Mas, desta vez, para lhes dar um pontapé no cú e mandá-los trabalhar, para contribuírem para a crise que criaram, ao aprovarem durante anos e anos, orçamentos de estado, deficitários, e ao aprovarem, agora, o orçamento que levará à cova, este país.
Quem diz que o que se passa é fruto da crise, eu direi que não é só o fruto da crise. Tem a ambição de uma ideologia política, sem princípios.  Onde tudo vale. Mesmo que seja arrastar os portugueses para a miséria e hipotecar o futuro deste país.