quinta-feira, 26 de abril de 2012

PORTUGAL APÓS 38 ANOS DE DEMOCRACIA


Vivemos tempos de alegria e esperança, em Portugal.
Estava triste e, não sabia porquê. Lembrei-me de ligar a televisão, para me alegrar um pouco com as notícias e eventos do que se passa no meu país…
Fartei-me de divertir. Primeiro foi com as comemorações do 25 de Abril. Não é que eles andam aborrecidos uns com os outros e vai daí, decidem que não devem estar presentes na Assembleia da República? Fizeram mal…porque, os ministros, na bancada do governo, pela primeira vez, estavam engalanados com cravos ao peito. Mas, que bonitos. Deve ter sido influência da Ministra da Agricultura, de certeza. Na esperança de uma nova taxa para quem produzir cravos. Eu gosto disto. Taxas é uma coisa muito bonita, para contornar uma deliberação da Assembleia da República, na criação de um novo imposto. A isto é que eu chamo poupança…não se perde tempo a deliberar na Assembleia da República e a oposição a chatear.
Quando perguntaram ao Pedro como é que este entendia estes desaguisados, não é que, ele, com a experiência que tem, como trabalhador e como Ministro, disse que já estava habituado a estas palhaçadas?
Tivemos mais uma conquista do 25 de Abril. Se aqueles gajos tivessem ido à Assembleia, já os gajos do governo não poderiam pôr o cravo na lapela. Eu já achava giro, aquela coisa de porem uma bandeirinha, de Portugal, na lapela do casaco. E muito bem! Não fossem confundidos com nenhum governante do Sri Lanka ou do Ruanda. Porque, o nosso primeiro-ministro é muito africano…já devem ter notado.
Os únicos portugueses que têm dinheiro para emigrar, vão desde os jovens, até, aos portugueses com cinquenta anos de idade. O que é muito bom sinal. Significa que Portugal está no bom caminho para perpetuar o desenvolvimento, que atingiu, nestes últimos 38 anos. Já os portugueses que estão um pouco mais aflitos de dinheiro emigram para Cabo Verde ou para Angola.
Outra notícia foi a de que a baixa de salários pode comprometer as reformas. Então, não é fantástico? Paga-se menos de salários e deixa-se de pagar reformas? O quê, o dinheiro das reformas é dos trabalhadores? Não é verdade. Quem trabalha tem que se compenetrar que tem de pagar para trabalhar. Já lá vai o tempo de se receber para trabalhar. Esses tempos, em que os fascistas e capitalistas roubavam o suor do povo, acabaram. Hoje, temos uma sociedade mais justa. Tão justa que o Relvas quer que os gestores das entidades empresariais municipais ou intermunicipais, ganhem tanto, como os Vereadores. Para trabalho igual, salário igual. Isto é o que chamo de equidade. Mas, isto não seria assim, se as empresas tivessem capital dos chineses…Estou danadinho para ver os chineses a investirem nas empresas municipais e intermunicipais…tínhamos o Catroga a ser convidado a sair da EDP para ganhar mais uns tostões, numa empresa municipal, qualquer. Aliás, o Catroga e o Mexia preferem ganhar menos do que ser Vereadores e terem de pagar multas ao Tribunal de Contas. Nessa não vão eles!
Outra notícia boa foi de que 30 por cento dos portugueses anda a fazer turismo de bandeja, nos cafés e restaurantes de França, da Alemanha, da Inglaterra e até do Brasil, onde, sempre, podem montar uma barraquinha, para vender caipirinhas. E ainda dizem que a vida está mal?
A última das notícias, não resisti… e ri, ri, até não poder mais. Vejam bem, que o Governo, num gesto de reconhecimento, pelos vinte e trinta anos de dedicação, à função pública, vai dar, a quem quiser, voluntariamente, rescindir o seu vínculo, a brutalidade de nove mil e setecentos euros. Mas, como é que este governo está tão mãos largas? Já estou a ver a maioria dos funcionários públicos a rescindir o contrato, e a investir o dinheiro, num qualquer “offshore”, nas ilhas Caimão e, a tirar um doutoramento, na Universidade de Sorbonne, em Paris.
Isto é que é a verdadeira social-democracia! Adoro, este governo… não há ministro nenhum, começando pelo primeiro-ministro, que não me faça rir.
Os psiquiatras vão ter dificuldades em ter clientes…Os portugueses, hoje, são muito mais felizes do que eram em 25 de Abril de 1974. Então, não é que os portugueses podem dizer tudo o que lhes apetece, porque já ninguém anda de lápis azul? São despedidos ou perseguidos!
Já ninguém é preso…nem vai para a frigideira. São despejados das suas casas e embora tenham frigideiras, não têm alimentos para lá cozinhar.
Depois de despejados, o governo, garante, às crianças, o pequeno- almoço, na escola…os livros é que têm de ser comprados, todos os anos.
É bom ser português! Quem quiser viver feliz, é trabalhar e viver em Portugal… não é no estrangeiro, como estão a fazer trinta por cento dos portugueses.


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