segunda-feira, 30 de maio de 2011

DEFENDER PORTUGAL





Portugal tem que se defender dos incompetentes que nos governaram nos últimos anos. Desde 1995 que temos vindo a aguentar esta incompetência, tendo sido, os últimos seis anos, de um culto narcisista, que roça o foro psiquiátrico.
Lendo as linhas programáticas do Partido Socialista, tenho o direito de perguntar o que andaram a fazer, nestes últimos seis anos?
Diz o programa, nas questões de justiça e competitividade que “finalmente, o PS continuará a apostar nos meios de resolução alternativa de litígios.”

Dá vontade de rir…até dá, a sensação que vão privatizar a justiça. Com serviços de mediação familiar, laboral e penal, e do alargamento faseado da rede dos julgados de paz.
Só como exemplo, da situação caótica em que estamos, temos o Tribunal de Comércio de Lisboa, que abarca as comarcas de Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira, onde uma providência cautelar pode chegar a levar dois anos, para a primeira decisão do Juiz.
Como é que é possível uma situação desta natureza? Qual é a economia que funciona deste modo? É com a resolução alternativa de litígios? Qual é a empresa que vem investir para um país, em que existe um Tribunal de Comércio, para uma região que representa perto de 50% da economia nacional? Nem na Indonésia…
Mas, se formos ver a competência territorial do Tribunal de Família e Menores de Cascais, também, ficamos espantados. Pois, abrange Cascais e Oeiras. Cascais com cerca de 200 mil habitantes e Oeiras com cerca de 170 mil habitantes. Claro, que um divórcio, mesmo com a nova modalidade do “Simplex”, leva um ano…sim um ano, a ser encerrado o processo. Porque se for uma regulação de poder paternal, talvez uns dois anos, sendo, este, um processo urgente. Dá vontade de rir que é para não chorar.

Com situações desta natureza, continua-se com a mesma ladainha do programa de 2009? Depois de verificar a insistência destas soluções, só me resta acreditar que estes incompetentes, liderados pelo quase engenheiro Sócrates se vão embora. Mas, a política está como o futebol…mesmo que o clube não vença campeonato nenhum, continuamos a insistir em pertencer ao mesmo clube. Masoquismo!

“De flavis vetula in canos vulpecula pilos mutat, illius at mores vertere nemo videt”. [Grynaeus 389] A raposa velha muda os pêlos de amarelos para brancos, mas ninguém a vê mudar de costumes.

sábado, 28 de maio de 2011

O MITO DO ZÉ E DO PS






Há que acabar com os mitos. Só se ouve dizer mal da política dos socialistas, nestes últimos anos e do carácter do Zé.
Desde 2004, que o Zé fez com que a economia portuguesa crescesse e se criassem mais de 150.000 novos empregos. É verdade… em 2004, existiam cerca de 461 mil inscritos nos Centros de Emprego. Em 2010 só existiam 555 mil inscritos. E agora? Já se fala em cerca de 700 mil…? Portanto, foi sempre a crescer. Penso que isto deve ser um dos orgulhos do Zé e dos socialistas. E tanto quanto sei, a crise internacional já estava aí, em 2004 e veio a crescer, a crescer. Portanto, o mérito não é só do Zé e das suas políticas. É da conjuntura internacional.
Em 2004, a dívida directa do Estado, “per capita”, era de 8.640,2 euros. Por causa da crise internacional, a mesma foi crescendo, passando em 2005, para 9.645,8 euros, em 2006, para 10.256,4 euros, sendo, já, em 2009, de 12.485,1 euros. Agora percebo, em face deste crescimento económico, a razão dos resultados das eleições de 2009… o “povo”, reconhecido, voltou a colocar, o Zé, no poder. Merecia…foi um, evidente, esforço, feito pelo mesmo, na captação externa de dinheiros para manter o nosso estilo de vida. Obrigado, Zé pelo teu excelente trabalho. Se não tivesse sido assim, os portugueses tinham deixado de ir aos centros comerciais, ao Domingo, com a família, almoçar ao McDonald, transportando os meninos em plenas correrias e berreiros.

O Zé, sempre preocupado, com o “povo”, fez sempre uma política fiscal, de modo a beneficiar os contribuintes. Em 2004, a receita, em impostos directos e indirectos, “per capita”, era de 6.733,1 euros. O Estado foi emagrecendo a sua estrutura e o resultado foi de se chegar a 2010, com uma receita “per capita” de 11.546 euros. Isto não teria sido possível sem o Zé e o partido socialista. Uma vez mais, os dados económicos demonstram, claramente, que esta malta da oposição passa o tempo a levantar calúnias. Acabe-se com o mito do Zé!
Conduzindo sempre o país para um sucesso estrondoso, a dívida directa do estado, em percentagem do PIB, também, graças ao esforço das políticas do Zé, foi crescendo, passando de 61% em 2004, para um número, que nos pode orgulhar a todos nós, de 88% em 2010.

A preocupação do Zé, com o Estado Social, fez com que, de 2004 a 2009, o número de camas nos estabelecimentos de saúde, por 100 mil habitantes, fosse sendo cada vez menos.
SNS: camas nos estabelecimentos de saúde por 100 mil habitantes
2004 - 223,8
2005 - 225,7
2006 - 221,3
2007 - 220,1
2008 - 203,3
2009 - 201,7

Tudo, graças às parcerias público -privadas que permitiram a construção de novos hospitais. E como vai ser preciso pagá-los, nos próximos 25 anos, o Zé, sempre esperto, reduziu o número de camas, que é para a malta não ficar acomodado e ir trabalhar. É assim mesmo!
Mas, pelas múltiplas exigências, da (s) “sociedade (s)”, o Zé, não se ficou por aí, e toca de nos aproximar, cada vez mais, uns dos outros, realizando novas obras, que a todos nós nos orgulha e que vai permitir, acabar com as novas tecnologias de informação, incluindo as redes sociais, pois será cada vez mais fácil, irmos a casa uns dos outros, com as novas auto-estradas, das quais deixo alguns exemplos… Algarve Litoral, Litoral Oeste, Baixo Alentejo, Alto Alentejo, AE Transmontana, Douro Interior, Pinhal Interior, etc.
Não se preocupem que alguém há-de pagar…



Neste pequeno “post”, creio que deixei uma mensagem clara. Acabem com o mito do Zé e dos socialistas. Eles contribuíram, de modo humilde, para o sucesso em que se encontra Portugal. Se não fosse a crise internacional, nós não precisávamos de ir pedir, uma vez mais, dinheiro emprestado.




“Fabulam surdo narras.” [Pereira 107] Contas uma história a um surdo.

sábado, 21 de maio de 2011

OS PAQUISTANESES EM ÉVORA

Os Paquistaneses ficaram muito contentes com a notícia, de que tinha sido o Sócrates a construir a barragem do Alqueva. Ainda eles viviam no Paquistão e já sabiam que o Sócrates ia construir a barragem do Alqueva. Foi por causa disso que eles vieram para Portugal. Quando o Sócrates os convidou a fazer uma viagem, até Évora, com direito a um farnel, eles não hesitaram e foram até à Praça do Geraldo. E contentes que eles estavam. Só que não os deixaram estar todos na mesma bancada, porque dava muito nas vistas. E lá se encontravam, sentados, juntos com outros convidados entre emigrantes de Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné. Só não vi, convidados de Macau, nem da China de Mao Tsé-Tung.
Os de Macau, penso que se estão borrifando para esta porcaria, pois têm um nível de vida que não necessitam de emigrar. Mas, onde é que estavam os Chineses de Mao Tsé-Tung? Não foram ao comício do Zé, por várias razões…uma delas é que o farnel oferecido pelo partido Socialista, não tinha “porco doce”, nem “arroz Chau-Chau”. Por outro lado, todos eles tinham de trabalhar, nos “Hipers Chinas”, para importar as bandeiras, as t-shirts e os bonés do Partido Socialista.
Esta situação retrata bem o desespero que o Sócrates e os seus camaradas estão a passar.
E o Zé explicou as vantagens do Alqueva. “Agora, já podem ter couve repolho, couve-galega, pois, já podem regar as couvinhas. Têm é que ir buscar a água, à barragem, em baldes de plástico, comprados nas lojas dos chineses, pois a barragem só serve para ir fazer piqueniques e fazer viagens de barquinho. Para os paquistaneses mais abastados, podem tirar umas férias, e dar uns passeios de barco na barragem.”
Eu prometo e está no nosso programa de governo que haverá “baldes de plástico” para todos.
Quanto a ter levado o país, quase à bancarrota, nada disse. O argumento do Estado Social já não pega. Quem é que desconhece quem foi o grande destruidor do Estado Social em Portugal, depois do 25 de Abril? A resposta é José Sócrates…é só esperar a declaração de IRS de 2011, para se fazer as contas.
José Sócrates tanto insistiu que é hoje, um primeiro-ministro moribundo e deixa um país moribundo, que nem daqui a trinta anos vai conseguir levantar a cabeça.

“Mole sua ruit.” [Horácio, Carmina 3.4.65] Desmorona pelo seu próprio peso.

domingo, 15 de maio de 2011

Mãezinha, que saudades!

Como sabes, ando em campanha eleitoral. Meterem-se com o PS, agora, “levam”. Tal e qual. Eu bem os fui avisando, aliás, já o Jorge tinha dito…”quem se meter com o PS apanha”. E estão a apanhar com os autocarros fretados para as “grandes” manifestações, como foi esta de Vizela. Até o Chiquinho me enviou uma mensagem, pelo Correio da Manhã. E que giro que estava. Há uma coisa que o Chiquinho tem razão…”MAIS TRAVALHO FAS FALTA EM PORTUGAL". Coitado do Chiquinho…ainda não teve oportunidade de estar nas “grandes oportunidades”. Mas, do modo como se exprime, se ele tentar, ainda pode tirar um curso numa Universidade… daquelas, privadas, que dantes, formavam secretárias e dactilógrafas. Segundo me disseram, eles lá, fabricam professores, educadores e até ensinam a malta mais desequilibrada, com aqueles cursos de psicologia e depois, são psicólogos.
O quê, mãezinha? Sai de casa e não levei farnel? É pá, acabei por ir, com seis apoiantes, a um restaurante modesto. Mas comemos bem…foram cem euros por cabeça!
Eles pensavam que atacavam o Estado Social? Enganam-se! Eu vou defender essa coisa, até às últimas consequências. O quê, eu tenho os filhos numa escola privada? Mas, ó mãezinha… eu não sou contra a iniciativa privada. Eu fiz um curso com quatro cadeiras numa Universidade privada? É o que eu te digo, mãezinha. O privado deve servir para colmatar as deficiências que se encontram no público.
Se o FMI colocou problemas nas pensões dos reformados e até quer tirar o subsídio de férias aos mesmos? Eu sei mãezinha, que existem essas dificuldades todas do FMI. Mas nós, temos que continuar a dizer que somos os “paladinos” do Estado Social. E isso é fácil e depois, com gajos como o Chiquinho, ganhar as eleições é “canja”.
Daqui a três anos, e depois de pagarmos 30 mil milhões de juros e uma parte da divida…sim, mãezinha, porque não vamos conseguir pagar a divida toda, mandamos o FMI embora e eu faço mais uns PECS. O que é preciso é dizer ao povo que vamos manter o “Estado Social” e que nós socialistas é que somos o “Sancho Pança”, cá do sitio. Sim, porque o D. Quixote, sou eu!
Agora, o TGV Lisboa/Madrid é que ninguém me tira. Olha, se vires o Chiquinho, diz-lhe que esta do TGV vai ser mais uma oportunidade. Ele que se inscreva!

“Labor imperantis militum securitas.” [Publílio Siro] A dedicação do comandante é a segurança dos soldados.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Sócrates: "Ganhei este debate e vou ganhar as eleições"

O secretário-geral do PS, José Sócrates, considerou ter ganho o debate televisivo com o líder do CDS, enquanto Portas voltou a acusar o primeiro-ministro."Ganhei este debate e vou ganhar as eleições", disse José Sócrates, em declarações aos jornalistas no final do debate transmitido pela TVI.
Isto parece uma corrida de automóveis ou um jogo de futebol. Mas, estamos a falar de um país, de um povo, que continua em apostar, num Zé, que leva isto, como se fosse um jogo de futebol. Em qualquer empresa, este Zé já estava despedido, com justa causa. Claro, que depois, o Zé interpunha uma acção no Tribunal de Trabalho e era reintegrado na empresa. E se calhar é o que pode acontecer. Mais de 30% do eleitorado, comporta-se como se fosse um magistrado, de um Tribunal de Trabalho, que depois de o funcionário levar a empresa à falência, ainda o quer readmitir. Ou então, na realidade é aquilo que diz o Zé…” Ganhei este debate e vou ganhar as eleições”, como se isto fosse um “dérbi”, de futebol, entre mouros e morcões.
O líder do CDS, Paulo Portas, recusou implicitamente integrar um Governo de coligação com o PS ao afirmar que "é coerente" e que não deve entregar-se a gestão do empréstimo financeiro a José Sócrates. Esta postura é interessante, antes das eleições, para pressionar o eleitorado a votar no CDS. Muito bem. Mas a imagem que passa, também não é positiva quando o país está “à rasca”, porque o Zé se fartou de gastar a fartazana. Foram quase sete anos de regabofe.
Evidente, que se estivéssemos a falar de dois gajos, da “sociedade civil”, eu concordaria com o Paulo Portas. O gajo, se ganhar que desgoverne o resto desta merda, gerindo mais um empréstimo. Tal como já disse, daqui a três anos, o Zé acaba com o FMI e vai fazer mais um PEC. Ai vai, vai. Portanto, desenrasquem-se.
Ainda gostava de saber, se um empresário que leva uma empresa à falência e que, depois de andar a gastar o dinheiro, que o Banco lhe tinha emprestado, se o mesmo voltaria a emprestar dinheiro, outra vez?

"Sou coerente quando disse uma palavra [a José Sócrates, no Parlamento], saia. Eu não entendo que se devam colocar 78 mil milhões que são a última oportunidade que nós temos para pôr o Estado e as contas em dia e para permitir o crescimento económico (...) que se deva colocar a gerir esse dinheiro quem apenas soube gastar mais, desperdiçar mais, endividar mais, ou seja, José Sócrates", afirmou Paulo Portas, após questionado se fará Governo com o PS caso PSD e CDS não reúnam maioria nas eleições de 5 de Junho.
Questionado sobre que entendimento admite, no debate na TVI, o secretário-geral socialista, José Sócrates respondeu que a atitude do PS "é de abertura e diálogo". Isto no mínimo é surrealista. Então, um gajo depois de dizer que… já ganhei o debate, diz: “atitude do PS é de abertura e diálogo"? Com um gajo destes?
E assim vai o país!

Para que não existam dúvidas, os próximos anos vão obrigar as famílias a refinar a sua ginástica acrobática orçamental.

As medidas acordadas com a ‘troika' para que Portugal obtenha os 78 mil milhões de euros, de que precisa para sair do actual estrangulamento financeiro, arriscam-se a deixar muitos contribuintes com falta de ar. Os gastos com a habitação vão subir, o acesso à saúde ficará mais caro, os desempregados terão um apoio mais reduzido. Estas são apenas algumas das medidas mais duras. Conheça o resto.

1. As deduções totais que as famílias podem fazer no IRS vão ser limitadas consoante o seu escalão de rendimentos. As deduções dos gastos com a saúde vão ter um limite específico;
2. A habitação vai ficar mais cara: as deduções de amortizações de empréstimos à habitação vão terminar e as de juros vão ser progressivamente cortadas. O IMI vai ficar mais caro, tanto pelo aumento do seu valor, como pela perda de isenção para muitos proprietários. Quem arrenda, também verá as deduções destes gastos progressivamente cortadas;
3. A electricidade e o gás vão ficar mais caros: vão deixar de ter direito à taxa reduzida de 6%, passando ou para a de 13%, ou para a máxima de 23%;
4. O valor do subsídio de desemprego vai ficar mais baixo (não vai superar os 1.048 euros) e as indemnizações por despedimento também vai encolher;
5. Quem recebe apoios sociais - como por exemplo subsídio de desemprego, abono de família ou subsídio de parentalidade - vai ter de declará-los no IRS, para englobamento. Em alguns casos, a taxa de IRS da família pode subir, agravando o imposto a pagar;
6. Todas as pensões acima de 1.500 euros mensais serão cortadas, tanto para os reformados do sector público, como do privado. A redução será em linha com o corte já efectuado nos salários dos funcionários públicos (entre 3,5% e 10%);
7. As taxas moderadoras para aceder ao Serviço Nacional de Saúde vão ficar mais caras e abranger mais utentes, uma vez que os critérios para isenção serão revistos. Urgências e consultas externas serão mais penalizadas; (ESTADO SOCIAL)
8. O valor pago pelas horas extraordinárias vai ser mais baixo: não pode superar 50% do valor da hora de trabalho regular. Até agora, esta era a remuneração mínima paga pelas horas extra. Os bancos de horas também serão negociados ao nível empresarial, substituindo o pagamento do trabalho extra por descanso;
9. Os preços dos transportes públicos vão subir em breve. As empresas terão de apresentar uma proposta para a revisão das tarifas até ao final deste mês;
10. Os benefícios dos subsistemas de saúde públicos (da ADSE, dos militares e dos polícias) vão ser cortados, obrigando a que os seus utentes paguem mais pelos mesmos serviços médicos
Ora, aqui estão dez razões para votarem José Sócrates e no Partido Socialista.

"Mulge praesentem." [Schottus, Adagia 601] Ordenha o presente. ■Aproveita enquanto é tempo.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Paulinho comprou, Zezinho pagou…




Hoje tivemos mais um debate entre o Zé e o Paulinho. Só que o Paulinho, em vez de uma entrevistadora/moderadora, teve dois entrevistadores/moderadores, pois, o Zezinho, além de responder à entrevistadora, fazia as perguntas ao Paulinho.
E depois, o Zé põe aquele arzinho de menina virgem violada e, ainda por cima, em frente do Paulinho. Conclusão… o Paulinho viu-se aflito, para se defender das agressões verbais da virgem violada. Até lhe disse…”pois, o Senhor Deputado comprou os submarinos, mas quem os pagou fui eu”. Estou a começar a ficar fulo com isto! Então, vêm agora mais uma série de medidas que me vão tramar os meus rendimentos do trabalho, porque não há dinheiro e o Zé veio dizer que ele é que pagou os submarinos? Mau, mau…que eu saiba os submarinos não estão pagos, tal como não estão pagos o Hospital de Cascais, o Hospital de Loures, nem tão pouco as Scuts.
Já não bastava ter ficado de dar duzentos aéreos aos bebes, para eles levantarem daqui a dezoito anos e iniciarem o seu próprio negócio, ainda foi pagar os submarinos comprados pelo Paulinho? Quanto aos cheques bebes, tenho falado com uma série de putos que estão tramados com o Zé. Dizem que afinal não há cheques nenhuns e que quando tiverem idade para votar, não votam no Zé, embora saibam que ele daqui a dezoito anos ainda é Secretário-geral do Partido.
Os putos mais velhos, esses, andaram a receber computadores Magalhães, comprados sem concurso público e que andaram a ser distribuídos, “à la garder”, por tudo o que era sitio. A grande propaganda foi que aquilo era resistente às cambalhotas e às quedas, mas, a realidade, é que os putos já deram cabo dos computadores e agora, dizem, que ou o Zé dá outro computador, ou daqui a dez anos, não votam nele. E que ainda por cima, tiveram que obrigar os pais a comprar outro software, porque aquele, que vinha com o computador, estava cheio de erros e que nem o dicionário do Word, conseguia corrigir. Claro que os pais ficaram chateados com isto…mas disseram…mal o menos…antes, gastar dinheiro no software, do que comprar ténis novos e equipamento para os putos andarem no ginásio. Depois, ainda pediam para ir ao “Spa”, e não há dinheiro que aguente…Chiça…prestação do carro, prestação da casa, prestação do cartão de crédito, prestação da mobília, da última viagem a Cuba, e ainda, o ginásio e o Spa, do puto?
E isto tudo, por causa dos submarinos que o Paulinho comprou e o Zé pagou. Agora, já sei porque estamos “à rasca”, e porque é que não havia dinheiro, para dentro de um mês, pagar os salários na função pública e forças militares e militarizadas. Tudo por causa dos submarinos. Finalmente, a verdade veio à tona de água.

sábado, 7 de maio de 2011

COMUNICAÇÃO DO ZÉ AO PAÍS





O Zé fez uma comunicação ao país, depois da “troika”, nos ter dado a “perestroika” e a “glasnost”, sobre a economia nacional, isto é, que estávamos tesos que nem um carapau e que já não havia dinheiro para nada, dentro de um mês…
E disse:
1.º Os ordenados vão continuar a beneficiar dos 2,9% de aumento que dei em 2009.
2.º Os ordenados não baixam. Só baixarão se comprarem coisas novas, por causa da inflação.
3.º Vamos dinamizar o mercado de arrendamento; com o aumento do IMI e do número de gajos caloteiros que não vão poder pagar as prestações ao banco;
4.º Os tribunais vão acelerar os processos pendentes; vamos reduzir o tempo para que possam prescrever;
5.º A Coca-Cola e a Pepsi não sofrem aumentos. Já quanto ao tabaco e às bejecas, tivessem feito como eu…deixassem de fumar e de beber um copo. Só fumo e bebo quando estou em serviço.
6.º Há uma série de produtos que vão deixar de pagar 13% de IVA. Vamos facilitar o trabalho às empresas e às finanças. Harmonizamos o IVA em 23%. É mais fácil.
7.º Outra boa notícia é que o Golfe mantém o IVA de 6%;
8.º Os bilhetes dos transportes públicos não vão ser aumentados. Só os passes sociais.
9.º Aqueles que pensavam que já não havia TGV, enganaram-se…os rapazes da Troika nada disseram sobre o TGV Lisboa/Madrid;
10.º Não haverá despedimentos. Só haverá, dispensados. Quem quiser emigrar, nós garantimos, desde já, um subsídio para o bilhete de avião e para a renda do primeiro mês, no país estrangeiro à vossa escolha.
11.º No caso de serem dispensados, garantimos até 18 meses de subsídio.
12.º Por último, a melhor notícia de todas…Comigo como primeiro-ministro, garanto que as coisas só irão melhorar. Dentro de três anos de governo, já vamos poder negociar outro PEC e acabar com o FMI.

O DINHEIRO INTANGIVEL

Ao longo destes últimos anos, milhares e milhares de pessoas, consumiram dinheiro electrónico, que tem a vantagem de não destruir árvores, e por outro lado não sujar as mãos, e correu tudo bem.
Estamos a falar de dinheiro que ao ser intangível, era também sustentável. A única coisa que não se conseguiu manter foi a sua credibilidade, e não a sua capacidade de reprodução.
O neo-liberalismo tentou convencer-nos da nossa individualidade e capacidade de decisão, acreditando-se que o desejo ilimitado teria a capacidade de sustentar o consumo. Mas, a partir de agora, a obrigatoriedade do consumo vê-se confrontado com o imaginário da sustentabilidade. Consumir tem vindo a ser o acto de consumo e não, o de efectivamente, o de utilizar recursos e produtos físicos. Estamos metidos num paradoxo, em que temos de consumir para os que trabalham, para ajudar cada um de nós a manter-se no trabalho e eventualmente, ajudar o vizinho a trabalhar. Os que não trabalham continuam a permitir o desenvolvimento do papel de sempre…permitir que os salários permaneçam baixos. Deste modo, para manter esta situação, haverá que continuar a consumir, pois a ideia de poupança é contrária, aos interesses gerais e particulares, de quem não produzindo nada, vai consumindo os juros, de quem vai pedindo dinheiro, para manter o consumo que lhe dizem necessário. Não foi em vão que as poupanças durante estes últimos anos foram penalizadas, inclusive os famosos PPRS, mas por outro lado, fomos assistindo aos crescentes malabarismos, para que o crédito fosse mais fácil, como vimos. E entre estes dois grupos, dos que trabalham e dos que vão sustentando os que não trabalham, para permitir manter a mão-de-obra barata, temos o grupo de ideólogos, banqueiros e traficantes. E este grupo tem a árdua tarefa de tentar manter, esse seu conjunto de actividades, numa óptica global, de modo que possam devolver à economia, a ideia de continuarem a consumir e de acreditarem que todos esses milhões e milhões de dinheiro intangível continua a ter credibilidade. Nessa altura, por mais uns tempos, tudo voltará ao normal, até que se venham a desenvolver outros problemas que não tardam por ai.

"Moderata laudamus, excessus vituperamus." [Grynaeus 513] Louvamos o que é moderado; o excesso, criticamos.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O MANUAL DE CIÊNCIA POLÍTICA

O actual governo tem seguido à risca o manual de instruções que vem circulando, nos meios políticos.
Em primeiro lugar, há que fazer amigos nas grandes empresas, dos vários sectores -chave. Trazê-las para o núcleo da governação. A política deve estar virada para os grandes negócios e para a alta finança. Creio que temos vários exemplos, muito recentes, em Portugal. Desde a CGD a emprestar dinheiro para se comprarem acções de outros bancos, como foi o caso do BCP, ou a transferência da administração da mesma, para o BCP.
Deve-se defender que a política e os negócios são inseparáveis. A política deve estar perto dos negócios, tal como estes, perto da política. Deste modo, deve-se ir falando da necessidade da iniciativa privada, da redução de impostos para as empresas e a desregulação dos sectores. Os cidadãos devem ter o direito de serem eles mesmo, para que possam enriquecer e consumir sem restrições. Na desregulação, se o leque legislativo estiver muito apertado, por imposições de organismos internacionais, sempre há a possibilidade de colocar, nas instituições reguladoras, na sua gestão, amigos que possam ser passivos e por vezes até fazer alguns jeitos. Se eles se portarem bem, e depois de se tornarem inconvenientes, promovem-se, e colocam-se, os mesmos, nessas mesmas organizações internacionais, em lugares de topo.
Para que o círculo se vá fechando, deve-se procurar a maneira de infiltrar nos sindicatos e associações profissionais, que tentem pensar pela sua própria cabeça, alguns correligionários.
Já quanto aos tribunais e à polícia de investigação, se os mesmos começarem a investigar situações que possam ameaçar o governo, devidamente eleito, há que começar a acusar juízes, magistrados, de conduta desonrosa e de ingerência na actividade de um governo, legitimamente eleito. Era o que faltava. Então, sirvam-se de todos os meios, ao alcance, para pôr em conflito, se possível, as diversas hierarquias de tribunais.
E a luta deixa de estar do lado do governo e passa para a magistratura que vai ficando cada vez mais refém dos políticos. Isso é bom, para dar estabilidade governativa. Haverá que não esquecer da necessidade de se exercerem pressões sobre todos os focos extraparlamentares de oposição. OS críticos do governo devem ser postos de joelhos, de preferência em silêncio. Especial atenção às instituições que monitorizem o poder. Se existirem O.N.G.S. que estejam a causar embaraços, haverá que realizar interrogatórios ameaçadores e questionar, de preferência, as suas fontes de financiamento e mesmo a constituição das suas administrações. Desde logo, insinuam-se dúvidas sobre o seu estatuto e o carácter desinteressado. O mais importante é desenvolver uma cultura permanente de suspeita sobre estas. Não se deixa sem punição as diferenças de opinião.
Se existirem elementos intelectuais que vão desacreditando os factos de governação, procura-se ter peritos alternativos, que venham contrariar e que tentem provar o contrário, principalmente, nos programas das mesas redondas, nas televisões.
Não se pode ficar quieto. Dê-se início a processos criminais, contra quem anda a fazer denuncias e alertas, ou então, há que empata-los, o mais que se puder, em batalhas de tribunal, prolongadas e de preferência, que os levem à ruína.
É fundamental manter um controlo executivo sobre o que seja comunicação de tipo político. Chegando-se ao governo, há que reunir, logo, uma equipa de especialistas em relações públicas que sejam obstinados e mestres na arte do dar a volta às coisas. Mas, a todas as coisas que se possam virar contra os políticos. Desde uma universidade inconveniente até ao cigarrito que se fuma dentro de um avião.
A imagem que se tem de ser construída por esses mestres é a de um primeiro-ministro trabalhador, um homem dedicado, um homem que se fez a si mesmo, um líder no qual as pessoas consigam encontrar, sempre, alguma coisa com que se possam identificar e mais, alguma coisa que gostassem de ser.
Já no que diz respeito, à comunicação social, esta deve ser conhecedora dos planos do governo, em troca de uma cobertura privilegiada, mas favorável.
Os “boys” de alta confiança devem ser esclarecidos, que devem informar o governo, em particular, o gabinete do primeiro-ministro, do contacto com qualquer jornalista. Deve-se pôr travões à fuga de informação. Cuidado com os “boys” já reformados…são mais atreitos a libertar a língua. Se existirem jornalistas inconvenientes, daqueles que se recusam a dilatar as suas fontes, há que colocar processos crimes contra os mesmos, e se tal não chegar, pode-se, sempre, tentar a compra, por outros grupos de interesses, desses meios de comunicação social.
Mesmo que seja em tempos de crise, há que fazer orelhas moucas a todo o pedido de informação, que seja dirigido ao governo. Cuidado com o que se diz. E há sempre como alternativa, por exemplo, se um valor de défice estiver diferente, dizer-se que mudaram as regras contabilísticas e mais isto e mais aquilo, e portanto, é uma mera questão técnica.
Ao fim e ao cabo, há que dizer aos eleitores que se no final do mandato, o governo não tiver cumprido as suas promessas, como é devido, então não merece ser reeleito. Mas há que fazer planos, sempre, para vitórias consecutivas, mudando a noção de que a governação é algo de curto prazo. Há que transmitir a ideia de que há várias eleições a serem ganhas, para que se mudem as regras de jogo e para que a atmosfera de vida pública se vá alterando. Há que tirar da manga, todas as cartas e truques políticos que se podem conhecer, para fazer o que ninguém conseguiu fazer: vencer três mandatos, quatro mandatos e por aí fora.
Assim, se consegue governar…o país? A democracia? Essa caminha, a passos largos, para o abismo. Até lá…vão estando atentos, ao manual de instruções.

“Lacrimis ianua surda tuis”. [Marcial, Epigrammata 10.14.8] A porta está surda às tuas lágrimas.

domingo, 1 de maio de 2011

Até sempre, Mãe!

Todos nós temos ou tivemos Mãe. A maioria de nós sabe ou soube o que era ter Mãe. Sim, porque para alguns, e infelizmente não são tão poucos como isso, nunca beneficiaram, do facto, de ter uma Mãe, mesmo quando elas existem, fisicamente.
Mas, mesmo para aqueles que já não têm Mãe, sentem-na dentro de si. Nas saudades que deixaram, nas suas recordações, mas mais do que isso, no muito que somos hoje. Mulheres e homens do presente.
Eu recordo a minha, com saudade. Os afectos, os castigos, mas mais do que tudo, a preocupação, permanente, que ela tinha em que eu estivesse bem. Abdicou, privou-se de muito, para me proporcionar, o que no entendimento dela, seria o melhor para mim. Naquelas alturas, nem tudo é entendido por nós. Só mais tarde, como em tudo na vida, começamos a ter a percepção da realidade da vida. Por isso, tal como há alguns anos atrás, hoje de modo diferente, quando nos fazem mal, dizemos…” vou dizer à minha Mãe”. Mas quando sabemos que estamos a fazer traquinices, também dizemos…”não digas nada à minha Mãe”. Por um lado temos a noção de que temos sempre alguém para nos proteger, por outro lado, também, sabemos que temos sempre alguém, para nos repreender, quando somos traquinas.
Ainda hoje, sinto que estou a ser vigiado nas minhas traquinices. Mas, quando, eventualmente, não me porto bem, sofro directamente as consequências. E nesse aspecto, a minha Mãe, educou-me a ter o sentido de responsabilidade, dos meus actos, desde pequenino. Talvez, hoje, seja um pouco diferente…porque, alguns de nós, não entendemos, o que de salutar tinha este modo, de “protecção”. É que aprendemos, mais cedo a ser mulheres e homens responsáveis. A defendermo-nos das adversidades da vida. E isso é bom para a nossa vida. Acaba por dar-nos auto-defesas, fundamentais.
Portanto, muito cedo, aprendi que não me poderia abrigar nas costas da minha Mãe, e que tinha de enfrentar, por mim, as adversidades da vida. Quando algo de mau me acontece, mesmo que ela fisicamente estivesse aqui, eu não” iria dizer à minha Mãe”. Aquilo que eu não disse, à minha Mãe, as vezes que deveria ter dito, é que…” amo-te, Mãe” e não me esqueço, nunca, de ti. Porque me ensinaste e procuras-te, toda a vida, que eu fosse um homem bom.
E pela tua combatividade e amor, vou continuar, também, a procurar ser, não um homem bom, mas um homem melhor.
Até sempre, Mãe!