domingo, 15 de dezembro de 2013

PORTUGAL PASSOU DE UMA DEMOCRACIA A UMA GENOCRACIA


Os que nasceram antes de 1974, encheram as ruas de manifestações, ao lado do MFA. Tinha sido o movimento das forças armadas que tinha realizado um golpe de Estado que iria permitir implementar a democracia em Portugal.
Chamaram-lhe a  revolução dos cravos. Porque, sem tiros se tinha chegado a uma vitória...a da democracia.
Passados estes anos de desgoverno, vamos cada vez mais assistindo ao empobrecimento do país. Quando se fala de empobrecimento do país, do aumento da divida soberana, de recessão, estamos a falar de pessoas.
De famílias sem trabalho, de velhos e crianças sem protecção. De famílias a passar fome. E só se passa fome, quando as pessoas se dirigem aos centros de apoio a solicitar uma sopa quente? Mentira!
Quando em 25 de Abril, um conjunto de militares pró-sindicalizados, saíram dos quartéis para dar ao povo, a democracia, nunca pensaram que dariam de bandeja, um país, a uma cáfila de ladrões, de irresponsáveis e de incompetentes que colocariam portugueses, aos milhares, a passar fome.
E esta realidade é em todo o país, sem excepção.
Só que hoje, não existem militares, pró -sindicalizados, com tomates, para devolver o pão aos portugueses.
Porque o povo por si só é demasiado covarde para mostrar a sua indignação e fazer uma revolução, onde, desta vez, seja para devolver o pão que não se come. Para devolver a dignidade de ser alguém, trabalhar e contribuir para o seu país.
Quando se vai apregoando palavras ocas de solidariedade, de fraternidade, e de partilha com os outros, pensamos, talvez, na solidariedade para connosco, de fraternidade dos outros para nós mesmos. Porque partilha? São muito poucos os que, verdadeiramente, partilham.
Na esperança que possam existir, ainda militares ou forças militarizadas que não se acomodem, resguardados nas suas garantias, que este governo lhes vai dando, e possam na realidade honrar a bandeira deste país e as fardas que envergam.
Para que todos os portugueses retomem a sua dignidade.
Os portugueses que perderam, já, a sua dignidade estão cansados deste regime político de “genocracia”, onde meia dúzia fornicam os outros dez milhões.
Senhores militares e forças militarizadas, tenham vergonham da vossa passividade. Dizia-me o meu pai quando perguntei o que era uma ditadura: “Come e cala-te”. Hoje, se tivesse filhos pequenos que me perguntassem o que é uma democracia, diria:  “ se falas não comes”.