Este blogue pretende transmitir as opiniões do autor sobre diversos temas, em particular,Direito e Política.Por outro lado é um convite à troca de ideias. "Utinam tam facile vera invenire possem, quam falsa convincere. [Cícero, De Natura Deorum 1.21] Quem dera que eu pudesse achar o verdadeiro com a mesma facilidade com que refuto o falso."
sábado, 21 de dezembro de 2013
domingo, 15 de dezembro de 2013
PORTUGAL PASSOU DE UMA DEMOCRACIA A UMA GENOCRACIA
Os que nasceram antes de 1974, encheram as ruas de
manifestações, ao lado do MFA. Tinha sido o movimento das forças armadas que
tinha realizado um golpe de Estado que iria permitir implementar a democracia
em Portugal.
Chamaram-lhe a
revolução dos cravos. Porque, sem tiros se tinha chegado a uma
vitória...a da democracia.
Passados estes anos de desgoverno, vamos cada vez
mais assistindo ao empobrecimento do país. Quando se fala de empobrecimento do
país, do aumento da divida soberana, de recessão, estamos a falar de pessoas.
De famílias sem trabalho, de velhos e crianças sem
protecção. De famílias a passar fome. E só se passa fome, quando as pessoas se
dirigem aos centros de apoio a solicitar uma sopa quente? Mentira!
Quando em 25 de Abril, um conjunto de militares
pró-sindicalizados, saíram dos quartéis para dar ao povo, a democracia, nunca
pensaram que dariam de bandeja, um país, a uma cáfila de ladrões, de
irresponsáveis e de incompetentes que colocariam portugueses, aos milhares, a
passar fome.
E esta realidade é em todo o país, sem excepção.
Só que hoje, não existem militares, pró -sindicalizados,
com tomates, para devolver o pão aos portugueses.
Porque o povo por si só é demasiado covarde para
mostrar a sua indignação e fazer uma revolução, onde, desta vez, seja para
devolver o pão que não se come. Para devolver a dignidade de ser alguém,
trabalhar e contribuir para o seu país.
Quando se vai apregoando palavras ocas de
solidariedade, de fraternidade, e de partilha com os outros, pensamos, talvez,
na solidariedade para connosco, de fraternidade dos outros para nós mesmos.
Porque partilha? São muito poucos os que, verdadeiramente, partilham.
Na esperança que possam existir, ainda militares ou
forças militarizadas que não se acomodem, resguardados nas suas garantias, que
este governo lhes vai dando, e possam na realidade honrar a bandeira deste país
e as fardas que envergam.
Para que todos os portugueses retomem a sua
dignidade.
Os portugueses que perderam, já, a sua dignidade
estão cansados deste regime político de “genocracia”, onde meia dúzia fornicam
os outros dez milhões.
Senhores militares e forças militarizadas, tenham
vergonham da vossa passividade. Dizia-me o meu pai quando perguntei o que era
uma ditadura: “Come e cala-te”. Hoje, se tivesse filhos pequenos que me
perguntassem o que é uma democracia, diria:
“ se falas não comes”.
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