sexta-feira, 18 de setembro de 2009

CARTA PARA O MÊ FILHO



Mê rico filho!
Não te zangues agora. Não é altura para fazer uma daquelas birras que tu fazias quando eras pequenino, e andavas a fazer construções na areia, e dizias que querias ser “ingenheiro”, desse por onde desse.
Eles andam a dizer essas coisas que é para te arreliarem! Não ligues. Tem é cuidado com aqueles dois que parece que querem ser maquinistas do metro. Eles é metro para aqui, metro para ali. Não te basta já aquela polémica do TGV que tu prometes-te ao Sapateiro ou lá como ele se chama? Zezinho, filho…mas ainda há Sapateiros? Pensava eu, que agora, com as novas oportunidades, tinham passado a “Técnicos Superiores de Solas e Tacões”.
Se fosses esperto, aproveitavas agora, para fazer render o peixe sobre aquele que é preto (mas o homem é preto ou é branco?), mais aquela de Algés. E eu que pensava que essa coisa da zona J de Chelas era só no teu partido. Afinal, eles vão todos ao mesmo lado buscar os votezitos que são necessários para serem os chefes da tribo. Ai os índios!
E esta malta, que não lhe chega o rendimento mínimo, ainda aproveita esta coisa da “democracia” para sacarem mais uns “tostõezitos”.
Agora, gostei muito de ter ver a fazer de cómico. Tu fazes cada papelão. Eu bem te disse que o teu futuro não era ser “ingenheiro”. Diz lá se a mãezinha não tinha razão?
Ah! Tive a falar com o tê primo, e ele diz que está em Cabinda, a vender açúcar à colher, e que não volta tão cedo. E se perderes esta coisa é que não volta mesmo. Até lá, manda-te beijinhos lambuzados de açúcar.
Escrevi-te estas palavrinhas simples, só para te acalmar e relaxar. Bem precisas de manter essa aparência até ao dia 27. Depois, já podes ser tu outra vez, na pele de “Hugo Chavez da Covilhã”.
Beijinhos. Fico à espera duma cartinha tua. Saudades e Xanax!

PS: Fechei a carta e esqueci-me de te mandar o Xanax. Pede aí a um tipo qualquer que compre isso, mesmo sem receita. Mas não compres genéricos.

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