segunda-feira, 22 de agosto de 2011

HOSPITAL SOVIÉTICO GARCIA DA HORTA -ALMADA

Não sei se é por acaso, se é por incompetência dos gestores, se é a capacidade de gestão, marxista-leninista, do Hospital Garcia da Horta, em Almada, que é um perfeito inferno para os utentes.
Ainda hoje, entrou um utente, com 83 anos de idade, com Alzheimer e sem capacidade de locomoção. Esta falta de capacidade de locomoção, sugeriu, ontem. O idoso vai acompanhado de um familiar. Este teve de pagar do seu bolso a ambulância que permitiu o idoso chegar ao Hospital.
É um inicio de história que dá para adormecer para quem espera e desespera, para saber o que se passa com a saúde do idoso.
Chega a ambulância às 13 horas. Como existiam duas macas, já em espera, só decorridos 45 minutos é que o idoso foi apresentado para triagem. Bom, parece que a mesma é feita por um enfermeiro. Que foi anotando o que o acompanhante relatava. Nada mais. Bom, neste caso, poderia ser um padeiro, porque era igual ao litro.
Foi atribuída a pulseira verde. Mas, qual é o enfermeiro estagiário que diagnostica o estado de saúde de um idoso, que não diz coisa com coisa? Se for acompanhado por alguém que consiga sintetizar a situação, talvez. Imaginemos que é alguém, menos esclarecido e com mais falta de conhecimentos, como é que essa síntese seria realizada? Como seria avaliada pelo “padeiro” vestido de branco, a situação? Bom… é de gritar aos céus …decorridas cinco horas, nem sinais de atendimento. Parece, dizem as más-línguas, que o Hospital Garcia da Horta, para captar mais umas massas, tem as portas abertas a estagiários e não recruta profissionais qualificados em número suficiente, logo, o seu número é limitado. Por outro lado, por influências maoistas, gosta de investir em medicinas alternativas. Quem espetasse umas agulhas, no cú desta malta, era pouco.
Ficam duas pessoas, o idoso e o acompanhante, à espera, já vai para cinco horas. Parece, dizem, porque informações também não há, que decorridas 7 horas, será visto por um “médico”, eventualmente estagiário. Ou então, a consulta será feita, nesta altura, por um enfermeiro, já que a triagem foi feita por um padeiro.
Desde as 13 horas e decorridas cinco horas, nem o idoso come nem bebe, nem o acompanhante.
Bom… um idoso é recepcionado num Hospital como se tivesse uma constipação. Só existem, na recepção, duas máquinas de “vending”, uma para café e outra para sandes. São necessárias moedas. Bom… a da sandes está vazia e a da água, Coca-Cola, são necessárias moedas para se obter uma garrafa de água. O acompanhante, para não deixar sozinho o idoso, procurou, junto do “Guiché das Taxas”, que lhe trocassem cinco euros, para comprar a garrafa de água. Resposta da funcionária, também marxista ou no mínimo “casca grossa”, disse que se a pessoa quisesse trocar os cincos euros que fosse ao café/loja que fica a cerca de mil metros do local da recepção. Bom, o acompanhante, em face, da recusa, propôs que a funcionária tomasse conta do idoso, enquanto iria trocar os cinco euros. Claro que a funcionária, zelosa do seu dever, e que já beneficiou de formação, dada nas novas “oportunidades”, virou as costas ao interlocutor. Esta matéria não foi dada no curso…educação, humildade e consideração perante quem se encontra fragilizado. Só lhe ensinaram que lidar com a malta da ferrugem era à bruta e com maus modos.
Se é necessário sete horas, na recepção de um Hospital, para ser atendido, pensa-se que será por um médico, quantas horas mais serão necessárias, depois, para concluir exames médicos e saber do prognóstico? Uma pouca-vergonha. Os liberais querem sacar a massa ao pessoal, porque nos dizem que privatizando a saúde está tudo resolvido. Os de esquerda querem este tipo de medicina, em que o atendimento, no seu geral, é péssimo e a triagem de doentes é feita por padeiros, como se o doente que se apresenta num Hospital fosse massa para pão. País de merda…E ninguém dá um chuto nesta malta.
Depois, admiramo-nos dos imensos relatos de famílias que deixam os idosos à porta do Hospital ou quando são internados, já ninguém os “levanta”. Digo, levanta, porque este é o termo que se coaduna com um atendimento, sem um mínimo de eficiência e eficácia, de doentes idosos, no Hospital Garcia da Horta.
Com toda a certeza irei concluir este relato…que não prestigia nem Garcia da Horta, nem os bons profissionais abnegados, que existirão, também, nesta Instituição.
Última hora…decorridas seis horas de espera e existindo só dois utentes com pulseira verde, ainda nenhum deles foi chamado, porque não estão a chamar utentes com pulseira verde…não há um padeiro que possa dar uso a esta massa? Quem faz triagem, deve ter competências, também, para dar andamento a um doente que foi catalogado de verde e se encontra em espera vai para seis horas. Eu se morasse daquele lado, já tinha feito alguma coisa…obrigava os administradores do Hospital a fazer um leasing novo! No mínimo...

1 comentário:

Anónimo disse...

qual é o enfermeiro estagiário que diagnostica o estado de saúde de um idoso, que não diz coisa com coisa? Se for acompanhado por alguém que consiga sintetizar a situação, talvez.

.... amigo sou estudante do 4º ano, e penso que por base lhe falta um exercício chave: o cuidar é um processo que fundamentalmente depende do modelo de crenças e valores individuais. Saio dos turnos que faço com plena consciencia que dou o meu melhor parece-me algo redutor essa sede de se generalizar.
O estudante tem menos pratica mas tb trás evolução aos serviços, e se estão lá por alguma razão é. É porque somos mao de obra em evolução a aprender mas tb a trabalhar gratuitamente 35 horas por semana durante 16 semanas.

Penso tb que é um crime atribuir a lógica markxista a qualquer tipo de instituição hospitalar em portugal. Para tal, acredito que estamos a alguns anos luz. um abraço