domingo, 19 de julho de 2009

CARTA AOS NETINHOS

Meus queridos netinhos.
Vocês nem calculam como me custa pô-los de castigo. Eu sei que vocês estão deprimidos. Que foram sempre muito dedicados à causa, mas há coisas que têm limites. Já o Tio que estava cá, antes de mim, vos tinha avisado. Meninos não façam isso!
E o que é que vocês, meus reguilas, andaram a fazer? Digam lá! Eu sei, eu sei….as más companhias acabam sempre por dar nisto.
Agora, não venham apelar ao coração de uma avó. Isso também não é bonito. É chantagem emocional. E o vosso Tio não é bastardo, é filho da…agora esqueci-me o nome dela. Depois se me lembrar eu digo.
Mas, já são crescidinhos e têm que aprender com os vossos erros. Não posso ser mais tolerante do que já fui. Reparem bem: deixei-os andar com o Tio de perto do Porto, dum lado para o outro e qual foi o resultado? Nenhum. Só fizeram asneiras. Eu já sabia que o vosso Tio de ao pé do Porto aparecia, vos desafiava para a malandragem e depois de se divertir, punha-se a cavar. Aos anos que ele é assim! Esse parece que é um puto, também!
Depois, deixei-os apoiar o Tio de Cascais. Pensavam que por ele ser de Cascais que era melhor que o outro? Aquela gente que vive naquela zona são muito elitistas, vocês sabem bem. Servem-se das pessoas e depois pimba. Pontapé no rabiosque.
Não é o primeiro da família de Cascais que faz coisas dessas. Eles são capazes de tudo. Ainda me lembro daquele maroto que se deitou ao Tejo para atravessá-lo a nado. Maluco. É o que ele era. Se ainda o Pedro tivesse tentado atravessar o Tejo a nado, ainda podia ter pensado nisso. Agora assim? Aquela parte da família, lá de Cascais, nunca olhou a meios para alcançar os seus fins. Não vos ensinaram isso? Então pronto. Aprendam à vossa custa, também faz bem.
Meninos! Cresçam e apareçam. Talvez daqui a quatro anos, se eu não estiver por cá, mais os “riquinhos” que estão aqui comigo, vocês se safem. Até lá, vão cumprir o castigo e não se atrevam a abrir a boca, senão, meto-os fora de casa. Ai faço, faço! Quem é que disse que não os punha na rua? Vocês parecem que não conhecem a avó. Mas já era sem tempo. Desde que vocês andavam na escola que eu os vigiava, lá do MEC. Não se ponham com essas piadinhas, porque não é MECO. É MEC! Eu nunca frequentei o Meco.
Conto com os meus ricos netinhos, para acompanharem as Feiras e Romarias que se avizinham. Beijinhos fofos.

PS: Essas das bombas não achei piada nenhuma. Não acham que são crescidinhos para essas brincadeiras?
Juízo!

"Multa docet urgens in rebus egestas. "[Gaal 1224] A necessidade premente nos ensina muita coisa.

6 comentários:

Anónimo disse...

Caro professor...

Temo pela vida destes netinhos!
Sempre a perseguirem a cenoura.

Fazem-me lembrar os Galgos, que correm correm correm correm atrás de qualquer coisa que lhes chegue remotamente ao olfacto, e no fim quase a atingir a meta, o artefacto olfactivo desaparece e os galgos ficam perdidos, chateados e fo...

Mas resta-me a consolação de saber que à boa maneira canina, depressa será achado outro qualquer artefacto olfactivo que induza uma qualquer coma, sempre controlada, durante os próximos 4 a 8 anos.

A avózinha está bem rodeada dos "riquinhos" amigos e sobretudo das "riquinhas" amigas, que saberão na altura certa, aplicar a terapêutica da coma induzida, para mais um período de profunda introspecção das "bases".

O Cidadão

Anónimo disse...

Adoro o espirito destas cartas.

Anónimo disse...

Sempre foi assim. As crianças portam-se mal e têm de ser castigadas. Agora, serem castigadas pela avó é que não é normal. Penso queo conselho deve vir do Tio de CAscais. Aquele Tio sempre me saiu cá um sacana!

Anónimo disse...

Ah e a Tia de Algés? Essa marota, sempre agarrada ao telemóvel a fazer queixinhas. Mas agora é bem feito. Só vai na 19 posição por Lisboa À AR.

Anónimo disse...

Oh Roldão, então não se assinam os comentários?

Professor disse...

Este bolg têm muitos anónimos.Mas eu conheço alguns pelo que escrevem.