quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

UM ACTO DE CONSCIÊNCIA E DE LIBERDADE INTERIOR


Imaginem vocês, que um dia, alguém entrava na vossa casa e vos dizia: “A vossa família já atingiu um nível que vos é permitido, agora, que alguém de fora governe a casa por vocês.”

De certeza que ficariam chateados e diriam: “ Ponha-se daqui para fora”.

Mas, eu candidato-me para em nome de uma nova ambição, governar a vossa casa. Tenho a minha própria equipa e não se têm de preocupar com nada. Alguns deles já frequentaram a vossa mesa e eventualmente já dormiram com alguns de vós. Mais uma razão para estarem descansados.

Por esta e outras razões a vossa casa terá a melhor equipa que vocês alguma vez tiveram ambição de ter. Tirando eu que já estou um pouco adiantado na idade, toda a minha equipa é jovem. E o futuro está na mão dos jovens.

Eu sei que fazem muitas asneiras. A maioria deles, até, quer o poder pelo poder. Procuram protagonismo para voos mais altos. Mas têm ambição! E vocês sabem bem que basta ter ambição para que, mesmo que se façam asneiras, a projecção e o protagonismo, de cada um, sobressaia.

A vossa casa ficará em boas mãos!

Na eventualidade de vocês não terem convidados suficientes para ocupar todos os lugares que passarão a ser disponibilizados à mesa da casa, eu próprio me ocuparei de convidar todos aqueles que possam ousar fazer concorrência.

Não será por deixar de falar nas coisas que elas não acontecem, na eventualidade, da minha singela proposta encarecer o vosso orçamento. Não vos preocupeis, pois trata-se de um caso muito simples de resolver. De acordo com as minhas directrizes, o que têm a fazer é muito simples: aumentem o vosso rendimento. Esta é uma lei matemática das mais básicas. Não é preciso ir para a universidade para aprender senso comum. Já aquelas coisas da educação, habitação social, idosos é coisa que não nos preocupa, pois, já todos temos casa, já todos tirámos um curso e além disso, somos todos uns putos chavalos. Portanto, não nos preocupa a velhice.

Quanto aos meus honorários, estes não são o mais importante. Eu candidato-me voluntariamente e num espirito missionário para defender as causas da vossa família, claro está.

A nossa ambição é tão grande que é como dizem os ingleses “ The World is not enough”. Neste caso, Oeiras!

Desde que às minhas equipas não falte nada, desde lugares a distribuir nas listas, nas associações, nas empresas e em todo o lugar sob a influência da família. Pois, se assim for, a vossa casa não será jamais a mesma, pois passará a ter os meus préstimos.

Sendo assim, não será por falta de recursos que vocês se privarão da minha gerência dos vossos bens.  Sei que farão tudo o que esteja ao vosso alcance para que eu vos possa servir, num espirito de entendimento entre homens livres e de bons costumes.

Certo da vossa confiança,

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