quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

UMA JUSTIÇA PARA POBRES E OUTRA PARA RICOS

A Ministra da Justiça não vai deixar estas situações, impunes.
Então, não é que um sem abrigo roubou um Polvo e um Champô, vai para dois anos, e só agora é que vai ser condenado a pagar uma multa de 250 euros? Como é um sem abrigo, o Tribunal vai mandá-lo notificar no segundo banco do jardim, junto à Avenida da Boavista, em virtude de o crime ter sido perpretado, no Porto. Se não pagar esta multa, o sem abrigo está sujeito a ser penhorado no vencimento ou em alternativa, no automóvel.
Mas, a justiça não se fica por aqui…e cega como é, também no Porto, a uma idosa de 76 anos, pelo facto de ter furtado um creme no supermercado Lidl, no valor de 3,99 euros, foi julgada. Estavam convencidos que só os ricos é que eram julgados? Enganam-se.
Mas, outras situações têm acontecido sem que a nossa justiça não seja célere e eficaz, não olhando aquém…Também, em Coimbra, o DIAP abriu um inquérito a um fulano que tinha furtado 77 cêntimos de feijão verde…O supermercado Lild, depois do processo ter sido arquivado, reabriu o processo, pois, de acordo com a lei, o crime do feijão verde é um dos tipos de crime que não pode ficar sem justiça…ora essa!
Tudo isto, parace que acontece mais no norte do país do que no sul, embora se verifiquem, também, no sul, crimes gravosos, como este do feijão verde…
Uma senhora de 71 anos, em Matosinhos, também, no Lild, foi acusada de ter furtado um creme, de 2,79 euros e, o supermercado, não esteve por meias medidas…pediu uma indemnização de 300 euros. É assim, mesmo…
Isto é uma brincadeira que todos nós portugueses, andamos a pagar para estas charadas…uma defesa oficiosa de um caso destes, custa no mínimo 300 euros. Mas, o Estado gastou milhares de euros com o julgamento. Ou seja, o vencimento da funcionária(o) judicial, do(a) magistrado(a) do MP, da(o) Juíza(o) e o tempo que a PSP andou atrás do arguido, para o notificar no segundo banco do jardim, junto da Avenida da Boavista.
Ou seja, a lei permite que uma organização como o Lild, Pingo Doce ou outra qualquer, utilize os dinheiros públicos, para receber indemnizações de sem abrigos ou de outra gente carenciada, que furta num supermercado um creme de 2,99 euros ou feijão verde, no valor de 0,77 cêntimos.
À custa do principio da legalidade e do preço que a justiça custa, para um grupo económico, como este, que é igual ao comum dos cidadãos, entopem-se os tribunais com processos crimes que não valem o tempo, sequer, de mandar para o caixote do lixo.
É esta realidade que a Ministra não quer ver, ninguém quer ver…mas, outras situações, caricatas, poderiam ser relatadas. Temos o exemplo das empresas que fornecem os serviços móveis de telefone. Quantos processos estas companhias não têm nos tribunais, para cobrar créditos de 100 ou 200 euros, porque eles próprios não acautelaram o risco do seu negócio?
Havemos de vencer a crise…”custe o que custar”. A única chatice é que é à custa dos nossos rendimentos de trabalho.
E depois, ainda vejo despachos de nomeação de assessores da Ministra, com vencimentos de 3.900 euros, mais subsidio de Natal e de Férias, mais as ajudas e abonos dos adjuntos… FONIX!

1 comentário:

Fernando Andrade. disse...

Oh Prof. De tão caricatas, estas situações, de tão simples resolução, até custa a crer que aqueles cérebros pagos a peso de ouro não alcancem que não só, enchem os Tribunais com trapalhada sem qualquer interesse, como obrigam a gastos avultados de quem já não tem para gastar e, ainda por cima, lhes vão pedindo mais e mais sacrifícios. Tivessem os supermercados de pagar taxas judiciais como acontece ao comum dos cidadãos que querem mover um processo que até se justifica e seriam muito mais comedidos nas exigências. Então não era tão fácil obrigar o homem que foi apanhado com o feijão verde a deixá-lo lá, ou a ter de o pagar e fazer o mesmo à senhora do creme ? O que é que querem mais? Não vêm que se trata de alguém que não tem quaisquer recursos? Se não vêem logo, veriam depois. É gozar com o pagode. Não venham lá com a história da igualdade dos cidadãos perante a Lei, porque isso só é respeitado nestes casos ridículos. Eu sei que ninguém com responsabilidades na matéria, faz caso. Agora não venham é dizer que se está a endireitar a Justiça. Processos destes eram imediatamente rasgados. Ou que se criasse um fundo com 1000€ que daria para resolver dezenas deste tipo de crimes, de pessoas que se tentaram ficar com os alimentos de graça, foi porque não tinham dinheiro para os comprar e o Estado se descuidou em relação a elas não as ajudando. Mas para ir-lhe ao bolso -tudo dentro da lei -isso já pode. Não digo FONIX . Digo mesmo :P'ta q'os paríu! Cambada. Desculpe lá Prof. a extensão do comentário, mas o tema indigna. E de que maneira. Abraço.