segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O QUE NÃO DESEJO PARA OS PORTUGUESES EM 2009

Nesta época do ano, é normal, formularmos votos para nós, família e amigos, para o novo ano que se avizinha. Os desejos mais comuns são saúde, dinheiro e amor!
E estes são os meus desejos, para, todos, os que têm pachorra de acompanhar estas minhas opiniões, para 2009.
Mas, além do que desejo, pensei que era legítimo formular “a contrario”, o que não desejo, nem para mim, nem para os portugueses.
Não desejo que o Sócrates tenha maioria absoluta, pois quando comparo o Sócrates com alguém, vem-me à mente o Cavaco Silva.
É que os dois são parecidos, enquanto primeiro – ministros. Cavaco era determinado, arrogante, autoritário e quando chegou ao fim da primeira maioria, já meio país era alérgico ao cavaquismo. O mesmo acontece com Sócrates!
E se bem se recordam, Cavaco não esteve com meias tintas: toca de dramatizar. Ou era ele ou o caos! E dramatizou muito bem, porque o país, deu-lhe outra maioria absoluta, ainda maior que a primeira.
Com o dinheiro que vinha da EU e com as necessidades prementes e urgentes do país, em infra-estruturas, em especial, em vias de comunicação e mercê da revisão constitucional, de 1987 e de 1992, que permitiu o restabelecimento em pleno da actividade privada, em sectores da economia, até aí, vedados pela revolução, o cavaquismo ficou para a história como a década que mudou Portugal. E bem!
Parece que o Sócrates não tem necessidade de dramatizar, porque o estado da economia e a recessão, já instalada, é o caminho aberto para que o mesmo perdure mais quatro anos no poder, pelo medo que a instabilidade cria.
E o PSD, com a sua instabilidade, vai para quatro anos, com mudanças e alternâncias de “poderes” dentro do partido, não cria uma verdadeira alternativa.
Para agravar a situação, esta mesma direita, observa a constituição de uma frente de esquerda, podendo ver em Sócrates, o mal menor!
Não é em vão que Sócrates não se zanga com o ex-candidato presidencial, Manuel Alegre: é que, o camarada está a prestar-lhe um óptimo serviço, com o avança, não avança, na tal frente de esquerda.
E se avançar? Sócrates tem a alternativa do eleitorado social-democrata, eleitorado que este conquistou nas primeiras eleições. Se o camarada Alegre não avançar, este tem a esquerda para votar nele (os que estão com o camarada Alegre).
Este cenário pode ser uma realidade, independentemente, das manifestações que observámos nesta ultima legislatura: manifestações pelo fecho de urgências, manifestações na área da educação, aumento dos anos para a reforma, descontos para ADSE dos reformados, a falta de segurança e o aumento da criminalidade, etc., etc.
Mas o mais grave vem a seguir: com o país endividado, vamos ter um manancial de obras públicas de resultados duvidosos para a economia e que irão penhorar o futuro das novas gerações.
Temos fortes possibilidades de termos mais arrogância, mais autoritarismo, mas quando chegarmos ao final, recordaremos este período, do Sócrates, como a década do pesadelo e da falência do país.
Só quando chegarmos ao final é que iremos notar a diferença, entre dois primeiro –ministros que pareciam iguais, mas não foram!

“A malis hominibus tutissimum est cito effugere. [DM 134] De quem não presta, o mais seguro é fugir sem demora”

9 comentários:

Anónimo disse...

Eu se pudesse, ía para a ilha!Chiça para o Sócrates!

Anónimo disse...

Para acabar o ano só faltava mesmo este post!Adorei! Vamos fugir deste país....

Anónimo disse...

Não há dúvida que o ideal era fugir mas com o Durão Barroso na Comissão Europeia, o Sócrates como primeiro-ministro e o Guterres na Comissão para os refugiados não temos para onde fugir.

Anónimo disse...

Tem toda a razão. Tinha me esquecido desses pequenos pormenores!!!!

Anónimo disse...

Meu Caro Professor, votos de saúde e continue com os seus excelentes "post`s".

Anónimo disse...

Obrigado pelos votos para 2009 e espero que os seus desejos se concretizem. Ganhavamos todos e o país.

Anónimo disse...

Ainda o que garante alguma segurança é o Presidente da República.

Anónimo disse...

vamos todos divulgar bem alto que devemos votar contra a abstenção mesmo que não haja oposição fiavel, temos de votar para que não apareçam nunca mais as maiorias.
desjo que 2009 seja um ano de consciencia democratica para os eleitores

Anónimo disse...

“A malis hominibus tutissimum est cito effugere!"

Não sei como classificar isto agora é mesmo a sério; Acho q a política e a sociedade actual capitalista, está assente em bases económicas tenebrosas e assassinas: a lógica do lucro gera necessariamente a ganãncia e esta leva àquilo a q assistimos hoje...

Vende-se o q não existe, ganha-se sem produzir, engana-se toda a gente, destroi-se o homem e o mundo - vale tudo desde q quem mxe o cordelinho ganhe.