segunda-feira, 25 de maio de 2009

VIVEMOS NUM PAÍS DE SUPOSIÇÕES

Vivemos num país de suposições!
Toda a gente levanta suposições. Incrimina-se toda a gente, como se fosse por este caminho que o país se vai endireitar!
Ninguém quer admitir que estamos perante um problema das Instituições.
Estamos com um problema na Instituição Ministério Público e Magistratura, com Procuradores e Juízes que saem das suas funções de magistratura para funções políticas e depois regressam às mesmas, com tudo o que tem de pernicioso nestas confusões, entre dois órgãos Constitucionais - Governo e Magistratura.
No presente momento, temos mais de 22 magistrados a ocuparem lugares políticos, em vez de vestirem a “beca”.
Por outro lado, temos uma Ordem dos Advogados que tem servido uns tantos, com todos os defeitos e virtudes, mas que se encontra representada, agora, por alguém, que não consegue perceber que faz parte da instituição.
Já tanto se ouviu falar mal dos Advogados. Não é de agora, mas de modo “entroncado”lançar anátemas sobre esta classe, só agora!
Temos um “bastonário” que sabendo que existem Advogados que violam o Código deontológico da Ordem, tem de os denunciar, ao Conselho Disciplinar, para que os “malfeitores”, isto é, os que fazem coisas mal feitas, sejam punidos e quem sabe, aplicar-se a pena máxima.
Mas não! Utiliza-se a prerrogativa de estar à frente de uma Instituição e toca de dar “porrada verbal”, a torto e a direito, ficando não sei, à espera que alguém faça denúncias anónimas? Mas este país só funciona utilizando os “pides da democracia”?
Então, por onde andam as Instituições que têm por objecto a observação do cumprimento da legalidade e se necessário a investigação de actos ilícitos? Claro que a resposta é: na política! E os que vão andando pelas Instituições? Limitam-se a andar por lá, de modo a não darem muito nas vistas.
São os menos ambiciosos, na tentativa desesperada de progressões de carreira! Outro problema das Instituições…quem vive nas Instituições está convencida que tem de progredir, mesmo que não tenha mérito! Tem é que haver um “Estatuto” que vá abarcando a mediocracia!
E com tudo isto, o “povinho” vai assistindo nas televisões a peixeiradas entre entrevistadores e entrevistados, que quase se assemelham aos “parlamentos asiáticos”. Só falta “porrada” ao vivo!
E nestes momentos mais tristes da democracia, o pessoal senta-se em frente da televisão, sempre a postos, para mais um duelo e toca de fazer apostas!
Por favor, marquem um novo duelo e digam com antecedência quando é, para que possamos marcar lugar, comprar umas cervejinhas e uns amendoins e assistir ao que nunca esperei assistir, quando vesti, pela primeira vez, a minha “toga”.
Senhor Bastonário isto, que tem vindo a fazer, é que é política! Qual Vital Moreira versus Paulo Rangel!
Comícios Ibéricos? Isso não vale nada, perante os espectáculos que podemos ter na TVI, protagonizados, por tão elevados interlocutores!
Sugestão: privatizem o Ministério Público e exijam resultados. Quem não cumprir, rua com eles por inadaptação ao lugar!
Porque se a Magistratura tivesse um Conselho Disciplinar, como a Ordem dos Advogados, fundamentalista, talvez não houvesse tanta “justiça” na praça pública, nem os dirigentes da Ordem precisassem de fazer tanta “política”.

“Ius rationis abest, ubi saeva potentia regnat”. [Pereira 115] O direito da razão fica longe, quando reina a cruel prepotência

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