Todos nós, por vezes, pensamos porque não havemos de ter melhor sorte. A sorte por um lado acontece, por outro, somos nós que a construímos. Andamos uma vida inteira à procura de melhor sorte.
Sou da opinião que nos temos de contentar com a sorte que temos, procurando, obter a melhor sorte do que pode estar à nossa mão.
Começa a nossa sorte, logo quando nascemos, em função da família que temos. Uns nascem filhos de pais ricos e têm a sorte, outros têm de trabalhar uma vida inteira à procura de melhor sorte. Mas, pode-se olhar por outro prisma…não nascemos numa família de pais ricos, mas nascemos numa família com afectos. Já temos sorte. Porque há quem nasça, que nem sequer conhece a família. Quantos nem sabem quem é o pai ou a mãe. Logo, nem são ricos em termos materiais, nem em afectos.
Depois vamos crescendo, vamos fazendo amigos e alguns de nós, tem a sorte de fazer amigos que nos acompanham por toda a vida. Mas há, os que não têm essa sorte. Ou, porque não foram capazes de fazer amigos ou, por qualquer eventualidade, perdem os amigos.
Quando se chega a adulto, voltam novas oportunidades de se fazerem amigos. Uns são amigos, outros não. A vida adulta é um pouco mais complexa do que a vida em criança. O modo de fazermos amigos, os locais onde temos os amigos e, porque é que fazemos “amigos”.
Entretanto, surge a oportunidade de se criar a própria família. Uns têm a sorte de criar família, outros não. Hoje, existem novas oportunidades de fazer amigos…as redes sociais. Mas, o cerne da questão é que o interesse em fazer amigos, subjaz, sempre, o mesmo. Por isso costumamos dizer que há amigos e amigos. Melhor, queremos dizer que há amigos no sentido lato, porque na realidade podem-se contar pelos dedos de uma mão, os nossos amigos.
No decorrer deste tempo vão-se tendo experiências, mais traumatizantes ou não, conforme o tipo de “amigos," que vamos encontrando. Uns por isto, outros por aquilo. Uma coisa é certa…é que quando “parte” um amigo, não haverá quem deixe de dizer, sempre, “era um bom tipo”. Por vezes, até nos emocionamos, porque, por vezes, a morte mete-nos medo. Quantas das vezes, não é este o momento em que se reflecte a nossa própria vida. Ou não é?
E assim, os anos vão passando, vamos fazendo novos amigos, vamos tendo desilusões, porque acreditamos sempre que este amigo é mesmo amigo. Parece uma redundância, mas não pode ser dito de outro modo. Este tema surgiu, porque, ontem pela noite, ao consultar a “Pordata”, a melhor base de dados que conheço em Portugal, deparei-me com o seguinte: em Portugal, viviam sozinhos, em 2009, 43.891 homens e 288.878 mulheres.
Bom este número a frio, faz pensar no seguinte: se as pessoas vivem sozinhas, ao menos têm amigos? Porque na realidade, não me parece, atendendo à idade de muitos deles, que estejam embrenhados, nas redes sociais. Por detrás de cada um destes números, está uma história de vida. De família ou famílias, de amigos que se perderam, de amigos que se foram fazendo ao longo da vida, mas o certo é que as pessoas vivem sozinhas. Creio que alguém terá dito que “nasce-se sozinho e morre-se sozinho”. Faltou dizer que se vive sozinho! Sinceramente, já não me lembro o quanto sozinho estava quando nasci. Mas não sei, o quanto sozinho estarei quando partir. Mas, felizmente, tenho amigos. Alguns estão na rede social. Mas não foi aí que fiz os meus amigos, que prezo e tento estimar. Da minha parte, direi que nasci sozinho, morrerei, eventualmente sozinho, mas vivi lado a lado e bem acompanhado, por todos os meus amigos. Portanto, tratem-me bem que eu vou fazendo o mesmo por vocês. Se mais não bastasse, sou um homem de sorte, porque tenho o vosso afecto. Assim seja, com todos aqueles que vivem sozinhos e se encontram na estatística que mencionei e que me impressionou e que me motivou a escrever sobre este tema. A sorte que cada um tem na vida…é não viver sozinho e ter amigos.
Sou da opinião que nos temos de contentar com a sorte que temos, procurando, obter a melhor sorte do que pode estar à nossa mão.
Começa a nossa sorte, logo quando nascemos, em função da família que temos. Uns nascem filhos de pais ricos e têm a sorte, outros têm de trabalhar uma vida inteira à procura de melhor sorte. Mas, pode-se olhar por outro prisma…não nascemos numa família de pais ricos, mas nascemos numa família com afectos. Já temos sorte. Porque há quem nasça, que nem sequer conhece a família. Quantos nem sabem quem é o pai ou a mãe. Logo, nem são ricos em termos materiais, nem em afectos.
Depois vamos crescendo, vamos fazendo amigos e alguns de nós, tem a sorte de fazer amigos que nos acompanham por toda a vida. Mas há, os que não têm essa sorte. Ou, porque não foram capazes de fazer amigos ou, por qualquer eventualidade, perdem os amigos.
Quando se chega a adulto, voltam novas oportunidades de se fazerem amigos. Uns são amigos, outros não. A vida adulta é um pouco mais complexa do que a vida em criança. O modo de fazermos amigos, os locais onde temos os amigos e, porque é que fazemos “amigos”.
Entretanto, surge a oportunidade de se criar a própria família. Uns têm a sorte de criar família, outros não. Hoje, existem novas oportunidades de fazer amigos…as redes sociais. Mas, o cerne da questão é que o interesse em fazer amigos, subjaz, sempre, o mesmo. Por isso costumamos dizer que há amigos e amigos. Melhor, queremos dizer que há amigos no sentido lato, porque na realidade podem-se contar pelos dedos de uma mão, os nossos amigos.
No decorrer deste tempo vão-se tendo experiências, mais traumatizantes ou não, conforme o tipo de “amigos," que vamos encontrando. Uns por isto, outros por aquilo. Uma coisa é certa…é que quando “parte” um amigo, não haverá quem deixe de dizer, sempre, “era um bom tipo”. Por vezes, até nos emocionamos, porque, por vezes, a morte mete-nos medo. Quantas das vezes, não é este o momento em que se reflecte a nossa própria vida. Ou não é?
E assim, os anos vão passando, vamos fazendo novos amigos, vamos tendo desilusões, porque acreditamos sempre que este amigo é mesmo amigo. Parece uma redundância, mas não pode ser dito de outro modo. Este tema surgiu, porque, ontem pela noite, ao consultar a “Pordata”, a melhor base de dados que conheço em Portugal, deparei-me com o seguinte: em Portugal, viviam sozinhos, em 2009, 43.891 homens e 288.878 mulheres.
Bom este número a frio, faz pensar no seguinte: se as pessoas vivem sozinhas, ao menos têm amigos? Porque na realidade, não me parece, atendendo à idade de muitos deles, que estejam embrenhados, nas redes sociais. Por detrás de cada um destes números, está uma história de vida. De família ou famílias, de amigos que se perderam, de amigos que se foram fazendo ao longo da vida, mas o certo é que as pessoas vivem sozinhas. Creio que alguém terá dito que “nasce-se sozinho e morre-se sozinho”. Faltou dizer que se vive sozinho! Sinceramente, já não me lembro o quanto sozinho estava quando nasci. Mas não sei, o quanto sozinho estarei quando partir. Mas, felizmente, tenho amigos. Alguns estão na rede social. Mas não foi aí que fiz os meus amigos, que prezo e tento estimar. Da minha parte, direi que nasci sozinho, morrerei, eventualmente sozinho, mas vivi lado a lado e bem acompanhado, por todos os meus amigos. Portanto, tratem-me bem que eu vou fazendo o mesmo por vocês. Se mais não bastasse, sou um homem de sorte, porque tenho o vosso afecto. Assim seja, com todos aqueles que vivem sozinhos e se encontram na estatística que mencionei e que me impressionou e que me motivou a escrever sobre este tema. A sorte que cada um tem na vida…é não viver sozinho e ter amigos.
"Amicus verus, rara avis". [DAPR 61] Amigo verdadeiro é ave rara.
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