Decorreu mais um acto eleitoral, num período demasiado conturbado do país. Uma economia de rastos e uma situação financeira deplorável, aliado a uma descrença total, na classe política que só tem, ela própria, originado essa mesma descrença, com os escândalos repetidos, de norte a sul do país, na que podemos chamar de “auto governação” (meter ao bolso).
Aníbal Cavaco Silva ganha as eleições, com 52,94% dos votos expressos, quando a abstenção se cifrou em 53,57%. Independentemente de mais um fracasso clamoroso do governo, com a implementação do cartão de cidadão, que neste ponto de vista é um completo fracasso, diria eu, aliás, como tudo o que tem feito até agora, a realidade é que não abona em nada a democracia, alguém ser eleito, num panorama de mais de cinquenta por cento de abstenções.
Os votos brancos foram mais um candidato…se olhar para a votação que obteve José Manuel Coelho…4,5%, quando, os mesmos se cifraram em 4,26%.
Continuam os políticos, em geral, a dizer que está tudo bem no mundo da política…o regime recomenda-se. Não me parece que assim seja, independentemente destes resultados. O regime político já está doente de morte, vai para alguns anos e isso observa-se no descalabro económico e financeiro em que se encontra o país, antes de o verificarmos nas eleições.
Além do mais, esta campanha eleitoral caracterizou-se, por uma mão cheia de nada. Nunca tantos candidatos falaram tão pouco. Um vazio completo que veio agravar a desmobilização que mais de cinquenta por cento do eleitorado manifestou.
Para terminar esta desgraça, assistimos, como sempre, no discurso final, à vitória de todos os candidatos, menos de Manuel Alegre, que assumiu claramente a derrota. Honra lhe seja feita. Foi bastante pior, a sua performance, do que nas últimas eleições, em que concorreu desvinculado do PS. O que me diz que uma boa quantidade de socialistas, foram votar Fernando Nobre. Parece-me que o “homem” forte do partido se fez sentir. Como se diz, a vingança serve-se fria.
Hoje, amanhã e depois, tudo vai continuar na mesma. Já se começa a perfilar a alternância do poder. E os portugueses de eleição em eleição, lá vão sendo esmagados, cada vez mais, mergulhados numa crise sem precedentes. Porque quem diz que já estivemos assim, e que demos a volta por cima, esquece-se de dizer, na sua vontade de “animar a malta”, que já nem anéis temos nos dedos.
Antes de se mudar o regime moribundo, há que mudar, rapidamente, de actores da cena política. E isso, não me parece que nenhum partido o queira fazer. Porque nessa altura, pensam eles, que teriam de governar o país, em vez de se governarem a eles próprios.
Aníbal Cavaco Silva ganha as eleições, com 52,94% dos votos expressos, quando a abstenção se cifrou em 53,57%. Independentemente de mais um fracasso clamoroso do governo, com a implementação do cartão de cidadão, que neste ponto de vista é um completo fracasso, diria eu, aliás, como tudo o que tem feito até agora, a realidade é que não abona em nada a democracia, alguém ser eleito, num panorama de mais de cinquenta por cento de abstenções.
Os votos brancos foram mais um candidato…se olhar para a votação que obteve José Manuel Coelho…4,5%, quando, os mesmos se cifraram em 4,26%.
Continuam os políticos, em geral, a dizer que está tudo bem no mundo da política…o regime recomenda-se. Não me parece que assim seja, independentemente destes resultados. O regime político já está doente de morte, vai para alguns anos e isso observa-se no descalabro económico e financeiro em que se encontra o país, antes de o verificarmos nas eleições.
Além do mais, esta campanha eleitoral caracterizou-se, por uma mão cheia de nada. Nunca tantos candidatos falaram tão pouco. Um vazio completo que veio agravar a desmobilização que mais de cinquenta por cento do eleitorado manifestou.
Para terminar esta desgraça, assistimos, como sempre, no discurso final, à vitória de todos os candidatos, menos de Manuel Alegre, que assumiu claramente a derrota. Honra lhe seja feita. Foi bastante pior, a sua performance, do que nas últimas eleições, em que concorreu desvinculado do PS. O que me diz que uma boa quantidade de socialistas, foram votar Fernando Nobre. Parece-me que o “homem” forte do partido se fez sentir. Como se diz, a vingança serve-se fria.
Hoje, amanhã e depois, tudo vai continuar na mesma. Já se começa a perfilar a alternância do poder. E os portugueses de eleição em eleição, lá vão sendo esmagados, cada vez mais, mergulhados numa crise sem precedentes. Porque quem diz que já estivemos assim, e que demos a volta por cima, esquece-se de dizer, na sua vontade de “animar a malta”, que já nem anéis temos nos dedos.
Antes de se mudar o regime moribundo, há que mudar, rapidamente, de actores da cena política. E isso, não me parece que nenhum partido o queira fazer. Porque nessa altura, pensam eles, que teriam de governar o país, em vez de se governarem a eles próprios.
“Gratis paenitet esse probum.” [Ovídio, Ex Ponto 2.3.14] Dá arrependimento ser honesto sem proveito.
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