Quem pensar em ter filhos em 2011, esqueça. Só a partir de 2012. É que cada bebé que nasça em 2011, só estará livre dos encargos das PPP, daqui a 72 anos.
Este é a caixa alta de uma notícia de um jornal. Para nos dizer, um pouco mais à frente, que as despesas com as parcerias público -privadas (PPP), ascendem a 48 mil milhões de euros.
Ora, coloca-se uma questão pertinente…se para equilibrar as contas públicas, o governo tem de reduzir os salários, porque não reduz com os seus fornecedores, a dívida?
E se começasse pelos encargos das PPP, que só alguns sabem como foram negociadas, de 48 mil milhões, dez por cento, o equivalente à descida dos salários, o governo podia aferrolhar, qualquer coisa, como quase 5 mil milhões de euros. Nada mau, pois já contrabalançava o dinheiro que a rapaziada meteu no BPN. Ou não?
Mas, não. Os negócios ruinosos que os diversos governos têm vindo a fazer são intocáveis. Será por alguma razão? É que me parece que a “alteração das circunstâncias” deve permitir que o governo venha a renegociar os diversos contratos que tem vindo a fazer. Ou será que as alterações das circunstâncias só se colocam perante a “massa” anónima de portugueses que vão sendo espoliados dos seus rendimentos de trabalho? Algum economista já conseguiu medir o impacto que estas medidas do governo vão ter na produtividade da Nação? Penso bem que não, porque a lógica tem sido sempre a de olhar para as contas públicas numa óptica financeira e não numa óptica económica. Satisfez-se as necessidades das empresas e dos bancos e o “Zé” que se amanhe. Só que tenho dúvidas, perante a pressão financeira que tem sido exercida sobre Portugal, se os próprios bancos não vão sofrer com a situação, reduzindo substancialmente o valor das suas acções, bem como a dificuldade de obtenção de empréstimos nas praças estrangeiras que irão condicionar a sua própria actividade – a possibilidade de continuarem a vender dinheiro. A relação entre os juros externos e os internos colocarão todas as operações inviáveis.
Logo, continuará a sobrar para a rapaziada que quer comprar casa e não obtém empréstimo ou tem alguma outra necessidade urgente e não consegue capitalizar-se junto da banca.
Resta-nos a intervenção do FMI e de um modo ainda mais doloroso, pois não ficaremos pelos dez por cento de redução no salário, mas uma redução que chegará aos 20%, nalguns casos. Mas, continuará a ser sobre a população que trabalha directa ou indirectamente com a administração pública. Haverá sempre excepções, eu sei. Haverá algumas particularidades, na administração pública que poderão beneficiar, sempre, de aumentos significativos de vencimentos e com efeitos retroactivos.
E assim vai, este país! Não se trata já de governantes…trata-se de alterar, urgentemente o regime político! E não o sistema…pois este, também, faliu!
“Mobile mutatur semper cum principe vulgus.” [Claudiano, De Quarto Consulatu 302] A multidão inconstante muda sempre com o governante.
Este é a caixa alta de uma notícia de um jornal. Para nos dizer, um pouco mais à frente, que as despesas com as parcerias público -privadas (PPP), ascendem a 48 mil milhões de euros.
Ora, coloca-se uma questão pertinente…se para equilibrar as contas públicas, o governo tem de reduzir os salários, porque não reduz com os seus fornecedores, a dívida?
E se começasse pelos encargos das PPP, que só alguns sabem como foram negociadas, de 48 mil milhões, dez por cento, o equivalente à descida dos salários, o governo podia aferrolhar, qualquer coisa, como quase 5 mil milhões de euros. Nada mau, pois já contrabalançava o dinheiro que a rapaziada meteu no BPN. Ou não?
Mas, não. Os negócios ruinosos que os diversos governos têm vindo a fazer são intocáveis. Será por alguma razão? É que me parece que a “alteração das circunstâncias” deve permitir que o governo venha a renegociar os diversos contratos que tem vindo a fazer. Ou será que as alterações das circunstâncias só se colocam perante a “massa” anónima de portugueses que vão sendo espoliados dos seus rendimentos de trabalho? Algum economista já conseguiu medir o impacto que estas medidas do governo vão ter na produtividade da Nação? Penso bem que não, porque a lógica tem sido sempre a de olhar para as contas públicas numa óptica financeira e não numa óptica económica. Satisfez-se as necessidades das empresas e dos bancos e o “Zé” que se amanhe. Só que tenho dúvidas, perante a pressão financeira que tem sido exercida sobre Portugal, se os próprios bancos não vão sofrer com a situação, reduzindo substancialmente o valor das suas acções, bem como a dificuldade de obtenção de empréstimos nas praças estrangeiras que irão condicionar a sua própria actividade – a possibilidade de continuarem a vender dinheiro. A relação entre os juros externos e os internos colocarão todas as operações inviáveis.
Logo, continuará a sobrar para a rapaziada que quer comprar casa e não obtém empréstimo ou tem alguma outra necessidade urgente e não consegue capitalizar-se junto da banca.
Resta-nos a intervenção do FMI e de um modo ainda mais doloroso, pois não ficaremos pelos dez por cento de redução no salário, mas uma redução que chegará aos 20%, nalguns casos. Mas, continuará a ser sobre a população que trabalha directa ou indirectamente com a administração pública. Haverá sempre excepções, eu sei. Haverá algumas particularidades, na administração pública que poderão beneficiar, sempre, de aumentos significativos de vencimentos e com efeitos retroactivos.
E assim vai, este país! Não se trata já de governantes…trata-se de alterar, urgentemente o regime político! E não o sistema…pois este, também, faliu!
“Mobile mutatur semper cum principe vulgus.” [Claudiano, De Quarto Consulatu 302] A multidão inconstante muda sempre com o governante.
1 comentário:
Espectacular. PArabéns pelo post.
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