segunda-feira, 30 de abril de 2012

DATAS DE FELICIDADE E DE INFORTÚNIO


Todos nós memorizamos, datas… umas por imposição legal, outras por que tivemos momentos de felicidade, outras nem tanto…foram momentos de tristeza e que por vezes, nos perseguem até ao final dos nossos dias. Na maioria dos casos, salvo melhor opinião, a nossa tendência é para memorizar, mais facilmente, as datas em que tivemos alguma infelicidade.
Há mesmo datas que todos nós sabemos, porque as comemorações, todos os anos, por referência a qualquer feito, universal ou nacional, acontecem. Sobre este especto, todos nós temos em mente que a primeira guerra mundial foi entre 1914 e 1918. Já os meses em que se iniciou esta tragédia, poucos saberão. Também a maioria de nós, tem em mente que a segunda guerra mundial foi de 1939 a 1945.
Se olharmos para Portugal vem-nos à memória, porque aprendemos na escola, que a primeira República se iniciou em 1910, já poucos sabem, que a mesma foi interrompida em 1926.
Depois, coloca-se aqui um problema de saber se a segunda República foi de 1926 até 1974, ou se este período da história, não tem história. Mas, não há, quem não saiba que em 1974, concretamente, em 25 de Abril, foi o início de um período conturbado. Nem tudo se resume à liberdade. Aliás, parece, segundo diz o Pedro, que a liberdade se paga, com dinheiro e com falta de liberdade. Bem, direi eu, sempre foi assim! Neste caso, ninguém consegue encontrar uma data para a ausência de liberdade, para a permissão da violação da Constituição da República. Porque está a ser um período, cuja construção se está a ultimar e que começou, paulatinamente, em 1987. Poucos se terão apercebido…
Este período resultou nos maiores escândalos, de roubos, fraudes, perpetrados por ex-ministros que se encontram, particularmente, todos a salvo, com algumas excepções, cujo final, de justiça, nem se fará notar. Ninguém acredita que, Oliveira e Costa vá pagar coisa nenhuma.
Mas, há datas que se vão fixando, como se a vida fosse eterna para todos os portugueses…não é verdade, porque, infelizmente, muitos deles estão a ser roubados, agora, e nunca irão ver a sua situação reposta…estamos em 2012…os subsídios de Natal começaram a ser confiscados, aos funcionários públicos, em 2011. E, agora, e depois do Tribunal Constitucional, a determinada altura se ter pronunciado pela excepção, para não declarar a inconstitucionalidade, já o Gaspar diz…”eh, pá, só em 2018 é que a situação estará regularizada, repondo-se, aos trabalhadores do estado, os seus salários.” Bom, estamos, já, a falar, em 6 anos. Seis longos anos…
Mas eu sei porquê! O governo está com esperança que os ladrões deste país possam repor o que roubaram. A minha esperança é outra…só não posso dizer, porque posso ser acusado de incentivar…qualquer coisa.
Estão a ver porque digo que é mais fácil ficar na nossa memória as datas de infortúnio?
E quando já se tem a minha idade, as datas de infortúnio, começam a ser mais que as datas de felicidade e são essas que quero manter na minha mente…mas, confesso que nesta altura do campeonato, as datas de infortúnio estão querer sobrepor-se às de felicidade, porque… fui educado a acreditar no meu país e até esse me querem tirar. E a minha revolta é que eu e mais dez milhões de portugueses, fomos consentindo, que um grupo mafioso que se apoderou do poder, neste país, o tenha saqueado e nós ficámos impávidos e serenos a ver.
E, agora, depois de terem posto o país a arder, querem destruir com falsos argumentos, uma das coisas boas, que teve a “democracia,” que se encontra suspensa, que são as autarquias.
Então, fixem esta data…2012, e não esqueçam os nomes, de quem está a destruir, o que de melhor se criou com a democracia. Porque, com defeitos, é certo, é muito melhor, de longe, do que um poder Central, distribuído por Direcções Regionais que só gastam dinheiro e são uma entropia ao desenvolvimento da Nação, e ainda por cima, não sei quem são. Mas, que são do partido (s), não tenho dúvidas.

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