Numa adaptação dos famosos versos, de Augusto Gil, aqui vai, adequado à situação, dos malandros dos portugueses que trabalharam e trabalham e que, afinal, são os responsáveis do país estar na miséria, onde os governos não são fiscalizados, a Constituição é violada e o respeito pela pessoa, se traduz num número, que é somado, numa aritmética em que as contas são feitas a somar para o governo nas receitas e a diminuir para os cidadãos, que já pagaram, o que tentam usufruir. O Estado não dá nada…gere mal e rouba os nossos impostos…
Batem leve, levemente
Como quem chama por mim…
Será o Coelho? Será o Relvas?
O Coelho não é, certamente
E o Relvas não bate assim…
São talvez os gajos do partido;
Mas há pouco, há poucochinho
Nem um som se ouvia
Na quieta melancolia
Deste país à beira mar…
Quem bate, assim, levemente,
Com tão estranha leveza,
Que mal se houve, mal se sente?
Não é o Coelho, não é o Relvas
É a miséria neste país.
Fui ver. As notícias caiam
No pardo papel do jornal.
Secas e leves, geladas e frias…
Há quanto tempo não as vias!
E diabos me carreguem, se as merecia.
Olho-as através da televisão
Pôs tudo da cor preta.
Gente que sofre e, quando diz,
Tenho vergonha…
Pois trabalhei, honradamente,
para o meu país….
Fico olhando esses sinais
Da pobre gente que avança,
E noto, por entre os demais,
Advogados, engenheiros, arquitetos
E outros mais
Na Cáritas ou no banco alimentar
Ainda têm sapatos,
Só não se vê que estão rotos
Vão caminhando com dificuldade
Do peso da vergonha que têm
Da vergonha que os dobra
De quem nunca pensou pedir sopa.
Que quem já é pecador
Sofra tormentos…enfim!
Mas as crianças, Senhor,
Porque lhes dais esta miséria?
Porque padecem os pais?
Porque sofre o meu país?
É uma infinita tristeza
Uma funda turbação
Ver o meu país saqueado
Por duas gerações de políticos
Que não passam de ladrões
E que a coberto da lei
Vão saqueando o povo!
Batem leve, levemente
Como quem chama por mim…
Será o Coelho? Será o Relvas?
O Coelho não é, certamente
E o Relvas não bate assim…
São talvez os gajos do partido;
Mas há pouco, há poucochinho
Nem um som se ouvia
Na quieta melancolia
Deste país à beira mar…
Quem bate, assim, levemente,
Com tão estranha leveza,
Que mal se houve, mal se sente?
Não é o Coelho, não é o Relvas
É a miséria neste país.
Fui ver. As notícias caiam
No pardo papel do jornal.
Secas e leves, geladas e frias…
Há quanto tempo não as vias!
E diabos me carreguem, se as merecia.
Olho-as através da televisão
Pôs tudo da cor preta.
Gente que sofre e, quando diz,
Tenho vergonha…
Pois trabalhei, honradamente,
para o meu país….
Fico olhando esses sinais
Da pobre gente que avança,
E noto, por entre os demais,
Advogados, engenheiros, arquitetos
E outros mais
Na Cáritas ou no banco alimentar
Ainda têm sapatos,
Só não se vê que estão rotos
Vão caminhando com dificuldade
Do peso da vergonha que têm
Da vergonha que os dobra
De quem nunca pensou pedir sopa.
Que quem já é pecador
Sofra tormentos…enfim!
Mas as crianças, Senhor,
Porque lhes dais esta miséria?
Porque padecem os pais?
Porque sofre o meu país?
É uma infinita tristeza
Uma funda turbação
Ver o meu país saqueado
Por duas gerações de políticos
Que não passam de ladrões
E que a coberto da lei
Vão saqueando o povo!
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