terça-feira, 28 de dezembro de 2010

QUEM NÃO SE SENTIU, JÁ, CANSADO?

Quantas vezes nos sentimos cansados, achando que ninguém nos compreende e que a vida é injusta? Talvez já tenhamos tentado mudar as coisas e, as pessoas ao seu redor, sem êxito, e de tanta luta, o cansaço se apossa, trazendo desalento, sentimento de solidão e incompreensão... Então, se nos sentimos mal, fechamo-nos em mágoas, tristezas, e ao nosso encontro, vem o desanimo, acabando-se, também, por evitar os outros e até mesmo, a nossa própria pessoa, para não termos que olhar para dentro, para nos questionarmos e vermos o que, “sabemos”, que tem que ser visto ou revisto. E neste esforço contínuo de fuga, sentimo-nos, enfim, como quem tenta caminhar ou correr numa esteira, chegando, apenas, à exaustão e a nenhum outro caminho...
É preciso dizermos a nós mesmo: "Basta! Não quero e nem vou me permitir viver assim! Não vou ficar a tentar dar voltas e voltas nesta “esteira” estúpida, numa teimosia e inflexibilidade, que não me levam a lugar algum!" Deve-se observar a natureza e ver que um rio, flui, desviando-se dos obstáculos, mudando o seu curso mas, seguindo, o seu caminho, porque tem um objectivo maior: o grande mar! O grande mar da nossa vida está à nossa espera, mas se ficarmos “encalhados” em algum obstáculo, ao invés de contorná-lo, nunca chegaremos a qualquer lugar! Assola-nos o medo de seguir pelo desconhecido, e teimamos em fincar os pés nas raízes do medo, na insegurança, escondidos, atrás de uma pseudo “segurança”, escondendo-nos atrás das dificuldades, dando-nos falsos motivos para não enfrentar o caminho. Além do mais, tornamo-nos críticos com os outros, por causa de uma certa inveja, quem sabe, dissimulada! Ninguém é superior ou inferior a ninguém, apenas não somos iguais. Há uma desigualdade, entre nós, que nos une, pois precisamos uns dos outros, na troca de experiências para que possamos aprender a arte da vida, para que possamos ver um novo horizonte de existência, por um ângulo, até então, ainda não apreciado! Encontrar, um novo ponto de partida, para a nossa vida!

A vida está aqui para ser vivida, na sua plenitude e não, para que sejamos, apenas espectadores que nos vamos lamentando da nossa falta de inércia! Ela se concentra no “agora”, onde realmente estamos. Temos que aprender a deixar o passado no seu lugar, para vivermos a nossa vida, no “presente” e, dela, retirar o maior prazer, porque, esta é a nosso vida, neste lugar!
A vida é cheia de oportunidades; ela se reconstrói de dentro para fora; portanto, temos que tentar cultivar a alegria. Na vida nos cansamos, não enquanto caminhamos, mas justamente quando estagnamos... Cansados somos como galhos secos que nada produzem, mas quando cultivamos a alegria de viver, ficamos como árvores verdejantes que bem adubadas, darão frutos, com certeza.
Temos que pôr de lado, a ideia de viver, no limite da sobrevivência.
Flua como ar, o rio, a natureza! Flua com o sorriso! Flua neste espaço de vida! Observe a vida planando como uma ave gigante, numa visão aérea, num sentimento de coragem e liberdade, mas conserve o seu ninho, pois, precisa dele. Todos temos os nossos momentos, mas não se atormente por muito tempo, como um chato e rezinga, numa amargura que contamina sorrisos e dá obstáculos! Mais do que isso…afasta os que nos possam querer bem. Faça uma terapia de autoconhecimento e sinta admiração pelo que é, pela sua história! Apaixone-se por si e volte de novo à vida. Foi gerado e nasceu para isso, e não apenas para sobreviver! Liberte-se da sobrevivência e permita-se viver! A alegria é uma consequência natural, quando nos permitimos a tê-la. A procuramos! Não deixe nada para “amanhã”, porque, o amanhã, ninguém sabe se existirá. O momento é agora! Seja responsável pela sua vida. É necessário e insubstituível nela, portanto, receba a sua vida e viva-a da melhor maneira possível, respeitando sempre três regras básicas: RESPEITO A SI MESMO, RESPEITO AO OUTRO e RESPONSABILIDADE!
Já agora, com um sorriso!

“Cur veteranus dux, fortissimus bello, compressis manibus sedeas?”[Tito Lívio, Ab Urbe Condita 7.13.7] Porque tu, que és um comandante experiente, tão valente na luta, permaneces de braços cruzados?

Sem comentários: