Quando andava na escola primária, o meu professor dizia que as redacções devem ter um princípio, meio e fim!
Foi assim que fui educado a escrever. Só que observo que, nos dias de hoje, escreve-se o princípio e o fim. Deixou de haver o meio!
Muitas vezes, oiço dizer, que o fim justifica os meios! Ou o que importa são os objectivos e esses estão no fim!
Não podemos retirar uma frase e dar-lhe um fim! O fim que cada um pretende!
Eu sei que é difícil ser-se isento, e que esta virtude, a isenção, poucos a têm, até porque, a inveja corrói muita gente.
Num blogue do burgo de Oeiras, diz-se:
“Especialista refere desconhecimento quanto à proveniência de dinheiro””Lígia Vieira da Silva, especialista do Núcleo Assessoria Técnica (NAT) da Procuradoria-Geral da Republica (PGR), foi hoje ao Tribunal de Sintra dizer que o dinheiro em numerário envolvido nos negócios de Isaltino Morais «não era compatível com as declarações de rendimentos» “ (sic)
Qual é o objectivo ou o fim do modo como é escrita a noticia?
Em primeiro lugar, foi Isaltino Morais que disse em primeira mão, em Tribunal, que o dinheiro existente, resultante de saldos de campanhas eleitorais era depositado nas suas contas. Portanto, não se vislumbra qual a novidade do testemunho e o que se pretende enfatizar na notícia. Deve ter um fim e, uma vez mais, não foi explicado o que estava no meio, isto é, as declarações já prestadas por Isaltino Morais.
Em segundo lugar, o dinheiro, na sua totalidade, não era resultado de envolvimento nos “negócios”, como explicou, Isaltino Morais. Mas, ao escrever-se “negócios”, pretende-se alcançar um fim, no mínimo pejorativo!
Em terceiro lugar, a notícia não diz, que a testemunha desconhecia, que Isaltino Morais já tinha pago impostos sobre esse dinheiro. Mera omissão, mas que dá jeito omitir porque, de outro modo, retirava a “carga” negativa que se pretende com a notícia.
Por último, também a noticia, não disse que se tinha limitado a somar as verbas indicadas pelo MP. Ora, para somar, não era necessário um especialista…havia algo mais a fazer do que somar! Havia, também, que subtrair. Mas, neste caso, o resultado, ou seja o fim, já não era o mesmo, pelo menos, na comunicação social. Muito menos no “blogue” cá do burgo!
Peço que me perdoem, mas deste modo, passamos a ter uma notícia com princípio meio e fim! Aqui vai:
”Lígia Vieira da Silva, especialista do Núcleo Assessoria Técnica (NAT) da Procuradoria-Geral da Republica (PGR), foi hoje ao Tribunal de Sintra dizer que o dinheiro em numerário depositado nas contas de Isaltino Morais «não era compatível com as declarações de rendimentos», tal como já tinha sido declarado por Isaltino Morais, resultando, em parte, dos saldos de campanhas eleitorais, afirmando ainda, a especialista, que desconhecia, que Isaltino Morais, já tinha pago impostos sobre esse dinheiro."
“Virtutem saepe laudamus, raro colimus.” Louvamos a virtude com freqüência, raramente a praticamos. ■A virtude tem muitos pregadores, mas poucos mártires.
Foi assim que fui educado a escrever. Só que observo que, nos dias de hoje, escreve-se o princípio e o fim. Deixou de haver o meio!
Muitas vezes, oiço dizer, que o fim justifica os meios! Ou o que importa são os objectivos e esses estão no fim!
Não podemos retirar uma frase e dar-lhe um fim! O fim que cada um pretende!
Eu sei que é difícil ser-se isento, e que esta virtude, a isenção, poucos a têm, até porque, a inveja corrói muita gente.
Num blogue do burgo de Oeiras, diz-se:
“Especialista refere desconhecimento quanto à proveniência de dinheiro””Lígia Vieira da Silva, especialista do Núcleo Assessoria Técnica (NAT) da Procuradoria-Geral da Republica (PGR), foi hoje ao Tribunal de Sintra dizer que o dinheiro em numerário envolvido nos negócios de Isaltino Morais «não era compatível com as declarações de rendimentos» “ (sic)
Qual é o objectivo ou o fim do modo como é escrita a noticia?
Em primeiro lugar, foi Isaltino Morais que disse em primeira mão, em Tribunal, que o dinheiro existente, resultante de saldos de campanhas eleitorais era depositado nas suas contas. Portanto, não se vislumbra qual a novidade do testemunho e o que se pretende enfatizar na notícia. Deve ter um fim e, uma vez mais, não foi explicado o que estava no meio, isto é, as declarações já prestadas por Isaltino Morais.
Em segundo lugar, o dinheiro, na sua totalidade, não era resultado de envolvimento nos “negócios”, como explicou, Isaltino Morais. Mas, ao escrever-se “negócios”, pretende-se alcançar um fim, no mínimo pejorativo!
Em terceiro lugar, a notícia não diz, que a testemunha desconhecia, que Isaltino Morais já tinha pago impostos sobre esse dinheiro. Mera omissão, mas que dá jeito omitir porque, de outro modo, retirava a “carga” negativa que se pretende com a notícia.
Por último, também a noticia, não disse que se tinha limitado a somar as verbas indicadas pelo MP. Ora, para somar, não era necessário um especialista…havia algo mais a fazer do que somar! Havia, também, que subtrair. Mas, neste caso, o resultado, ou seja o fim, já não era o mesmo, pelo menos, na comunicação social. Muito menos no “blogue” cá do burgo!
Peço que me perdoem, mas deste modo, passamos a ter uma notícia com princípio meio e fim! Aqui vai:
”Lígia Vieira da Silva, especialista do Núcleo Assessoria Técnica (NAT) da Procuradoria-Geral da Republica (PGR), foi hoje ao Tribunal de Sintra dizer que o dinheiro em numerário depositado nas contas de Isaltino Morais «não era compatível com as declarações de rendimentos», tal como já tinha sido declarado por Isaltino Morais, resultando, em parte, dos saldos de campanhas eleitorais, afirmando ainda, a especialista, que desconhecia, que Isaltino Morais, já tinha pago impostos sobre esse dinheiro."
“Virtutem saepe laudamus, raro colimus.” Louvamos a virtude com freqüência, raramente a praticamos. ■A virtude tem muitos pregadores, mas poucos mártires.
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