Diz-se que a mentira tem pernas curtas porque sabemos que ela não costuma ir muito longe. Cedo ou tarde, ela vacila, tropeça e acaba sendo alcançada pela verdade. Isso acontece por, pelo menos, dois motivos: primeiro, porque quando mentimos fazemos mais esforço do que quando dizemos a verdade, em função do dilema moral envolvido na questão, ainda que inconsciente. Segundo, porque quando precisa ser repetida, a mentira perde força, sendo contaminada por fragmentos da verdade ou por outra mentira, pois sua base não é a realidade, e sim a ficção.
Mentir significa “inventar” uma verdade que não existe, e não “relatar” a verdade como ela é. A mentira começa com a pessoa, a verdade é anterior a ela. Quando mentimos criamos uma realidade que não se baseia em nenhum outro facto, a não ser a nossa própria criatividade, o que não é suficiente para sustentar o que foi dito, caso o assunto não se esgote rapidamente. O candidato a um emprego que mente sobre sua experiência e qualificações será desmascarado pela inconsistência do currículo ou pela incapacidade de atender às expectativas que criou.
O filho que invoca a doença de um pai ou de uma mãe, para escamotear um outro problema e que na maioria das vezes, não é um problema. É uma mentira onde se procura encontrar nos outros, a piedade. E mente-se porque sabemos que não é um problema e que o nosso comportamento não é o adequado e que ninguém poderá desculpar esse mesmo comportamento. E por aí fora. Factos que demonstram o insustentável peso da mentira podem ser colhidos em quantidade na história de vida de quase todas as pessoas – de adolescentes a presidentes da república.
Mas, afinal, por que mentimos, se todos sabemos que existe a possibilidade de sermos desmascarados mais cedo ou mais tarde? Que força é essa que nos impele a não sermos sempre fiéis aos factos? Há mentiras justificadas ou não? A verdade, doa a quem doer, sempre é a melhor opção?
Uma coisa é verdade, a percepção que temos dos factos, e a mentira grande ou pequena, danosa ou inconsequente, piedosa ou maldosa, sempre será uma mentira e, como tal, poderá ferir alguém.
E grave, grave, é quando utilizamos a mentira, com quem na realidade nos ama e nos quer bem, na procura de satisfazer algo que é unicamente o nosso querer, num egoísmo desenfreado, numa atitude egocêntrica, na procura de “felicidades” e “prazeres”, ou que não existem ou que são sempre muito efémeros, e que sabemos, interiormente que são uma falácia. Nestas condições, além da mentira, somos cegos. Direi mais, somos sádicos, porque sabemos que estamos a ferir, a magoar, a dilacerar, aqueles que, ao fim e ao cabo, são os únicos que nos protegem e nos querem bem.
Sim, porque cego, cego, é aquele que não quer ver!
Mentir significa “inventar” uma verdade que não existe, e não “relatar” a verdade como ela é. A mentira começa com a pessoa, a verdade é anterior a ela. Quando mentimos criamos uma realidade que não se baseia em nenhum outro facto, a não ser a nossa própria criatividade, o que não é suficiente para sustentar o que foi dito, caso o assunto não se esgote rapidamente. O candidato a um emprego que mente sobre sua experiência e qualificações será desmascarado pela inconsistência do currículo ou pela incapacidade de atender às expectativas que criou.
O filho que invoca a doença de um pai ou de uma mãe, para escamotear um outro problema e que na maioria das vezes, não é um problema. É uma mentira onde se procura encontrar nos outros, a piedade. E mente-se porque sabemos que não é um problema e que o nosso comportamento não é o adequado e que ninguém poderá desculpar esse mesmo comportamento. E por aí fora. Factos que demonstram o insustentável peso da mentira podem ser colhidos em quantidade na história de vida de quase todas as pessoas – de adolescentes a presidentes da república.
Mas, afinal, por que mentimos, se todos sabemos que existe a possibilidade de sermos desmascarados mais cedo ou mais tarde? Que força é essa que nos impele a não sermos sempre fiéis aos factos? Há mentiras justificadas ou não? A verdade, doa a quem doer, sempre é a melhor opção?
Uma coisa é verdade, a percepção que temos dos factos, e a mentira grande ou pequena, danosa ou inconsequente, piedosa ou maldosa, sempre será uma mentira e, como tal, poderá ferir alguém.
E grave, grave, é quando utilizamos a mentira, com quem na realidade nos ama e nos quer bem, na procura de satisfazer algo que é unicamente o nosso querer, num egoísmo desenfreado, numa atitude egocêntrica, na procura de “felicidades” e “prazeres”, ou que não existem ou que são sempre muito efémeros, e que sabemos, interiormente que são uma falácia. Nestas condições, além da mentira, somos cegos. Direi mais, somos sádicos, porque sabemos que estamos a ferir, a magoar, a dilacerar, aqueles que, ao fim e ao cabo, são os únicos que nos protegem e nos querem bem.
Sim, porque cego, cego, é aquele que não quer ver!
"Certum voto pete finem." [Horácio, Epistulae 1.2.56] Põe um limite certo a teu desejo.
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