Diria Pascal,
Blaise, que o
“Silêncio é o maior dos martírios; nunca os santos se calaram”.
No meu
entendimento o silêncio é uma arte. É preciso ser-se tolerante para se viver em
silêncio, porque os gritos e clamores podem ser estrangulados, mas ninguém
consegue vingar-se do silêncio.
Fui treinado a
estar em silêncio. Ensinaram-me que apenas o silêncio é grande, que tudo o mais
é debilidade. Não que eu queira ser forte, onde outros possam ser débeis. Mas,
eu próprio me sinto melhor e capaz quando estou em silêncio. Já houve alguém,
que muito considero, que me disse que eu era “low profile”. Ainda bem e
obrigado. Para mim é um elogio. Porque, quando se fala, é preciso que antes
possamos ter a capacidade de reflectir, e esse, é um dom pouco exercitado por
cada um de nós.
E que melhor do
que o silêncio para reflectir?
Quantas vezes
não sentem a necessidade de reflectir? Mas, a falta do silêncio, compromete,
muitas das vezes, a possibilidade de reflectirmos, a perguntas básicas, como…” Quem somos, para onde vamos e qual será o nosso destino.”?
Pensamos que a
vida é o material e que a espiritualidade se pode comprar como quem compra uns
ténis, em qualquer sapataria de um, qualquer, centro comercial. Mas, deixo isso
à consideração de cada um. Desde que o homem descobriu a necessidade da
existência dos
“deuses”, encontrou a espiritualidade. Deixou
de caçar e passou a trabalhar para o seu sustento, enquanto, nos seus momentos
de descanso, se dedicava a alimentar, a sua alma.
Por último, se
nada disto for o resultado de se estar em silêncio, este, também, pode ser,
como disse
“Séneca”, que "Os
desgostos da vida ensinam a arte do silêncio."
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