terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O PODER NO FEMININO

Eventualmente, para quem não tiver bom sentido autocrítico, estas linhas, que vamos escrever, não serão muito apreciadas, especialmente, pelo sexo feminino.
É costumeiro dizer-se que,” por de trás de um grande homem, está uma grande mulher”. Nos últimos anos, e porque este modo de nos exprimirmos, ficou ultrapassado, diz-se que,
“ao lado de um grande homem está uma grande mulher”.
Eu diria mais, que actualmente, também, atrás, ao lado, como quiserem, de uma grande mulher, está um grande homem.
Isto é verdade, para o bom e para o mau…porque nem sempre, as mulheres estão atrás ou ao lado de um “grande” homem, por boas razões.
Podemos encontrar “Suha Arafat”, ao lado de Yasser Arafat. Aqui como se trata de um país árabe, por tradição, pode-se afirmar que é atrás de Arafat. Outro “grande” homem é Zine el Abidine ben Ali, que tem atrás de si, outra grande mulher
“Leila Trabelsi”.
Já nas Filipinas, Ferdinand Marcos, tinha atrás de si, a não menos controversa, “Imelda Marcos”. Indo até África, começando pelo Ruanda, de triste memória, atrás de Juvenal Hayarimana, encontramos, outra “grande” mulher “Agathe Habiarimana”. Descendo um pouco, indo ao Zimbabwe, encontramos a senhora “Grace Mugabe”, mulher de Robert Mugabe.
E quem não se recorda ou no mínimo ouviu histórias sobre o Chile? Ao lado de Augusto Pinochet, tínhamos a sua mulher,
“Lucía Hiriart”.
Várias foram as primeiras damas, de um presidente ou de um ditador, que queriam mandar ou se perderam em luxos, enquanto o “seu” povo, se arrasta ou arrastava, pelos caminhos da miséria. Ao longo dos anos, estas adquiriram o poder de fazer e desfazer governos, erguer exércitos ou guardarem as chaves dos tesouros. Que “anjos”, ou as tais “muletas” que acompanharam os seus maridos, na sombra, ocupando ao fim e ao cabo, um papel importante algumas das vezes tenebroso, na sombra dos mesmos. Um dos exemplos trata-se de “Simone Gbagbo”, mulher de Laurent Gbagbo, presidente da Costa do Marfim. Esta é das pessoas que mais tem incentivado Laurent, a resistir às pressões da comunidade internacional para deixar o poder. É suspeita de violação dos direitos humanos durante a guerra civil e de ter ligações ao esquadrão da morte.
Em resumo, diria que há homens e homens, e mulheres e mulheres. Do mesmo modo que as mesmas devem estar ao lado dos homens, também devem prescindir dos privilégios antigos.
Cada vez mais, temos de falar de pessoas, deixando de as distinguir, quer pelo seu género quer por qualquer outro motivo. Há bons e maus caracteres. E, esses são qualidades ou defeitos de homens e mulheres.
Ao fim e ao cabo somos todos iguais! Às vezes é uma questão de poder!
“Mulierem barbatam eminus esse salutandam.” Mulher barbada de longe deve ser saudada.

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