terça-feira, 23 de novembro de 2010

PORTUGAL NÃO PRECISA DE AJUDA

Minha rica, mãezinha. Que saudades que tinha. Esta coisa da NATO deixou-me completamente extenuado. A correr de um lado para o outro. Mas viste que não se falou de outra coisa, senão de Portugal e a sua capacidade de vender “capacetes anti -míssil”.
Parece que até em Oeiras se fez um novo bolo com o nome de Obama. Fantástico. Um dia destes tenho de pedir ao Marco que me leve até essa pastelaria, pois não posso deixar de “comer” um Obama.
O quê? O António Costa fez aquela cena de não dar tolerância de ponto em Lisboa? Oh, mãezinha…essa foi mais uma cena daquele mariola. Também se está a perfilar para a corrida, como se eu fosse desistir da mesma. Vão ter que me aguentar.
Portugal não precisa de ajuda, graças a mim e ao meu governo. Foram estes seis anos de governação que fizeram com que o país não necessitasse de ajuda. Contrariamente à Irlanda. E não sou eu que o digo, é o actual e futuro Presidente de todos os portugueses.
Sim, mãezinha, o Pateta não tem hipóteses. De outro modo eu não andava tão sossegado com o Aníbal. Ora essa!
Mas, quem é que se anda a colocar em posição para comprar divida pública portuguesa é Timor, depois de Angola e dos Chineses? Oh, mãezinha! Eles compram porque querem. Porque sabem que isto é um bom investimento. Acreditas que de outro modo as coisas eram assim? Não, mãezinha! Eles compram dívida portuguesa, porque têm a certeza que nós não precisamos de ajuda e que vamos pagar esta coisa, continuando a contrair mais empréstimos. Oh, mãezinha…isto é como o cartão de crédito. Quando acaba o limite de crédito num cartão, nós começamos a utilizar o outro cartão. Ah, os juros? Não te preocupes. Isso é para ir pagando, também. Como? Oh, mãezinha, com mais impostos, é claro. Como é que estavas a pensar que era? A vender Magalhães, não? Não me faças rir.
Fizemos aquela treta da demagogia de cortar 5% nos gestores públicos. Agora, vai toda a malta levar com a redução no ordenado. E o resto das medidas? Mãezinha, nem te vou, nesta cartinha de família, explicar a marmelada que vai dar. Mas não pode ser de outra maneira. É assim, que Portugal não precisa de ajuda.
Quando formos ao fundo é sem ajuda! A ajuda é precisa é depois. Depois, do país estar no fundo. Vai para mais de seis anos que desgoverno esta trampa e ainda não entendem nada do que eu digo?
Beijinhos mãezinha. Vou ver se como um “Obama.”

PS: Não te preocupes com os “doces” que eu como. A correr desta maneira, dou cabo dos açúcares todos. Nem no dia 24 eles me põem azedo.

"Crebro ignoscendo facies de stulto improbum." [Publílio Siro] Perdoando sempre, de um tolo farás um mau-caráter.

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