A Implantação da República Portuguesa foi o resultado de um golpe de estado organizado pelo Partido Republicano Português que, no dia 5 de outubro de 1910, destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal.
A subjugação do país aos interesses coloniais britânicos da família real, o poder da igreja, a instabilidade política e social, o sistema de alternância de dois partidos no poder (os progressistas e os regeneradores), a ditadura de João Franco a aparente incapacidade de acompanhar a evolução dos tempos e se adaptar à modernidade — tudo contribuiu para um inexorável processo de erosão da monarquia portuguesa do qual os defensores da república, particularmente o Partido Republicano, souberam tirar o melhor proveito. Por contraponto, a república apresentava-se como a única capaz de devolver ao país o prestígio perdido e colocar Portugal na senda do progresso.
Após a relutância do exército em combater os cerca de dois mil soldados e marinheiros revoltosos entre 3 e 4 de outubro de 1910, a República foi proclamada às 9 horas da manhã do dia seguinte da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa. Após a revolução, um governo provisório chefiado por Teófilo Braga dirigiu os destinos do país até à aprovação da Constituição de 1911 que deu início à Primeira República. Entre outras mudanças, com a implantação da república, foram substituídos os símbolos nacionais: o hino nacional e a bandeira.
Estamos a comemorar os cem anos da República e a questão que se coloca é se o país, não estaria, no mesmo estádio de desenvolvimento, se não houvesse república.
Os ideias da República, segundo Eça de Queiróz, eram que o pensamento e a ciência são republicanos, porque o génio criador vive de liberdade e só a República pode ser verdadeiramente livre [...]. O trabalho e a indústria são republicanos, porque a actividade criadora quer segurança e estabilidade e só a República [...] é estável e segura [...]. A República é, no Estado, liberdade [...]; na indústria, produção; no trabalho, segurança; na nação, força e independência. Para todos, riqueza; para todos, igualdade; para todos, luz."
Durante anos foi a confusão do período, hoje designado, como da primeira república. Havia liberdade? Havia segurança e estabilidade? O país era independente? Havia riqueza para todos, igualdade?
Percorremos 48 anos de isolamento político, num período que alguns não consideram republicano. Mas, depois do 25 de Abril de 1974, segundo os mesmos, estamos no período da segunda República.
Que pensaria Eça de Queiroz? Que somos um país em que existe uma actividade criadora, onde existe segurança e estabilidade? Somos independentes? Qual o conceito de independência?
Uma coisa, eu tenho a certeza! É que não há riqueza para todos, só para alguns e igualdade, muito menos, embora se tenham criado as “novas oportunidades”.
Sou bem levado a crer que o problema do desenvolvimento de um país e de um povo, não está na República, como se calhar não está na monarquia. Está no próprio povo!
Mas já que estamos numa República que faz cem anos, viva a República e melhor sorte para este povo que tem de mudar o seu comportamento perante as necessidades nacionais, se almeja um dia ter segurança, estabilidade, ser independente, se valer a pena, e que haja riqueza, pelo menos para os que trabalham e as mesmas oportunidades para se ter igualdade.
“Res inter alios acta aliis nocere non potest.” O negócio feito entre uns, não pode prejudicar a outros.
A subjugação do país aos interesses coloniais britânicos da família real, o poder da igreja, a instabilidade política e social, o sistema de alternância de dois partidos no poder (os progressistas e os regeneradores), a ditadura de João Franco a aparente incapacidade de acompanhar a evolução dos tempos e se adaptar à modernidade — tudo contribuiu para um inexorável processo de erosão da monarquia portuguesa do qual os defensores da república, particularmente o Partido Republicano, souberam tirar o melhor proveito. Por contraponto, a república apresentava-se como a única capaz de devolver ao país o prestígio perdido e colocar Portugal na senda do progresso.
Após a relutância do exército em combater os cerca de dois mil soldados e marinheiros revoltosos entre 3 e 4 de outubro de 1910, a República foi proclamada às 9 horas da manhã do dia seguinte da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa. Após a revolução, um governo provisório chefiado por Teófilo Braga dirigiu os destinos do país até à aprovação da Constituição de 1911 que deu início à Primeira República. Entre outras mudanças, com a implantação da república, foram substituídos os símbolos nacionais: o hino nacional e a bandeira.
Estamos a comemorar os cem anos da República e a questão que se coloca é se o país, não estaria, no mesmo estádio de desenvolvimento, se não houvesse república.
Os ideias da República, segundo Eça de Queiróz, eram que o pensamento e a ciência são republicanos, porque o génio criador vive de liberdade e só a República pode ser verdadeiramente livre [...]. O trabalho e a indústria são republicanos, porque a actividade criadora quer segurança e estabilidade e só a República [...] é estável e segura [...]. A República é, no Estado, liberdade [...]; na indústria, produção; no trabalho, segurança; na nação, força e independência. Para todos, riqueza; para todos, igualdade; para todos, luz."
Durante anos foi a confusão do período, hoje designado, como da primeira república. Havia liberdade? Havia segurança e estabilidade? O país era independente? Havia riqueza para todos, igualdade?
Percorremos 48 anos de isolamento político, num período que alguns não consideram republicano. Mas, depois do 25 de Abril de 1974, segundo os mesmos, estamos no período da segunda República.
Que pensaria Eça de Queiroz? Que somos um país em que existe uma actividade criadora, onde existe segurança e estabilidade? Somos independentes? Qual o conceito de independência?
Uma coisa, eu tenho a certeza! É que não há riqueza para todos, só para alguns e igualdade, muito menos, embora se tenham criado as “novas oportunidades”.
Sou bem levado a crer que o problema do desenvolvimento de um país e de um povo, não está na República, como se calhar não está na monarquia. Está no próprio povo!
Mas já que estamos numa República que faz cem anos, viva a República e melhor sorte para este povo que tem de mudar o seu comportamento perante as necessidades nacionais, se almeja um dia ter segurança, estabilidade, ser independente, se valer a pena, e que haja riqueza, pelo menos para os que trabalham e as mesmas oportunidades para se ter igualdade.
“Res inter alios acta aliis nocere non potest.” O negócio feito entre uns, não pode prejudicar a outros.
Sem comentários:
Enviar um comentário