Mãezinha. Espero que esteja tudo bem contigo. Depois de almoço, estive a fumar um cigarrito e pus-me a pensar…O quê? Já devia ter deixado de fumar? Também tu, mãezinha? É só depois das refeições. Não te preocupes.
Mas veio-me à memória, enquanto dava umas “passas”, daquele grande discurso que fiz em 2005. Lembras-te, mãezinha?
Dizia eu…” Conseguimos. Conseguimos. A partir de hoje há, em Portugal, uma nova maioria e uma nova esperança”. Pois é, mê filho…que esperança! Deste, foi cabo desta porcaria toda! Já não há ponta por onde se pegue. Ainda me lembro, mê filho que disseste que “esta maioria não é apenas uma maioria de protesto é uma maioria para construir um projecto novo.” Mas que raio de projecto tinhas tu? É que eu lembro-me de dizeres, “que a maioria alcançada era uma alternativa, de uma ambição e de uma vontade de mudança em Portugal”. Nisso tu conseguiste, mê filho. Deste cabo do resto da Educação. Não deste? Até fechaste a Independente, onde se formavam grandes engenheiros. Ou estás esquecido? Na economia e nas finanças, levaste esta porcaria do país, à banca rota. Os juros continuam a subir e como diz o Pedro, estamos a aproximar-nos da Grécia. O que significa que nos vamos ver “gregos”. Ou não?
Mas foi lindo o discurso, principalmente, quando disseste para os dez milhões de portugueses que “O meu desejo é colocar esta vitória ao serviço dos portugueses, ao serviço de todos os portugueses. Em democracia há vencidos e vencedores mas não há excluídos. O P.S. não governará contra ninguém. Mas governará por todos e para todos como é o seu dever.” Não foi bem assim que tu fizeste. Tramaste a malta nas reformas, mas por outro lado, andaste a dar dinheiro à banca, a rodos, para eles depois emprestarem ao pessoal a juros cada vez mais elevados. Ou não foi?
Mê filho! Tu, às vezes, pareces que esqueces as coisas. Senão for a tua mãezinha a lembrar-te, pões esse ar de político e assobias para o lado.
Agora, quando tu disseste no teu discurso que “o meu desejo é que esta vitória sirva para restaurar a confiança. A confiança na nossa economia, a confiança nas nossas instituições, a confiança nos portugueses, a confiança no futuro de Portugal. Já é tempo de vencermos o pessimismo a descrença e a desilusão. Os novos tempos são tempos de esperança.”
Aqui, é que borraste a escrita, toda. Então, não me digas que a malta está com mais confiança? Com confiança na economia, com confiança nas instituições e com confiança no futuro de Portugal?
Deixa-te disso. Nunca mais voltes a prometer, aquilo que sabes que não podes, nem sabes cumprir. Quem é que acredita na economia? O desemprego está à vista, ou não? Quem é que acredita nas instituições? Os Tribunais estão à vista.Ou a justiça está bem? Não me digas que estás como o Ministro? E o ensino?
Mê filho, depois deste discurso, em que começaste por “Conseguimos”, faz, agora, uma pausa e diz, “ Desistimos”. Isto não tem futuro, porque tem um povo mandrião e aldrabão, useiro e vezeiro em aldrabices, desde o fugir ao IRS, passando pela falsificação de diplomas, até à moedinha no parque de estacionamento. É um povo que não sabe viver, senão, de “golpadas”. E enquanto, assim for, qualquer político serve, até tu, mê filho!
PS: Mê filho, não fiques zangado comigo, mas até eu, estou um pouco cansada disto. Mas, como mãe é mãe, continuo a gostar muito de ti, mesmo que só faças asneiras e digas calinadas.
Não, mãezinha. Não fico zangado, porque sei que tu, mais os portugueses, gostam todos muito de mim. Talvez tenhas razão, só que não posso dar o braço a torcer, não vá algum jornalista apanhar esta carta e depois, pimba. É um regabofe nos jornais.
Já estou a ver, em caixa alta: “ O ZÉ NÃO É O QUE É”.
Mãezinha, esta carta já vai longa, e eu tenho, ainda, umas coisitas para fazer, antes do fim-de-semana. Recebe beijinhos deste tê filho que nunca desiste…
“Post amara dulcia.” [Divisa] Depois do amargo, o doce. ■Depois do purgatório, a redenção.
Mas veio-me à memória, enquanto dava umas “passas”, daquele grande discurso que fiz em 2005. Lembras-te, mãezinha?
Dizia eu…” Conseguimos. Conseguimos. A partir de hoje há, em Portugal, uma nova maioria e uma nova esperança”. Pois é, mê filho…que esperança! Deste, foi cabo desta porcaria toda! Já não há ponta por onde se pegue. Ainda me lembro, mê filho que disseste que “esta maioria não é apenas uma maioria de protesto é uma maioria para construir um projecto novo.” Mas que raio de projecto tinhas tu? É que eu lembro-me de dizeres, “que a maioria alcançada era uma alternativa, de uma ambição e de uma vontade de mudança em Portugal”. Nisso tu conseguiste, mê filho. Deste cabo do resto da Educação. Não deste? Até fechaste a Independente, onde se formavam grandes engenheiros. Ou estás esquecido? Na economia e nas finanças, levaste esta porcaria do país, à banca rota. Os juros continuam a subir e como diz o Pedro, estamos a aproximar-nos da Grécia. O que significa que nos vamos ver “gregos”. Ou não?
Mas foi lindo o discurso, principalmente, quando disseste para os dez milhões de portugueses que “O meu desejo é colocar esta vitória ao serviço dos portugueses, ao serviço de todos os portugueses. Em democracia há vencidos e vencedores mas não há excluídos. O P.S. não governará contra ninguém. Mas governará por todos e para todos como é o seu dever.” Não foi bem assim que tu fizeste. Tramaste a malta nas reformas, mas por outro lado, andaste a dar dinheiro à banca, a rodos, para eles depois emprestarem ao pessoal a juros cada vez mais elevados. Ou não foi?
Mê filho! Tu, às vezes, pareces que esqueces as coisas. Senão for a tua mãezinha a lembrar-te, pões esse ar de político e assobias para o lado.
Agora, quando tu disseste no teu discurso que “o meu desejo é que esta vitória sirva para restaurar a confiança. A confiança na nossa economia, a confiança nas nossas instituições, a confiança nos portugueses, a confiança no futuro de Portugal. Já é tempo de vencermos o pessimismo a descrença e a desilusão. Os novos tempos são tempos de esperança.”
Aqui, é que borraste a escrita, toda. Então, não me digas que a malta está com mais confiança? Com confiança na economia, com confiança nas instituições e com confiança no futuro de Portugal?
Deixa-te disso. Nunca mais voltes a prometer, aquilo que sabes que não podes, nem sabes cumprir. Quem é que acredita na economia? O desemprego está à vista, ou não? Quem é que acredita nas instituições? Os Tribunais estão à vista.Ou a justiça está bem? Não me digas que estás como o Ministro? E o ensino?
Mê filho, depois deste discurso, em que começaste por “Conseguimos”, faz, agora, uma pausa e diz, “ Desistimos”. Isto não tem futuro, porque tem um povo mandrião e aldrabão, useiro e vezeiro em aldrabices, desde o fugir ao IRS, passando pela falsificação de diplomas, até à moedinha no parque de estacionamento. É um povo que não sabe viver, senão, de “golpadas”. E enquanto, assim for, qualquer político serve, até tu, mê filho!
PS: Mê filho, não fiques zangado comigo, mas até eu, estou um pouco cansada disto. Mas, como mãe é mãe, continuo a gostar muito de ti, mesmo que só faças asneiras e digas calinadas.
Não, mãezinha. Não fico zangado, porque sei que tu, mais os portugueses, gostam todos muito de mim. Talvez tenhas razão, só que não posso dar o braço a torcer, não vá algum jornalista apanhar esta carta e depois, pimba. É um regabofe nos jornais.
Já estou a ver, em caixa alta: “ O ZÉ NÃO É O QUE É”.
Mãezinha, esta carta já vai longa, e eu tenho, ainda, umas coisitas para fazer, antes do fim-de-semana. Recebe beijinhos deste tê filho que nunca desiste…
“Post amara dulcia.” [Divisa] Depois do amargo, o doce. ■Depois do purgatório, a redenção.
2 comentários:
Está fantástico.Parabéns!
O último a sair que apague as luzes, mas infelizmente já não há luzes.
Triste realidade de um País de LUNÁTICOS.
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