domingo, 27 de dezembro de 2009

UMA MÃE PERDOA SEMPRE

Mê rico filho!
Vi-te na televisão, a dar os cumprimentos de Natal, ao Sr. Presidente. Mas achei estranho não teres falado da colaboração institucional que era teu apanágio, nos últimos cinco Natais.
Eu compreendo! Escusas de dizer. Eu sei que tens que criar algum mal-estar, para depois apoiares o Senhor às eleições, pois não vais ter alternativa dentro do partido. O Alegre não te larga e sinceramente, não te estou a ver a trabalhar com ele.
Então é que era o fim da macacada.
Já nesta altura, sabe Deus o que tu não tens de aguentar, com essa malta.
O teu caminho para o socialismo, nem ao Hugo Chavez passava pela cabeça.
Desorçamentar, com a criação de empresas do Estado foi uma ideia genial. Socialismo sem contar para o défice orçamental.
Agora, o Guilherme, é que anda a tramar-te a vida, com as negas às parcerias pública - privadas. Não há direito. Aquelas barragens que eram essenciais para aumentar em 3% a produção eléctrica nacional e que iriam criar emprego a rodos, é o que o Cavaco chamaria forças de “bloqueio”.
Mas ele já não é do teu partido? Olha! Só te digo é que com amigos assim, não precisas de ter inimigos.
Então, eles não ouvem as tuas intervenções? Não sabem que o futuro do país está no investimento megalómano do Estado?
Às vezes ponho-me a pensar para que é que andei a criar um filho. És um incompreendido. É o que é!
Não te preocupes com os robalos, pois passei a consoada, como tu disseste, com um prato de bacalhau, bem regado com aquele azeite lá da herdade do teu amigo. Uma maravilha.
Depois, os meus olhinhos até brilharam, com as fatias doiradas.
Agora, mandares-me jogar os joguinhos do Magalhães é que não. Às vezes, esqueceste que sou tua mãe, não é mê filho?
Uma mãe perdoa sempre, mesmo quando os filhos são como tu! Agora, o país é que já não sei.
Agora resta-me, desejar-te Boas Festas e não desanimes. Não vale a pena dramatizares dessa maneira.

“Pars maxima fere hominum habent hunc morem: quod sibi volunt, dum id impetrant, sunt boni; sed id ubi penes iam sese habent, ex bonis pessimi et fraudulentissimi fiunt.” [Plauto, Captivi 165] A maior parte dos homens tem esta característica: enquanto tentam obter o que querem, são virtuosos; mas quando já o têm para si, de bons se tornam

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