“Estávamos na 1.ª República e assistia-se a uma desordem financeira. Um aumento colossal e crónico do défice, a que se juntava uma máquina do Estado ineficiente, gastadora e perdulária – desde os serviços centrais até às colónias, passando pelas autarquias”.
Não me parece que estejamos na 1.ª República, mas segundo uns na 2.ª República, segundo outros, na 3.ª República.
Tanto faz, desde que nos consigamos situar no tempo. E “mutatis mutantis”, o tempo mudou, mas os problemas são os mesmos.
Continuamos a viver uma desordem financeira, com um aumento colossal e crónico do défice, em que felizmente, em mais de 90% é só responsável o Estado central.
Estado central, gastador e perdulário. Que teima nos grandes investimentos do Estado, como se a solução do país passasse por aí.
Somos hoje, um país cuja máquina produtiva de bens transaccionáveis se encontra destruída. Desde a agricultura, às pescas, porque durante uns anos houve uma classe de políticos que diziam a toda a hora, que o futuro do país passava pelos serviços, em boa parte o turismo e pelos rebanhos de ovelhas no Alentejo.
O resultado está à vista.
Como se não bastasse, temos assistido à gestão do poder por dois partidos que, ora são governo ou oposição, mas enquanto governo, os seus actos de gestão, não têm relação nem com os programas de governo, nem com os programas partidários, muito menos com as exigências do país.
Podemos tirar como conclusão, que ao fim de trinta e cinco anos de alternativa partidária, na governação do país, estes fracassaram e que apregoar como solução do problema nacional em que nos encontramos, que o mesmo passa pelos partidos, não oferece o mínimo de garantia. E penso que chega de experiências.
Os partidos, formaram-se à volta de pessoas, de interesses mesquinhos e de certos apetites e têm, hoje, como única finalidade, servir esses interesses e apetites.
Ora, é essa mentalidade partidária que tem de acabar, se queremos entrar num período de renovação.
Acabem com essas ideias peregrinas de procurar encontrar ideologias, em congressos e fóruns, dos quais não sai absolutamente nada, a não ser a passagem de modelos, de egocentrismos, dos portadores dos referidos interesses e apetites, que são antagónicos com a necessidade de encontrar o caminho que o país perdeu.
Os partidos corrompem, desvirtuam o poder e deformam a visão dos problemas. E o que fica em causa é a utilização dos valores do país para o bem comum. Que o digam os milhares de portugueses que vivem no limiar da pobreza e os mais de seiscentos mil desempregados que o país tem, e que não se resolvem com ladainhas de estágios e outras soluções de marketing.
Tanto faz ser a primeira, ser a segunda ou a terceira república que a “merda” é a mesma.
“Riparum usus publicus est iure gentium, sicut ipsius fluminis.” [Digesta 1.8.5] De acordo com o direito das gentes, o uso das margens do rio é público, da mesma maneira que o do próprio rio.
Não me parece que estejamos na 1.ª República, mas segundo uns na 2.ª República, segundo outros, na 3.ª República.
Tanto faz, desde que nos consigamos situar no tempo. E “mutatis mutantis”, o tempo mudou, mas os problemas são os mesmos.
Continuamos a viver uma desordem financeira, com um aumento colossal e crónico do défice, em que felizmente, em mais de 90% é só responsável o Estado central.
Estado central, gastador e perdulário. Que teima nos grandes investimentos do Estado, como se a solução do país passasse por aí.
Somos hoje, um país cuja máquina produtiva de bens transaccionáveis se encontra destruída. Desde a agricultura, às pescas, porque durante uns anos houve uma classe de políticos que diziam a toda a hora, que o futuro do país passava pelos serviços, em boa parte o turismo e pelos rebanhos de ovelhas no Alentejo.
O resultado está à vista.
Como se não bastasse, temos assistido à gestão do poder por dois partidos que, ora são governo ou oposição, mas enquanto governo, os seus actos de gestão, não têm relação nem com os programas de governo, nem com os programas partidários, muito menos com as exigências do país.
Podemos tirar como conclusão, que ao fim de trinta e cinco anos de alternativa partidária, na governação do país, estes fracassaram e que apregoar como solução do problema nacional em que nos encontramos, que o mesmo passa pelos partidos, não oferece o mínimo de garantia. E penso que chega de experiências.
Os partidos, formaram-se à volta de pessoas, de interesses mesquinhos e de certos apetites e têm, hoje, como única finalidade, servir esses interesses e apetites.
Ora, é essa mentalidade partidária que tem de acabar, se queremos entrar num período de renovação.
Acabem com essas ideias peregrinas de procurar encontrar ideologias, em congressos e fóruns, dos quais não sai absolutamente nada, a não ser a passagem de modelos, de egocentrismos, dos portadores dos referidos interesses e apetites, que são antagónicos com a necessidade de encontrar o caminho que o país perdeu.
Os partidos corrompem, desvirtuam o poder e deformam a visão dos problemas. E o que fica em causa é a utilização dos valores do país para o bem comum. Que o digam os milhares de portugueses que vivem no limiar da pobreza e os mais de seiscentos mil desempregados que o país tem, e que não se resolvem com ladainhas de estágios e outras soluções de marketing.
Tanto faz ser a primeira, ser a segunda ou a terceira república que a “merda” é a mesma.
“Riparum usus publicus est iure gentium, sicut ipsius fluminis.” [Digesta 1.8.5] De acordo com o direito das gentes, o uso das margens do rio é público, da mesma maneira que o do próprio rio.
1 comentário:
A "dita" não é a mesma: a 3ª, nomeadamente a pós 25 Abril 74, é a pior delas todas: é que, enquanto que na desgraça da primeira república havia golpes de estado para defenestrar quem se apoderava do que era de todos, isto é, do Estado e da Res publica, daquilo que é de todos, hoje ninguém é deposto à força. Pior: é re-eleito as vezes que forem precisas para os que o são encheram bem os bolsos com a aquiescência plebiscitada.
Res, non verba.
(Isto é a realidade, não são palavras.)
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