As mentiras começam cedo. As
crianças aprendem pela experiência que declarar uma inverdade pode evitar
punições por má acções, antes de desenvolverem a teoria da mente necessária
para entender porque funciona. Já quando adultas, acreditam que mentir lhes
pode trazer benefícios. De maneira complementar, existem aqueles que acreditam
que as crianças mentem por insegurança, e por não compreender a gravidade dos
seus actos "escapam da
responsabilidade apelando para a mentira". Também acontece nos
adultos, principalmente nos políticos que acham que é unicamente o voto que os
castiga. Não é. A história também os castigará, já que são impunes perante a
lei.
Nesse estágio do
desenvolvimento, as crianças às vezes contam mentiras fantásticas e inacreditáveis.
O problema é quando as crianças ou continuam a ser crianças, depois de adultas,
ou ficam mentirosos para o resto da vida. Não sei o que terá acontecido com o Zé
e com o Pedro… se continuam crianças ou se são adultos, compulsivamente,
mentirosos.
Quando a criança primeiro
aprende como a mentira funciona, naturalmente elas não possuem o entendimento
moral para evitar fazerem isso. Mas, depois de crescidas, e enquanto políticos
com responsabilidades, não acredito que não tenham entendimento moral. Se
calhar a sua moral fica é bem aquém do que seria normal.
É necessário anos
observando as pessoas mentirem e o resultado das mentiras para desenvolver um
entendimento adequado. A interferência da família também é imprescindível para
que a criança compreenda através de bons exemplos a forma correcta de agir.
Bom, mas isso é quanto às crianças. Em adultos que pretendem liderar a política
de um país é demasiado grave. Até porque vão mentindo com tanta convicção de
que falam verdade que se enchem de vaidade e passam a ser narcisistas. E é o
que me tem sido dado a observar no Zé e no Pedro.
A propensão a mentir varia
muito entre as crianças, com algumas fazendo isso de maneira costumeira e
outras sendo com frequência honestas. Os hábitos em relação a isso mudam
normalmente até o início da idade adulta. Nos casos em que esta mudança não
ocorre, a psicologia os definem como adultos no estágio de infância
psicológica.
Só que a mentira de
adultos costuma ser mais sofisticada, e de consequências maiores do que as
contadas por crianças. Boa parte desse julgamento depende se a pessoa conta
inverdades diplomáticas, insinceridade social, retórica política e outros
comportamentos adultos que são tidos como mentiras.
Não foi, nem é, o caso do
Zé e do Pedro.
Como insistem em dizer
mentiras, que ultrapassam em muito a retórica política, constituem um perigo
para dez milhões de portugueses, excluindo os apoiantes inflectíveis destes
mentirosos e que constituem as hostes dos partidos, um mal a que estamos
obrigados pela Constituição.
Na Constituição, o
problema não é o princípio da igualdade, nem o princípio da proporcionalidade.
O problema na Constituição é de consagrar o monopólio político aos partidos.
Isso é que tem de ser mudado, na Constituição, criando um novo regime político
e acabar com estes mentirosos, de objectivos bem obscuros, na política
portuguesa.
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