segunda-feira, 8 de abril de 2013

ZÉ E PEDRO MENTIROSOS COMPULSIVOS


As mentiras começam cedo. As crianças aprendem pela experiência que declarar uma inverdade pode evitar punições por má acções, antes de desenvolverem a teoria da mente necessária para entender porque funciona. Já quando adultas, acreditam que mentir lhes pode trazer benefícios. De maneira complementar, existem aqueles que acreditam que as crianças mentem por insegurança, e por não compreender a gravidade dos seus actos "escapam da responsabilidade apelando para a mentira". Também acontece nos adultos, principalmente nos políticos que acham que é unicamente o voto que os castiga. Não é. A história também os castigará, já que são impunes perante a lei.
Nesse estágio do desenvolvimento, as crianças às vezes contam mentiras fantásticas e inacreditáveis. O problema é quando as crianças ou continuam a ser crianças, depois de adultas, ou ficam mentirosos para o resto da vida. Não sei o que terá acontecido com o Zé e com o Pedro… se continuam crianças ou se são adultos, compulsivamente, mentirosos.
Quando a criança primeiro aprende como a mentira funciona, naturalmente elas não possuem o entendimento moral para evitar fazerem isso. Mas, depois de crescidas, e enquanto políticos com responsabilidades, não acredito que não tenham entendimento moral. Se calhar a sua moral fica é bem aquém do que seria normal.
É necessário anos observando as pessoas mentirem e o resultado das mentiras para desenvolver um entendimento adequado. A interferência da família também é imprescindível para que a criança compreenda através de bons exemplos a forma correcta de agir. Bom, mas isso é quanto às crianças. Em adultos que pretendem liderar a política de um país é demasiado grave. Até porque vão mentindo com tanta convicção de que falam verdade que se enchem de vaidade e passam a ser narcisistas. E é o que me tem sido dado a observar no Zé e no Pedro.
A propensão a mentir varia muito entre as crianças, com algumas fazendo isso de maneira costumeira e outras sendo com frequência honestas. Os hábitos em relação a isso mudam normalmente até o início da idade adulta. Nos casos em que esta mudança não ocorre, a psicologia os definem como adultos no estágio de infância psicológica.
Só que a mentira de adultos costuma ser mais sofisticada, e de consequências maiores do que as contadas por crianças. Boa parte desse julgamento depende se a pessoa conta inverdades diplomáticas, insinceridade social, retórica política e outros comportamentos adultos que são tidos como mentiras.
Não foi, nem é, o caso do Zé e do Pedro.
Como insistem em dizer mentiras, que ultrapassam em muito a retórica política, constituem um perigo para dez milhões de portugueses, excluindo os apoiantes inflectíveis destes mentirosos e que constituem as hostes dos partidos, um mal a que estamos obrigados pela Constituição.
Na Constituição, o problema não é o princípio da igualdade, nem o princípio da proporcionalidade. O problema na Constituição é de consagrar o monopólio político aos partidos. Isso é que tem de ser mudado, na Constituição, criando um novo regime político e acabar com estes mentirosos, de objectivos bem obscuros, na política portuguesa.

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