Isaltino Morais, em
virtude de uma notícia do Jornal “Independente”, demite-se do governo, liderado
por Durão Barroso. Governo este que Isaltino Morais só incorporou depois de
muita insistência. Tinha-se iniciado o mandato resultante das eleições
autárquicas de 2001.
Isaltino Morais saiu do
governo e não retomou a Câmara. Remeteu-se ao silêncio. A este, sucedeu a
Vice-Presidente, na altura, Teresa Zambujo. E o mandato na Câmara decorreu com
normalidade. O único senão foi a paralisação dos projectos que se encontravam
em curso bem como alguns assuntos que não foram atempadamente resolvidos. Um
dos quais, de alguns milhões de euros, eu participei na renegociação do seu pagamento
ao I.N.H. porque, de outro modo, teriam sido cativas transferências de
dinheiros para a Câmara que colocariam, esta, em dificuldades de tesouraria.
Em 2005 foi-lhe recusado,
pelo então líder do PSD, Marques Mendes, a possibilidade de se candidatar a
Presidente de Câmara, contrariando a decisão dos militantes. Dura Assembleia de
militantes em que se tomou a decisão de que o candidato seria Isaltino Morais.
Perante a recusa de Marques
Mendes, invocando razões de uma ética à qual o partido nunca tinha prosseguido,
tentou-se afastar e aniquilar Isaltino Morais. Quando este se limitava a ser investigado.
Isto é, não tinha, ainda, sido deduzida acusação.
Perante esta posição do
PSD, mais de duas centenas de militantes deram-lhe apoio para uma candidatura
independente. Esta candidatura deu origem ao movimento de cidadãos, “Isaltino
Oeiras Mais à Frente”. Claro, que o partido, logo, se propôs sanear os
referidos militantes. Tomo a liberdade de recordar que quem elegeu Isaltino Morais
como o autarca modelo foi o mesmo Marques Mendes/Guterres que o procurou triturar. Ou
seja, tinha conseguido afastar do PSD um potencial Presidente do partido. Marques
Mendes sempre acompanhou Isaltino Morais. Primeiro como Presidente da
Assembleia Municipal de Oeiras. Depois, como colegas no governo, além dos
empregos dados a Marques Mendes, por Isaltino Morais, concretamente, na
Universidade Atlântica. Outros tempos…e parece que na política vale tudo para se
chegar ao poder, principalmente, quando não existe competência nem mérito.
Decorreram mais de dois
anos de investigação para deduzir acusação a Isaltino Morais. Foi em plena
campanha para as autárquicas de 2005 que Isaltino Morais foi acusado de vários
crimes.
Mas, com ele, foram
acusadas mais três pessoas, dando-se a conotação de um “bando” de criminosos.
Como se fosse uma quadrilha. A justiça, isto é, os Inquisidores, levaram mais
quatro anos a levar a julgamento este bando de criminosos. Em função desta inoperância
da justiça, diz-se, depois, que os arguidos e advogados utilizam manobras dilatórias?
Ou terá sido a incapacidade de provar o que não era possível provar?
Pouco antes das novas
eleições autárquicas de 2009, precisamente, no dia 3 de Agosto de 2009, foi
lido o acórdão, no Tribunal de Oeiras, cujas sessões se realizaram no Tribunal
de Sintra, porque entendeu o colectivo de juízes de que haveria muitos espectadores.
Enganou-se, porque, praticamente, só se encontravam no Tribunal os arguidos e a
família mais próxima e um ou outro amigo. Os Oeirenses não quiseram alimentar
um espectáculo que a Justiça quis montar! Porque, Isaltino Morais deu a Oeiras
a dignidade, a respeitabilidade que coloca, hoje, este Concelho, entre os
melhores, quer a nível nacional como internacional.
Resultado do acórdão: não
havia uma quadrilha, tendo sido todos os arguidos absolvidos, com a excepção de
Isaltino Morais. A pena por vários crimes que resultou em dez anos e oito meses
de prisão que em cúmulo jurídico, deu 7 anos.
Feito o recurso para o
Tribunal de Relação, de todos os crimes restou fraude fiscal e por consequência
branqueamento de capitais. Se foi feito recurso, e este Tribunal revogou a
decisão do Tribunal da primeira instância, podemos aferir muitas conclusões. Ou
não? Então, tantos anos de investigação e a montanha pariu um rato?
Mas, fraude fiscal a onde?
O Tribunal, não existindo nenhum processo na Autoridade Tributária, conseguiu
deduzir que tinha havido fraude fiscal? É no mínimo interessante.
Mesmo assim, Isaltino
Morais, tendo os seus impostos pagos, tem de pagar com a privação da liberdade!
Pela inoperância da
justiça, Isaltino Morais tem de ser o rosto da corrupção e o bode expiatório de
uma justiça, a maioria das vezes ineficaz. E se assim não fosse, pergunto eu,
onde estão os grandes processos de corrupção do BPN, do BPP, dos grandes
negócios das PPP, dos submarinos, dos Freeportes e mais recentemente, os Swaps?
Isaltino Morais é
condenado a dois anos de prisão efectiva. Nos últimos cem anos não conheço na
história da justiça portuguesa quem, sendo primário, seja condenado em dois
anos de prisão efectiva.
Procura-se, assim, calar a
opinião pública, dizendo que há justiça! Justiça desta, não muito obrigado. Por
tudo isto, já em 2009, Isaltino Morais ganhou as eleições autárquicas, com 42%
dos votos, atingindo quase a maioria absoluta. Estamos em véspera de eleições e
detém-se Isaltino Morais para cumprir a pena de dois anos de prisão efectiva.
Quando este continua a abraçar o seu projecto para Oeiras, dando Continuidade,
na pessoa do seu Vice-Presidente e da equipa que reuniu e formou. E estas são,
entre outras, as qualidades de um líder. Que o é, indiscutivelmente!
Toda esta história está
recheada de coincidências. Toda esta história é animada por interesses de
assalto ao poder. Toda esta história, resulta de uma inoperância, gritante, do
sistema judicial em Portugal. Isaltino não foi condenado por nenhuma
ilegalidade cometida, enquanto Presidente da Câmara.
Nem sempre, Isaltino
Morais beneficiou de amigos verdadeiros. Muitos dos quais estiveram em 2005 e que
abraçaram o projecto, desempenhando diversos lugares, como Adjuntos, Assessores
e outros, e que numa atitude calculista, porque se pensa que manietando o líder
do movimento ”Isaltino, Oeiras Mais à Frente”, se termina com um projecto,
que é de todos os Oeirenses e para todos os Oeirenses e não para meia dúzia de
invertebrados.
Isaltino Morais está
connosco, basta passar nas ruas de Oeiras para sentir a sua presença. Não
apagam Isaltino Morais, nem a sua obra e dedicação, ao Concelho de Oeiras e aos
Oeirenses,mesmo tentando utilizar a imagem de Isaltino, substituindo este pelo nome "Independentes". Independentes ou uma seita de depredadores políticos?
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