quarta-feira, 20 de março de 2013

TRABALHO ESCRAVO É O QUE ESTÁ A DAR…


Não fiquei muito admirado com as declarações do Eng.º Belmiro.
Quando este iniciou o negócio da grande distribuição, aliás, o único negócio onde tem realizado dinheiro, porque, tanto quanto sei, os restantes não serão muito abonatórios. A  grande oportunidade foi o espremer, ao máximo, os fornecedores e pagar baixos salários, utilizando a mão-de-obra dos fornecedores para repor os produtos nas prateleiras.
Ou seja…não constitui nenhuma sabedoria este tipo de negócio. Compra-se em quantidade, entusiasmando os fornecedores e depois, exigem-se promoções, descontos de contrato, em que todos os anos são inventados novos descontos, sufocando os fornecedores e por último, são os fornecedores que pagam a reposição dos seus produtos na prateleira.
Praticamente, um supermercado funciona com meia dúzia de “chefias” e operadores de caixa.
Foi deste modo, e com os licenciamentos que os sucessivos governos foram dando para a abertura deste tipo de lojas, que “mataram” o comércio local. A criação de emprego foi sempre um falso argumento, porque os novos empregos criados, levaram para o desemprego, famílias inteiras.
Seria curioso apreciar, com uma verdadeira inspecção de trabalho, o número de funcionários que recebem pouco mais de duzentos euros, dando como contrapartida dezenas de horas de trabalho.
Foi neste Portugal de sucesso, o do consumismo, que andou meio Portugal embriagado, havendo só meia dúzia de empresários que investiram em sectores reprodutivos. Sim, porque abrir supermercados não cria riqueza nenhuma, a não ser para investimentos falhados de Bancos do Universo, redes móveis sem sucesso e tantos outros negócios.
É preciso ter as vistas curtas…porque baixos salários, não criam consumo. Já estamos a assistir ao fecho de algumas grandes superfícies, tal como já assistimos ao fecho de lojas de marcas que vão fechando aqui e ali.
Acho bem! Continuem a criar um mercado atractivo de baixos salários, talvez, os Cipriotas, venham às compras ao Continente. Eu não vou! Prefiro o comércio local ou o pão do Pingo Doce que tem mais qualidade.

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