O governo está à rasca.
Preocupado com o aumento de 25% do IMI, no próximo ano. Coelho diz que é um
bocadito, mas que os portugueses têm de aguentar. Aliás, este imposto é só para
os proprietários. Ora, se há proprietários é porque têm dinheiro. Esta foi a
conclusão a que chegou o Coelho.
Entretanto, Coelho
confrontado com os juros da divida disse: temos que honrar esta coisa, “custe o
que custar”. Pronto, são os capitalistas que possuem propriedades, que vão ter
de ajudar. Foi -lhe colocada a questão do Estado lançar obrigações de divida,
no mercado interno, para que os portugueses, em vez de andarem a pagar impostos,
comprassem obrigações, que poderiam ser remuneradas a 4% ao ano, em vez, dos
mais de 7% que o Estado paga ao FMI. Coelho respondeu que não era a mesma
coisa. Pois, assim, deixava de ter o pretexto de cortar no SNS, porque
reduziria para cerca de metade os juros da divida.
Mas, entretanto, Coelho
prometeu, que embora, este ano, ainda não tenha tido a oportunidade de cortar nas PPP,
no próximo ano irá cortar mil milhões de euros. Porque, as PPP, até não são assim, muito importantes. Estima-se que o custo liquido de todas as PPP até ao
final dos contratos só ultrapasse 20% do PIB actual, ou seja, mais de 33 mil
milhões de euros, a preços correntes. Mas, estes ajustamentos não serão feitos
nos juros leoninos que pagamos. Vão ser feitos, reduzindo os serviços e custos
de manutenção. Não há dúvida que este governo além de gente competente, não
está nada comprometida com os grandes grupos económicos. Eu sei…não se consegue
ser ministro toda a vida e até é um lugar ingrato. Só fazem este frete para
poderem garantir o futuro. O vosso futuro! Não os dos portugueses, porque
esses, é que vão ficar, mesmo à rasca.
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