terça-feira, 18 de outubro de 2011

EU BEM TE DIZIA…EU BEM TE AVISAVA…

Já em 2009, escrevi, que a situação, que se está a passar, era um dia mais cedo, ou mais tarde, inevitável, porque, nunca acreditei, que qualquer governo tivesse a coragem, de cortar gorduras noutro lado, qualquer, que não fosse à classe média.

Quando falo de classe média, refiro-me à maioria dos funcionários públicos e dos seus pensionistas.
Basta ver o que acontece com o roubo do décimo terceiro mês e subsídio de férias, em que só esta classe social é afectada. Ou seja, este governo ou qualquer outro, não está cortar as gorduras, está a cortar é os ossos e a chupar o tutano.
Eu bem te dizia…eu bem te avisava…que esta merda não durava!
Que era urgente a mudança de regime político. Que a Constituição da República está ultrapassada e que não passa de um entrave ao desenvolvimento e à saúde económica e financeira, de Portugal. O sistema político não funciona…porque, os partidos estão agarrados,
como lapas, ao poder. Sabem que a alternância lhes permite, esta dança de poleiros, em que não é no governo que se ganha o dinheiro, mas, onde se obtém os compromissos políticos, para que depois da saída, do mesmo, se possam ocupar lugares destacados em grandes empresas e instituições, conseguindo vantagem brutais, que não estão, de modo nenhum, acessíveis a qualquer cidadão. Basta ver os pensionistas da CGD, do Banco de Portugal e outras mais instituições.
Ou que permitiu a criação de Bancos que resultaram num rombo às finanças públicas, brutal.
E tudo começa, dentro dos partidos, na lei do financiamento dos mesmos, que já tanta tinta fez correr. Longos debates na Assembleia da República, já em 1991…que tiveram a iniciativa de um “reformado”, que ocupou a cadeira de Belém…
As gorduras, essas vão ficar intactas. As gorduras que representam as seiscentas e trinta e seis
Fundações, subsidiadas pelo Estado ou do Estado. As grandes negociatas que foram a totalidade das parcerias público – privadas que começaram no ilustre reinado de dez anos do “Monarca do Bolo -Rei”.As centenas de Politécnicos que proliferam no país…que custam ao erário público, fortunas, todos os anos. Um Estado que se multiplicou por direcções regionais, por esse país fora, mantendo-se o poder de decisão, no Terreiro do Paço…
Uma classe empresarial que tem vivido estes trinta anos à custa dos nossos impostos…que não produz quase nada que se possa vender ao exterior.
A manutenção de ordenados do terceiro mundo que permitiram, falsamente, manter só por alguns anos, alguma da indústria que se instalou, em Portugal, no tempo da adesão à EFTA.

E agora?
Agora, impostos e impostos, sobre essa “maldita” classe média, que hão-de levar o país a uma
recessão, nunca vista…com a miséria a bater à porta de muitos deles…fala-se com leviandade de despedimentos…principalmente, por todos aqueles que andaram pelo Banco de Portugal e que estão comodamente, instalados na vida, com pensões de reforma, superiores a cinco mil euros.
Por outro lado, a Europa, conduzida por ex- MRPP´S, aliados a frustradas e Play boy`s de meia tigela, que tem complexos de serem pequeninos e que só usam sapatos de tacão alto…ainda não
viram que este modelo, que se desenvolveu do carvão e do aço, não pode ser apenas uma mera União monetária…
Eu bem te dizia…Eu bem te avisava…que vender centrais nucleares e aviões air bus, para a China, não chegava.

E nós portugueses, iludidos com o progresso do alcatrão, só agora, estamos, indignados!
"Entre um governo que faz o mal e o povo que o consente, há uma certa cumplicidade vergonhosa." (Victor Hugo)

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