Vamos vivendo e esquecemo-nos que temos de morrer.
Fui, penso eu, um grande amigo dele. Uma vida cheia de peripécias, entre as quais a contradição entre a profissão que tinha e a sua própria vida.
Foram catorze anos de sofrimento. Os primeiros anos foram levados com a esperança, que um dia, seria possível, se houvesse um transplante, viver melhor. Esse dia nunca chegou, pelo contrário. Tocou o telefone…era o filho que trazia, em primeira mão, o desfecho que nunca se quis interiorizar.
Tantas vezes, parado no trânsito medonho, da segunda circular, logo pela manhã, via aquele edifício alto e pensava nele e pedia, de modo egoísta, que nunca tal me acontecesse.
Nos últimos e escassos anos do resto da sua vida, realizou um sonho…comprar um barco. Fê-lo com grande prazer e satisfação. Entregava-se ao prazer da “sua embarcação”. Mas, tantas vezes sozinho e entregue à sua vida, sentia necessidade de me convidar para estar com ele ou realizar um passeio no barco, até Cascais e voltar à marina de Oeiras.
Entre o sofrimento, mesmo assim, vamos vivendo e esquecemo-nos que temos de morrer.
Até um dia…em que tudo se vai tornando cada vez mais evidente…Nasce-se e morre-se, sozinho. Até lá, vamos procurando esquecer, com barcos ou sem barcos, com isto ou com aquilo que nos dá prazer, que temos de morrer.
Fui, penso eu, um grande amigo dele. Uma vida cheia de peripécias, entre as quais a contradição entre a profissão que tinha e a sua própria vida.
Foram catorze anos de sofrimento. Os primeiros anos foram levados com a esperança, que um dia, seria possível, se houvesse um transplante, viver melhor. Esse dia nunca chegou, pelo contrário. Tocou o telefone…era o filho que trazia, em primeira mão, o desfecho que nunca se quis interiorizar.
Tantas vezes, parado no trânsito medonho, da segunda circular, logo pela manhã, via aquele edifício alto e pensava nele e pedia, de modo egoísta, que nunca tal me acontecesse.
Nos últimos e escassos anos do resto da sua vida, realizou um sonho…comprar um barco. Fê-lo com grande prazer e satisfação. Entregava-se ao prazer da “sua embarcação”. Mas, tantas vezes sozinho e entregue à sua vida, sentia necessidade de me convidar para estar com ele ou realizar um passeio no barco, até Cascais e voltar à marina de Oeiras.
Entre o sofrimento, mesmo assim, vamos vivendo e esquecemo-nos que temos de morrer.
Até um dia…em que tudo se vai tornando cada vez mais evidente…Nasce-se e morre-se, sozinho. Até lá, vamos procurando esquecer, com barcos ou sem barcos, com isto ou com aquilo que nos dá prazer, que temos de morrer.
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