O novo governo não vai ter tarefa fácil. A chamada esquerda foi-se mantendo mais ao menos quieta, nas suas movimentações sindicais. O país só começou a assistir a algumas greves, e nos sectores dos transportes, que são aqueles que mais impacto, têm, junto da opinião pública, nos últimos meses do governo socialista. Mas, estas, não foram greves para pressionar o partido do governo na altura, mas sim para preparar o clima propício, às greves que se irão fomentar, com o novo governo, que vai ter a espinhosa missão de pôr o país dentro dos números exigidos pelas corporações financeiras internacionais.
É evidente que o caos a que chegámos, não tem como único responsável, estes últimos governos, liderados por José Sócrates. A responsabilidade é de todos os governos, que foram passando, principalmente, nestes últimos vinte anos. E aí, temos o partido socialista com a grande responsabilidade de ter quase quinze anos de governo sob a sua responsabilidade.
A crise actual, independentemente das questões estruturais que são inerentes à ineficiência e às políticas protectoras, dos grandes países da União Europeia, para manterem o seu nível de rendimento, independentemente, dos restantes países que fazem parte da União, tem a ver com uma crise de regime.
Portugal terá de assumir mudanças radicais, e o mais rápido possível, para modificar o regime existente. É necessária uma nova Constituição da República. Sem esta não será possível dar os grandes passos que o país necessita.
É fundamental, redesenhar o papel dos partidos políticos na “representação” do povo. É fundamental que os governos não estejam dependentes da votação em partidos políticos, mas sim direccionadas para um Presidente da República que tenha como missão, formar o seu governo. Mesmo que para tal, tenha de nomear um Presidente do Conselho de Ministros. Este poderá ser apoiado por partidos políticos, aliás como foram todos os Presidentes da República, até à data, mas resultará deste método que qualquer candidato que se proponha a tal missão, o possa fazer, independentemente, de partidos políticos.
Tem de passar a haver um responsável que responda perante o país pela sua conduta, versus o seu programa eleitoral. Que a culpa não morra solteira, como tem morrido até aqui, permanecendo a alternância dos mesmos partidos no governo.
Hoje temos os partidos que governam alternadamente e temos os outros, que nunca governam, mas que são o elo fundamental das pressões políticas, como as greves, para tentarem perpetuar aquilo, que chamais será exequível, no futuro… a manutenção de um Estado Social distributivo, em vez de um Estado Social redistributivo, em que todos ou quase todos pagam, o que só alguns recebem.
É esta realidade que todos temos de assumir, para o futuro, se pretendermos que aqueles que hoje contribuem possam um dia, serem beneficiários do que vão contribuindo.
“Molestus interpellator venter.” [Erasmo, Adagia 3.10.9] O ventre é um cobrador incômodo. ■Não há prazer onde não há comer.
É evidente que o caos a que chegámos, não tem como único responsável, estes últimos governos, liderados por José Sócrates. A responsabilidade é de todos os governos, que foram passando, principalmente, nestes últimos vinte anos. E aí, temos o partido socialista com a grande responsabilidade de ter quase quinze anos de governo sob a sua responsabilidade.
A crise actual, independentemente das questões estruturais que são inerentes à ineficiência e às políticas protectoras, dos grandes países da União Europeia, para manterem o seu nível de rendimento, independentemente, dos restantes países que fazem parte da União, tem a ver com uma crise de regime.
Portugal terá de assumir mudanças radicais, e o mais rápido possível, para modificar o regime existente. É necessária uma nova Constituição da República. Sem esta não será possível dar os grandes passos que o país necessita.
É fundamental, redesenhar o papel dos partidos políticos na “representação” do povo. É fundamental que os governos não estejam dependentes da votação em partidos políticos, mas sim direccionadas para um Presidente da República que tenha como missão, formar o seu governo. Mesmo que para tal, tenha de nomear um Presidente do Conselho de Ministros. Este poderá ser apoiado por partidos políticos, aliás como foram todos os Presidentes da República, até à data, mas resultará deste método que qualquer candidato que se proponha a tal missão, o possa fazer, independentemente, de partidos políticos.
Tem de passar a haver um responsável que responda perante o país pela sua conduta, versus o seu programa eleitoral. Que a culpa não morra solteira, como tem morrido até aqui, permanecendo a alternância dos mesmos partidos no governo.
Hoje temos os partidos que governam alternadamente e temos os outros, que nunca governam, mas que são o elo fundamental das pressões políticas, como as greves, para tentarem perpetuar aquilo, que chamais será exequível, no futuro… a manutenção de um Estado Social distributivo, em vez de um Estado Social redistributivo, em que todos ou quase todos pagam, o que só alguns recebem.
É esta realidade que todos temos de assumir, para o futuro, se pretendermos que aqueles que hoje contribuem possam um dia, serem beneficiários do que vão contribuindo.
“Molestus interpellator venter.” [Erasmo, Adagia 3.10.9] O ventre é um cobrador incômodo. ■Não há prazer onde não há comer.
Sem comentários:
Enviar um comentário