Para meditar! Ao ponto a que está a chegar o nosso país. Quem disser o contrário ou é louco ou anda a snifar!Com ironia fiz esta adaptação destes versos lindos. Mas com a consciência da fome que anda escondida e envergonhada por este país, a caminho do socialismo.
Pergunto ao vento que passa
“para onde vai o meu país”
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
o vento nada me diz.
“para onde vai o meu país”
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
o vento nada me diz.
La-ra-lai-lai-lai-la, la-ra-lai-lai-lai-la, [Refrão]
La-ra-lai-lai-lai-la, la-ra-lai-lai-lai-la. [Bis]
Pergunto aos rios que levam
“tanta merda à tona das águas”
e os rios não me sossegam
“levam merda deixam mágoas.”
“Levam merda deixam mágoas”
ai rios do meu país
“minha pátria à tona das águas”
para onde vais? Ninguém diz.
[Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
“que já não acredito no meu país.”
Pergunto à gente que passa
“por que vai de olhos no chão.”
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.
“Vi secar os verdes ramos”
“tortos e para o chão voltados”.
“E a quem gosta do Sócrates
vi sempre o rabo curvado.”
E o vento não me diz nada
“nem o Sócrates diz nada de novo”.
“Vejo minha pátria desgraçada
nos braços de um polvo.”
Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.
“Vi submarinos a partir
(minha pátria debaixo de água)
vi minha pátria murchar
(folhas secas, secas mágoas).”
Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vejo-te crucificada
“nos braços negros da fome.”
E o vento não me diz nada
“só o Sócrates persiste.”
“Vi minha pátria parada”
à beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novo
“se notícias vou ouvindo”
nas mãos vazias do povo
“vi minha pátria a murchar.”
E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.
Quatro folhas tem o trevo
liberdade quatro sílabas.
Não sabem ler é verdade
“aqueles pra quem eu rescrevo.”
“Já não há uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que destrói
canções no vento que passa.”
Na noite mais triste
em tempo de servidão
“já não há quem resista
já não há quem diga não.”
PATETA ALEGRE
POETA
La-ra-lai-lai-lai-la, la-ra-lai-lai-lai-la. [Bis]
Pergunto aos rios que levam
“tanta merda à tona das águas”
e os rios não me sossegam
“levam merda deixam mágoas.”
“Levam merda deixam mágoas”
ai rios do meu país
“minha pátria à tona das águas”
para onde vais? Ninguém diz.
[Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
“que já não acredito no meu país.”
Pergunto à gente que passa
“por que vai de olhos no chão.”
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.
“Vi secar os verdes ramos”
“tortos e para o chão voltados”.
“E a quem gosta do Sócrates
vi sempre o rabo curvado.”
E o vento não me diz nada
“nem o Sócrates diz nada de novo”.
“Vejo minha pátria desgraçada
nos braços de um polvo.”
Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.
“Vi submarinos a partir
(minha pátria debaixo de água)
vi minha pátria murchar
(folhas secas, secas mágoas).”
Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vejo-te crucificada
“nos braços negros da fome.”
E o vento não me diz nada
“só o Sócrates persiste.”
“Vi minha pátria parada”
à beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novo
“se notícias vou ouvindo”
nas mãos vazias do povo
“vi minha pátria a murchar.”
E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.
Quatro folhas tem o trevo
liberdade quatro sílabas.
Não sabem ler é verdade
“aqueles pra quem eu rescrevo.”
“Já não há uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que destrói
canções no vento que passa.”
Na noite mais triste
em tempo de servidão
“já não há quem resista
já não há quem diga não.”
PATETA ALEGRE
POETA
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