sexta-feira, 5 de março de 2010

O PEC NÃO É A “SÉRIO”


Mãezinha, não te tenho escrito porque ando aqui numa azáfama, tramada.
Ainda agora fui receber um banho de multidão daquela rapaziada lá em Moçambique.
Nem percebi bem, porque é que me receberam assim. Porque na realidade, Portugal não tem feito nada por aqueles nossos irmãos.
Não temos lá escolas, nem Universidades, muito menos desenvolvimento tecnológico. Eu ainda disse ao Pinho para pôr lá umas ventoinhas, daquelas grandes, mas ele disse-me que em Moçambique não havia vento e portanto não dava.
Por outro lado, estou a aproveitar, aquela luta que se está a travar no PSD, para descansar um pouco. Um diz que vai apresentar uma moção de censura…é este que tem de ganhar! Temos que influenciar a malta do PSD a votar neste. Porque assim é a maneira mais fácil de cozinhar o PEC. Não, mãezinha. Não é o pagamento especial por conta. É o plano daquilo que vamos tirar aos contribuintes e dar de contrapartida em mais impostos, para pagarmos estes quinze anos de “pântano”.
É verdade, mãezinha. Desde que o Guterres foi para lá, até agora, já lá vão 15 anos. Mas a culpa não é nossa…foi do Santana. Coitado do homem, mãezinha. Só lá esteve 6 meses e ficou com as culpas todas. Há mesmo gente que não tem jeito nenhum para a política.
Eles estão a pensar que vou apresentar um PEC daqueles a “sério”. Esta do a “sério”, nunca mais me esquece. Mas não vai ser assim. Vou apresentar uma treta, eles depois deitam o Governo a baixo e quando o “povo que me ama” verificar que os maus são eles, o meu partido volta, novamente, mais 15 anos para o poder.
É assim a vida! Temos que ajudar os jovens a subir na vida e rápido! Neste intervalo de tempo, os jovens podem ir para as Fundações, Associações e outras coisas que a gente tem construído, para desorçamentar e pronto.
Mãezinha, desculpa da carta ser pequenina, mas o correio sai daqui a pouco e depois já não tenho oportunidade de te escrever daqui, porque só há correio de 15 em 15 dias. Foi graças a esta cartinha que me apercebi que podíamos fazer uma parceria com os correios de Portugal e de Moçambique. Já quanto às ventoinhas, o Pinho tem razão. Aqui só faz vento no Inverno e como chove muito, as ventoinhas molham-se todas. Não dá!
Como se diz lá pelos nossos lados,
Bem Hajam! E até ao meu regresso.

“Vacare culpa magnum est solacium”. [Cícero, Ad Familiares 7.3] Estar isento de culpa é um grande consolo

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