segunda-feira, 9 de novembro de 2009

MÃEZINHA, PARA MATAR SAUDADES

Mãezinha, como estou feliz de ter recebido a tua cartinha.
Para matares saudades e recordar este tê filho, junto esta linda fotografia. Não te lembras mãezinha? Já na altura vestia bem. E a combinação do fatinho com aquelas sapatilhas? Um “must”.
Já naquela altura, eu te dizia que havia de ser “ingenheiro.” Não dizia? Ora ai tens. Foi graças às sapatilhas que eu consegui ser rápido. Eu sei, eu sei, que tu não gostavas nada, mas que deram jeito, deram. Confessa…
Foi com elas que eu ia para a Universidade. Não te lembras? Oh mãezinha, como é que eu podia andar numa correria entre a Universidade e a Secretaria de Estado, se não fossem as sapatilhas?
Foi sempre a correr que eu subi na vida…saltando obstáculos e enfrentando as dificuldades da vida. Sim, porque estas sapatilhas dão para a corrida e para o salto de obstáculos.
Comecei por tentar ser arquitecto, além de "ingenheiro", e fiz aqueles projectos que hão-de ficar na história da “ingenharia”. Qual Engenheiro Edgar Cardoso…
Depois fui Secretário, Ministro e por aí fora…Ah grandes sapatilhas!
E hei-de ficar na história de Portugal, como o Primeiro-ministro que vai levar Portugal, pela oitava vez, à falência, nestes últimos 800 anos, numa corrida sem paralelo. É verdade mãezinha, já nos estamos a endividar à velocidade de 61 milhões de euros por dia. Queres melhor que isto?
Aquele que vai criar mais 150.000 desempregados por legislatura.
Só espero é que as sapatilhas aguentem até lá, para dar de “frosques” na altura própria.
Beijinhos e até breve.


“Confitemur prosperum eventum tibi debituros, tristiorem fortunae imputaturos.” [Quinto Cúrcio, Historiae 7.1] Reconhecemos que a ti deveremos o sucesso, mas que o insucesso atribuiremos à sorte.

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