segunda-feira, 28 de setembro de 2009

E ASSIM VAI ESTE PAÍS!

Uma vez mais, a “Abstenção” ganhou!
Foi a indiferença quem mais votos obteve. Depois, felizmente, assistiu-se à queda significativa do Partido Socialista, que mesmo assim logrou ganhar, com maioria relativa, as eleições legislativas.
Na minha opinião, há dois partidos que estão de parabéns: O BE e o CDS. Foram na realidade e de modo inquestionável, os grandes ganhadores destas eleições.
Creio que qualquer um deles granjeou a oportunidade de colher os descontentamentos do povo português.
Vou ter imenso interesse em verificar o que se vai passar nos próximos dois anos. Digo dois anos, porque vaticino que teremos novas eleições.
Pena é que os partidos, instalados no poder, não tenham a coragem de deitar fora a Constituição da República, em vigor, que é um empecilho a uma política de verdade. Desde logo, no que diz respeito ao sistema político.
Até lá, iremos continuar a ver o aumento do desemprego na classe jovem, que hoje já representa mais de 20%, entre a faixa etária dos 20 aos 30 anos.
As universidades a vomitarem licenciados que depois ficam no desemprego, atingindo já o seu número mais de 50.000.
Quanto à justiça vamos vê-la parada, mas mais grave do que isso, partidarizada.
Vamos continuar a ter um primeiro-ministro que acumula suspeitas atrás de suspeitas e casos no mínimo estranhos.
Mas, o mais grave, e que não foi discutido na campanha eleitoral, por inabilidade do maior partido da oposição, é o desemprego, cuja taxa oficial é de 9,3%, mas que as previsões da OCDE, já vaticinam, para 2010, 11,7%.
E para os que ainda têm emprego, vamos continuar a ter uma carga fiscal brutal que irá continuar a empobrecer a classe média, os únicos que pagam impostos.
Uma escola pública obrigada a fabricar sucesso educativo estatístico, sem pensarem que estão a hipotecar a produtividade das empresas, pois os alunos que saem da escola com grandes insuficiências, vão tentar continuar a sua medíocre aprendizagem, nas empresas.
E assim vai este país! Haja alegria. Pobrete, mas alegrete!

“Pereunt auxilium qui dant suis hostibus.” Quem ajuda a seus inimigos, perde-se.

6 comentários:

Anónimo disse...

O facto de o PS ter perdido a maioria absoluta não faz alterar nada as coisas, apenas garante que deputados inúteis de outros partidos ocupem alguns lugares-"jobs" suplementares outrora ocupados por "boys" de outros partidos...

Repare que os grandes projectos, as grandes obras que vão enterrar por completo este país não têm de ir a votação no Parlamento. O PS constitui governo e não vai, lá por ter deixado de ter a tal "maioria absoluta", embargar as linhas directoras traçadas na legislatura anterior.

A perda da maioria absoluta, em termos práticos, só vai causar alguns "constrangimentos" na votação das Leis no Parlamento, já que os Decretos-lei são aprovados em Conselho de Ministros, ou seja, internamente. Os projectos não são votados por nenhum outro partido...

O combóio do declínio mantém-se a todo o vapôr para o precipício da falência do Estado democrático.

Professor disse...

Estou em parte de acordo consigo, caro anónimo.Agora, não concordo no que diz respeito às leis, pois estas carecem no que diz respeito à competência relativa da Assembleia, de autorizações legislativas, para as quais são necessários os votos de uma maioria de 116 deputados.Vamos ver quem viabiliza esses projectos. Daqui a dois anos falaremos, se o maior partido da oposição conseguir expurgar o partido, o que não me parece possível, atendendo que todos eles ficaram como deputados.

Anónimo disse...

Exacto, penso que foi o que eu disse. As Leis, essas sim, têm de ser votadas na Assembleia (Assembleia e Parlamento não são a mesma coisa...?)

Os projectos não são Leis, pelo que não carecem de votação, penso eu de que...

Não é isto que se passa? Por acaso o novo aeroporto de Lisboa ou o TGV carecem de autorizações legislativas? Não são apenas decisões internas do desGoverno que nos desGoverna??

Professor disse...

A despesa tem de ser aprovada no orçamento de Estado.Não sei se respondi?

Anónimo disse...

Sim, responde. Em relação ao Orçamento de Estado, é verdade que tem de ser votado... e aí contam os deputados eleitos que agora o PS não dispõe dos tais 116... o que dificulta as coisas, não havendo coligações partidárias.

Mas, contudo, não sei se há possibilidade de, por exemplo, o TGV não ir para a frente, uma vez que é co-financiado pela UE e por privados.

A pergunta que faço é esta: a maioria parlamentar, mesmo que inviabilize o Orçamento do Estado, pode com isso inviabilizar concretamente um projecto de obras-públicas como o TGV ou o NAL? Não poderá o Governo mexer nos dinheiros públicos, juntamente com os financiamentos da UE e privados, de forma independente da aprovação do Orçamento, desde que o valor do investimento público não ultrapasse o aprovado? Se calhar é uma pergunta um pouco complicada de responder em blog...

Obrigado pelo esclarecimento, de qualquer forma!

Professor disse...

As despesas têm de estar cabimentadas.