Os regimes políticos são fórmulas transitórias e progressivas, e valem praticamente menos pela doutrina e essência teórica que pela adaptação feliz ou descabida ao modo de ser psicológico, tradições, grau de educação cívica; todos igualmente bons, todos igualmente maus, conforme aquelas circunstâncias e o uso que deles se fizer, pois uns e outros têm presidido aos destinos de povos que sobem ao seu apogeu ou descem à ruína e definhamento.
No caso português temos particularidades que nos afastam de outros povos, onde a incerteza dos novos tempos se coloca. Somos egoístas, desorganizados e gostamos pouco de trabalhar.
É uma questão de atitude. E esta passa pela ética, como base, a integridade, a responsabilidade, o respeito pela Lei e pelos regulamentos, o respeito pelos direitos dos outros cidadãos, o amor ao trabalho, o esforço pela poupança e pelo investimento, o desejo de superação e a pontualidade.
Bom, quanto à integridade, estes últimos casos decorridos entre alguma banca, dão-nos um pouco a ideia, do país onde vivemos. De um modo apático, vamos assistindo a todas estas situações.
A Lei e regulamentos não são feitos para se cumprirem, basta ver o civismo da grande maioria dos portugueses quando conduzem um automóvel ou em alternativa, quando o estacionam. O estacionamento pode ser feito em qualquer lugar: em frente de um portão de uma garagem, em segunda fila, em cima dos passeios, nas passadeiras, nas paragens de autocarro, etc.
Quando existem estas atitudes de má educação e falta de civismo e desrespeito pelas regras de vivência em sociedade, falta-se ao respeito pelos outros cidadãos, muitas das vezes os que têm menos meios de defesa – no caso do estacionamento, todos aqueles que têm mobilidade condicionada.
O desejo de superação não é característica dos portugueses. Basta olharmos para a selecção nacional de futebol.
E pontualidade? Nem vale a pena falar. É pior que cuspir na sopa e bater na avó.
Há países, como o Japão, que tem uma orografia bem pior que a portuguesa, em que 80% do seu território não é minimamente arável e que consegue ser a segunda economia mundial. Temos mais exemplos! Mas como somos o que somos, desabafamos no final a dizer que somos um país pobre sem recursos.
A riqueza de um país está no seu povo.
E o que fizeram os nossos governantes nestes 34 anos de democracia? Destruíram na educação o que era positivo e foram semeando a irresponsabilidade.
Depois de tão bem arada, mondada, adubada e regada, aí temos a colheita - um país tão miserável que o estrangeiro nem, ao Banco do Estado, quer emprestar dinheiro, mesmo com um “spread” elevadíssimo e que nos vai onerar cada vez mais, para injectar em Bancos falidos por má gestão ou ambição desmedida.
Para minimizar esta escandaleira, é criado um apoio aos funcionários públicos na “desgraça”. Se estão na desgraça é porque o “patrão”, nem paga bem, nem actualiza a reforma dos que não podem fazer “greve”.
Tudo isto deu muito jeito a um ano das eleições!
Ora bolas, lá se vão os impostos que me “sacaram” nestes últimos anos.
Não vou desrespeitar as Leis e Regulamentos, mas não passem à minha porta que eu tenho o frigorífico cheio de ovos frescos!
No caso português temos particularidades que nos afastam de outros povos, onde a incerteza dos novos tempos se coloca. Somos egoístas, desorganizados e gostamos pouco de trabalhar.
É uma questão de atitude. E esta passa pela ética, como base, a integridade, a responsabilidade, o respeito pela Lei e pelos regulamentos, o respeito pelos direitos dos outros cidadãos, o amor ao trabalho, o esforço pela poupança e pelo investimento, o desejo de superação e a pontualidade.
Bom, quanto à integridade, estes últimos casos decorridos entre alguma banca, dão-nos um pouco a ideia, do país onde vivemos. De um modo apático, vamos assistindo a todas estas situações.
A Lei e regulamentos não são feitos para se cumprirem, basta ver o civismo da grande maioria dos portugueses quando conduzem um automóvel ou em alternativa, quando o estacionam. O estacionamento pode ser feito em qualquer lugar: em frente de um portão de uma garagem, em segunda fila, em cima dos passeios, nas passadeiras, nas paragens de autocarro, etc.
Quando existem estas atitudes de má educação e falta de civismo e desrespeito pelas regras de vivência em sociedade, falta-se ao respeito pelos outros cidadãos, muitas das vezes os que têm menos meios de defesa – no caso do estacionamento, todos aqueles que têm mobilidade condicionada.
O desejo de superação não é característica dos portugueses. Basta olharmos para a selecção nacional de futebol.
E pontualidade? Nem vale a pena falar. É pior que cuspir na sopa e bater na avó.
Há países, como o Japão, que tem uma orografia bem pior que a portuguesa, em que 80% do seu território não é minimamente arável e que consegue ser a segunda economia mundial. Temos mais exemplos! Mas como somos o que somos, desabafamos no final a dizer que somos um país pobre sem recursos.
A riqueza de um país está no seu povo.
E o que fizeram os nossos governantes nestes 34 anos de democracia? Destruíram na educação o que era positivo e foram semeando a irresponsabilidade.
Depois de tão bem arada, mondada, adubada e regada, aí temos a colheita - um país tão miserável que o estrangeiro nem, ao Banco do Estado, quer emprestar dinheiro, mesmo com um “spread” elevadíssimo e que nos vai onerar cada vez mais, para injectar em Bancos falidos por má gestão ou ambição desmedida.
Para minimizar esta escandaleira, é criado um apoio aos funcionários públicos na “desgraça”. Se estão na desgraça é porque o “patrão”, nem paga bem, nem actualiza a reforma dos que não podem fazer “greve”.
Tudo isto deu muito jeito a um ano das eleições!
Ora bolas, lá se vão os impostos que me “sacaram” nestes últimos anos.
Não vou desrespeitar as Leis e Regulamentos, mas não passem à minha porta que eu tenho o frigorífico cheio de ovos frescos!
"Multos expertus sum qui vellent fallere; qui autem falli, neminem. [S.Agostinho, Confessiones 10.23] Conheci muitos que queriam enganar; que quisesse ser enganado, nenhum."
9 comentários:
Mais uma vez tenho que lhe dar os parabéns pelo excelente post.
Só para comentar e apoiar o desabafo em relação ao "desregramento" que se vem sentindo por toda a parte e ressentindo ao longo desta terceira década de dita "liberdade"...
De facto, a educação foi de mal a pior; perderam-se valores como os da Família e do respeito.
Em relação ao mau estacionamento dos "popós", é um problema cultural, recheado de ingredientes onde entram a falta de sentido cívico e de cumprimento das regras e das Leis; a falta de uso de transportes públicos como alternativa, e até mesmo de andar a pé, pois, em tempo de "Crise", andar a pé não custa dinheiro nem agrava a "Crise" faz bem à Saúde, desentope as artérias, da aterosclerose, o que evita muitos enfartes do miocárdio que custam milhões aos contribuintes (os que não fogem aos impostos, claro...) e que ajudam a avolumar o "buraco da Saúde".
É verdade que trabalhar ninguém quer, é mais fácil comprar tudo feito... Bem, para isso até há o grande e mágico Crédito, crédito para o consumo, o grande cancro desta sociedade - a seguir, claro, aos políticos "(in)governantes e ingovernáveis" amantes da "politiquice" e do "partidarismo" que nos impede de avançarmos rumo a um bom futuro para os que cá ficam. O Crédito e o colapso financeiro ou síndrome da imunodeficiência capitalista, com falências em catadupa. O Crédito é fantástico, né? Então né?! claro qu'é! Até possibilita que, quem não pode ter e quer ter, o tenha, sem na verdade o ter; um simples cartão de plástico pode fazer "lindas maravilhas"... às famílias e, num segundo tempo, e por consequência, até ao sistema financeiro que o permite.
Isto aqui é que está uma Crise, hein?
Um aluno assíduo e pontual :))
Sem dúvida,um excelente "post".Análises bem curiosas.Parabéns.
É sempre um prazer ler o que escreve.Espero que haja grande adesão à votação que colocou. Parabéns
Então isto é só anónimos! Onde estão as anónimas?? Sim, as anónimas, essa massa que perfuma o nosso cinzento dia-a-dia! é por isso que a política está em crize, com excepção da aldeia dos gauleses, é claro!
é de acrescentar o seguinte: a menos que vivamos como ermitas e aí condicionados pelo meio físico que nos rodeia, a liberdade é algo de relativo pois esta depende da perspectiva que os nossos vizinhos têm do que os rodeia. Nós próprios desempenhamos esse papel na vida de alguém! Portanto há que ganhar espaço progressivamente para os habituar à nossa democracia!!por vezes um pouco de manteiga ajuda!
As anónimas estão aqui. Eu que sou mulher faço questão de ler atentamente este blog e comentar.
Muito obrigada pelo seu cavalheirismo.
As senhoras são muito bem-vindas a este blogue!Dão outra alegria a assuntos tão sérios! Bem hajam!
Com mais esta "macacada" de brincadeiras com uma pistola de plástico...não eduquem os pais, não!Ponham os "meninos" a atirar ovos, ponham!
Conte comigo e também levo tomates para ajudar na digestão
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