Minha querida Mãezinha
Quero agradecer-te a tua cartinha. Muito bonita. Fiquei deveras impressionado, como só uma mãe sabe fazer. Fiquei mesmo comovido. De tal modo, que revigorei e ganhei força, para pôr na ordem aquela rapaziada que se andava a perfilar para serem candidatos a tudo e mais umas botas. Não, mãe! Essas minhas amigas estão salvaguardadas. Também não sou tão distraído, ora essa! Essas se não ganharem vão para o Parlamento Europeu. Agora, o resto da maralha que se dane…não ia deixar a Manelita ficar à minha frente, nestas coisas de transparência e ética. Não é assim que se diz? Está na moda e eu, como sabes, gosto de andar na moda. Até já me elegeram o “político manequim”. Não te lembras?
Agora a Leonor, sim…aquela que andava a emprestar os carros do Estado ao namorado, ficou zangada. Mas eu quero lá saber. Ela que vá lá para Cascais. Talvez arranje por lá um namorado.
Agora fico triste é com o Marquitos, coitado. Apanha pela tabela. E eu até gosto do puto.
Desde o 16 ano que não faz outra coisa, senão política, e agora vai ficar como Vereador. Mas, eu depois arranjo-lhe outra coisa qualquer, numa empresa cá da malta. Não te preocupes. Eu também sei que gostas do miúdo.
Em última estância, se o Manel não aceitar aquele lugar de Administrador que lhe ofereceram, eu peço o lugar para ele. Não tem formação na área da cultura? Também não é preciso. Se o patrão não tem, por que é que nos havemos de preocupar com isso.
Mas foi um golpe de mestre? Não foi mãezinha?
Andavam a fazer pouco do tê filho, mas eu voltei a mostrar que quem manda sou eu!
Até o Alegre gramou esta minha cartada eleitoral. Diz que é de esquerda! E tu mãezinha, que achas?
Quando puderes volta a mandar mais uma cartinha para dares ânimo aqui ao rapaz.
Beijinhos do tê filho!
PS: Só espero é não ter mais nenhuma, do tipo do Manel, até às eleições.
“Voluntas hominis ambulatoria est usque ad vitae supremum exitum.” [Ulpiano, Digesta 24.1.32] A vontade do homem é mutável até ao último dia de sua vida.
Quero agradecer-te a tua cartinha. Muito bonita. Fiquei deveras impressionado, como só uma mãe sabe fazer. Fiquei mesmo comovido. De tal modo, que revigorei e ganhei força, para pôr na ordem aquela rapaziada que se andava a perfilar para serem candidatos a tudo e mais umas botas. Não, mãe! Essas minhas amigas estão salvaguardadas. Também não sou tão distraído, ora essa! Essas se não ganharem vão para o Parlamento Europeu. Agora, o resto da maralha que se dane…não ia deixar a Manelita ficar à minha frente, nestas coisas de transparência e ética. Não é assim que se diz? Está na moda e eu, como sabes, gosto de andar na moda. Até já me elegeram o “político manequim”. Não te lembras?
Agora a Leonor, sim…aquela que andava a emprestar os carros do Estado ao namorado, ficou zangada. Mas eu quero lá saber. Ela que vá lá para Cascais. Talvez arranje por lá um namorado.
Agora fico triste é com o Marquitos, coitado. Apanha pela tabela. E eu até gosto do puto.
Desde o 16 ano que não faz outra coisa, senão política, e agora vai ficar como Vereador. Mas, eu depois arranjo-lhe outra coisa qualquer, numa empresa cá da malta. Não te preocupes. Eu também sei que gostas do miúdo.
Em última estância, se o Manel não aceitar aquele lugar de Administrador que lhe ofereceram, eu peço o lugar para ele. Não tem formação na área da cultura? Também não é preciso. Se o patrão não tem, por que é que nos havemos de preocupar com isso.
Mas foi um golpe de mestre? Não foi mãezinha?
Andavam a fazer pouco do tê filho, mas eu voltei a mostrar que quem manda sou eu!
Até o Alegre gramou esta minha cartada eleitoral. Diz que é de esquerda! E tu mãezinha, que achas?
Quando puderes volta a mandar mais uma cartinha para dares ânimo aqui ao rapaz.
Beijinhos do tê filho!
PS: Só espero é não ter mais nenhuma, do tipo do Manel, até às eleições.
“Voluntas hominis ambulatoria est usque ad vitae supremum exitum.” [Ulpiano, Digesta 24.1.32] A vontade do homem é mutável até ao último dia de sua vida.
2 comentários:
Parece que a Leonor anda mesmo zangada.
E o Alegre contente!
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