Batem leve, levemente, como quem chama por mim. Será a política? Será a justiça? A política não é certamente e a justiça não bate assim, diria o Sócrates!
A política não será certamente, porque os políticos que existem em Portugal não passam de mexeriqueiros de trazer por casa, sem capacidade de movimentação para levantar casos como o Freeport.
Já a justiça, atravessando a pior crise de sempre vai batendo suavemente!
Na área da investigação criminal, temos encenações mediáticas para os órgãos de informação, onde as câmaras de filmar chegam a acompanhar as prisões e buscas, como se de um filme se tratasse. Aliás, está muito na moda os reality shows.
Quando o prazo máximo dos inquéritos são de 12 meses, estes prolongam-se por anos e anos, a fio. É a justiça que não se cumpre em tempo bem como, os investigados que passam anos da sua vida sob suspeição.
Em 2005 foram levantadas as suspeições sobre o caso Freeport e em 2009, tornam as mesmas, com requintes de malvadez, no que diz respeito a especulações de compra de apartamentos, ora por um valor, ora por outro valor, como se estivessem a alimentar, ao povinho maledicente, a sua necessidade de dizer mal: olha, estás a ver? A final, o tipo abotoou-se! E depois quando temos família a ajudar, nem é preciso ter inimigos!
São os jornais com caixas altas a procurar vender e quando alguém se pronuncia sobre os mesmos, é jornalismo de investigação. É altura de começar a dizer basta a esta política de bota abaixo, bem como basta de uma investigação criminal que não consegue trabalhar em tempo útil!
É evidente que o facto de muitos dos políticos acabarem por trabalhar para as empresas, que mais negócios realizam com o Estado, em nada favorece a transparência necessária.
A descrença acentua-se quando se verifica, por outro lado, que não há obras públicas, que a final, o preço a pagar não é, nunca, o valor da adjudicação. Quem não se lembra do Centro Cultural de Belém que se iniciou por um valor de 10 milhões de contos e acabou em 40 milhões?
Tudo isto, mesmo que justificado, não deixa de levantar questões de transparência.
Ao longo destes anos, vamos levando o tempo à procura de culpados, disto e daquilo, mas somos incapazes de procurar as soluções e muito concretamente as que dizem respeito à justiça. Temos um país em crise e parece que toda a gente se esquece que a justiça em Portugal é responsável por cerca de 7% do P.I.B.
Fazem-se empresas na hora e insolvências em quanto tempo? Fazem cartões de cidadão e qual o controlo da emigração? Fazem leis para o divórcio sem consentimento do outro cônjuge e não se fazem leis para alterar o regime supletivo dos casamentos, como se vivêssemos como há 50 anos atrás? Não se fazem leis que permita a cada um dispor do que é seu, por testamento, ficando obrigado a beneficiar, “mortis causa”, quem em vida o tratou mal? Combate-se o insucesso escolar, criando novas oportunidades? Alteram-se os cursos nas Universidades de 5 para 3 anos, à custa de Bolonha?
Tenham paciência! Procurem, primeiro que tudo, encontrar deputados que se dediquem em exclusivo a representar o “povo” e que não sejam sempre os mesmos, eivados de vícios que pululam pelo hemiciclo, ao longo de mais de 30 anos. Dêem-lhes um lugar no Parlamento Europeu ou um lugar na Caixa Geral de Depósitos! Ah, não se esqueçam de os promoverem, quando saírem de lá? Tá?
“Malignitati falsa species libertatis inest.” [Tácito, Historiae 1.1] Na malignidade há uma falsa aparência de liberdade.
A política não será certamente, porque os políticos que existem em Portugal não passam de mexeriqueiros de trazer por casa, sem capacidade de movimentação para levantar casos como o Freeport.
Já a justiça, atravessando a pior crise de sempre vai batendo suavemente!
Na área da investigação criminal, temos encenações mediáticas para os órgãos de informação, onde as câmaras de filmar chegam a acompanhar as prisões e buscas, como se de um filme se tratasse. Aliás, está muito na moda os reality shows.
Quando o prazo máximo dos inquéritos são de 12 meses, estes prolongam-se por anos e anos, a fio. É a justiça que não se cumpre em tempo bem como, os investigados que passam anos da sua vida sob suspeição.
Em 2005 foram levantadas as suspeições sobre o caso Freeport e em 2009, tornam as mesmas, com requintes de malvadez, no que diz respeito a especulações de compra de apartamentos, ora por um valor, ora por outro valor, como se estivessem a alimentar, ao povinho maledicente, a sua necessidade de dizer mal: olha, estás a ver? A final, o tipo abotoou-se! E depois quando temos família a ajudar, nem é preciso ter inimigos!
São os jornais com caixas altas a procurar vender e quando alguém se pronuncia sobre os mesmos, é jornalismo de investigação. É altura de começar a dizer basta a esta política de bota abaixo, bem como basta de uma investigação criminal que não consegue trabalhar em tempo útil!
É evidente que o facto de muitos dos políticos acabarem por trabalhar para as empresas, que mais negócios realizam com o Estado, em nada favorece a transparência necessária.
A descrença acentua-se quando se verifica, por outro lado, que não há obras públicas, que a final, o preço a pagar não é, nunca, o valor da adjudicação. Quem não se lembra do Centro Cultural de Belém que se iniciou por um valor de 10 milhões de contos e acabou em 40 milhões?
Tudo isto, mesmo que justificado, não deixa de levantar questões de transparência.
Ao longo destes anos, vamos levando o tempo à procura de culpados, disto e daquilo, mas somos incapazes de procurar as soluções e muito concretamente as que dizem respeito à justiça. Temos um país em crise e parece que toda a gente se esquece que a justiça em Portugal é responsável por cerca de 7% do P.I.B.
Fazem-se empresas na hora e insolvências em quanto tempo? Fazem cartões de cidadão e qual o controlo da emigração? Fazem leis para o divórcio sem consentimento do outro cônjuge e não se fazem leis para alterar o regime supletivo dos casamentos, como se vivêssemos como há 50 anos atrás? Não se fazem leis que permita a cada um dispor do que é seu, por testamento, ficando obrigado a beneficiar, “mortis causa”, quem em vida o tratou mal? Combate-se o insucesso escolar, criando novas oportunidades? Alteram-se os cursos nas Universidades de 5 para 3 anos, à custa de Bolonha?
Tenham paciência! Procurem, primeiro que tudo, encontrar deputados que se dediquem em exclusivo a representar o “povo” e que não sejam sempre os mesmos, eivados de vícios que pululam pelo hemiciclo, ao longo de mais de 30 anos. Dêem-lhes um lugar no Parlamento Europeu ou um lugar na Caixa Geral de Depósitos! Ah, não se esqueçam de os promoverem, quando saírem de lá? Tá?
“Malignitati falsa species libertatis inest.” [Tácito, Historiae 1.1] Na malignidade há uma falsa aparência de liberdade.
4 comentários:
Costuma-se dizer que não há fumo sem fogo !! Mas temos assistido pacificamente ao longo destes 30 anos que há sem dúvida muita "trapalhada" quando se mistura poder com ambição desmedida.
Deputados na sua verdadeira noção é uma raça em vias de extinção. Os meninos e meninas que pululam na AR, mostram apenas que se preocupam unica e exclusivamente com as suas carreiras. As saudades que eu tenho de Portugal. Era um país com objectivos sociais, economicos, preocupava-se com a cultura, enfim, estava a começar a ser um país quando começam a aparecer esta nova raça de deputados.
Quando falamos de políticos, sejam eles ministros ou deputados, imaginamos de imediato uma corja que para além de condenados à inutilidade institucional do cargo, tomam decisões mesquinhas e sem qq solução relevante face às necessidades básicas dos portugueses ...
São de uma mediocridade tal,que, ainda hoje, ao ver os ditos em plena AR, envoltos nos trocadilhos dialogantes dos mais surreais: (Arte de bem falar sem nada dizer)... enfim pus logo em causa a m incapacidade de interpretação... e parti p outra: (Por formação profissional, desenvolvi sempre a vertente da estética), considerando q esta combate a miséria...Dei comigo a pensar q aquela gente, deveria mudar por dentro e por fora, sei lá...comparei-os a um misto de camafeus c fancaria do mais kitch possível... que chocavam com o charme da logistica que ocupavam. (penso q tds concordamos c beleza arquitectónica dos salões do parlamento.) Obviamente q dos homens n há muito a dizer em questões de estilo, pois têm poucas alternativas para além do fato e que por lá gravitam... as indomentárias perfeitamente provincianas, de gosto duvidoso e literalmente desleixadas de aspecto, enfim... podiam no mínimo mudarem o corte de cabelo, embelezarem-se, vestirem tdas um uniforme c o logo da AR (tipo hospedeiras)... ou em último recurso alterarem os lugares dentro da sala...(quem tivesse melhor aspecto passaria p a frente e as mais ranhosas nas mais reconditas bancadas...).
- Já que não têm qq tipo de credibilidade, pelo menos que existisse um "must have" em questões de visual, tá? :)
O que seria a vida sem estética? E como são bonitas as salas da Câmara dos representantes do "povo". Nunca antes, tão pirosos deputados,se sentiram tão "elevados". Concordo, que ficariam mais enquadrados com um uniforme. Já imagino o mesmo: Casaco azul, com botões doirados, com um emblema no bolso do lado esquerdo, com as respectivas insignias partidárias, a dourado!Não deixa de ter piada ver a foice e o martelo em dourado! Só ficaria a faltar, os pregões do antigamente: "Chá, Café ou laranjada".Então teriamos o cenário das "conversas" de café que não levam a lado nenhum e que resultam na maior enormidade legislativa, eivada de erros e omissões que tem sido a característica destes últimos anos de legislação, avulsa, dos sucessivos "parlamentares".Deste modo, estou de acordo com o anónimo e atenuar-se-ia o aspecto "barroco" que nos dá a visão das diversas bancadas.
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