Nem sempre o excesso de velocidade é o causador de acidentes. Existe uma causa que ninguém quer admitir – não saber conduzir.
Tal como em algumas Universidades, onde o importante é tirar a “licença”, o mesmo acontece nas “escolas” de condução. O importante é tirar a carta e pronto, fica-se encartado.
E por vezes, mesmo assim, com métodos um pouco ortodoxos, seja em Lisboa, seja em Viseu.
Veja-se o que diz, o ex -Presidente da República, Mário Soares, transcrito do Jornal Público – “O ex -Presidente da República Mário Soares teme que Portugal fique “ingovernável” em 2009 devido a eventuais protestos decorrentes de uma elevada taxa de desemprego no país, segundo afirmou à Rádio Renascença, que ouviu os três chefes de Estado que antecederam Cavaco Silva.”
As coisas só se tornam “ingovernáveis” se existe excesso de velocidade ou incompetência para dirigir a máquina.
Não me parece que seja o caso de excesso de velocidade, porque esta viagem já leva dez anos a ser conduzida pelos mesmos timoneiros.
Começou em 1995, depois houve um pequeno interregno de dois novos condutores – os laranjas.
O condutor de 1995,quando verificou que a máquina estava já em derrapagem, entrando no pântano, fugiu para a Comissão dos Refugiados. Não é mau lugar para fugir, embora pareça um paradoxo, fugir para a Comissão dos Refugiados.
Foi a época da economia do consumo. Crédito à farta…até haviam aqueles anúncios do “vai me liga” que eu dou – neste caso de resposta imediata, 5 mil ou dez mil euros. Conforme a necessidade!
Hipotecadas as famílias e o Estado, toca de tentar imprimir uma política de racionamento e de aumento das receitas – aumento do IVA, Pagamento Especial por Conta (aliás Salazar já o tinha feito em 1958 até 1965).
Tínhamos forçosamente a convergência e a necessidade do alinhamento do défice até aos três por cento.
Malandros, nesta altura o Durão Barroso e a actual líder do PSD.
Em face da oferta da concorrência, Durão Barroso mudou de máquina. A máquina actual é mais segura e, em princípio, deve dar para dar mais uma viagem! Não tinha “mãos” para esta máquina nacional, já “ingovernável”.
Ficou o Santana, que acelera muito parado, dá “raters”, mas quando chega a hora de arrancar da grelha da partida, deixa a máquina ir abaixo, pela precipitação e falta de conhecimento dos pontos “sinuosos” do percurso. E pum! Estampou-se!
E então, aparece depois um jovem “Fitipaldi” que promete fundos e mundos! Só que arranca a fazer, exactamente o contrário. E dando cabo da caixa de velocidades e dos travões, de tantas travagens e recuos que fez durante o circuito.
Agora que está a chegar ao final da viagem, faz uma série de “malabarismos”, rodopia a máquina, faz uns peões e dá ares de quem está a dar aquilo que já tirou. E isso é muito feio. Há um velho ditado que diz “quem dá e tira, para o inverno, gira”. E quando começa a girar, torna-se mesmo “ingovernável”. Mário Soares é capaz de ter razão!
Mas a ambição de querer ganhar a “taça” a todo o custo, está a fazer com que a máquina se torne, de qualquer dos modos, “ingovernável”. E quem o diz é um encartado, com muita experiência e que tirou a “carta” nos velhos tempos, em que era preciso estudar para se fazer exame e não havia caixa de velocidades “automática”. Às vezes para meter uma mudança era preciso fazer uma “dupla”, a única maneira das mudanças não arranharem. Aliás, estamos a chegar à conclusão que já não há “encartados” desta categoria.
O que ainda está no activo é Presidente da República. Tenta orientar a corrida, fazendo com que se cumpram as regras e em particular o “Código”, mas está a ter dificuldades. Estão tão preocupados com a nova viagem, que passam a vida a dar “raters” sem que o “árbitro” seja ouvido.
Tal como em algumas Universidades, onde o importante é tirar a “licença”, o mesmo acontece nas “escolas” de condução. O importante é tirar a carta e pronto, fica-se encartado.
E por vezes, mesmo assim, com métodos um pouco ortodoxos, seja em Lisboa, seja em Viseu.
Veja-se o que diz, o ex -Presidente da República, Mário Soares, transcrito do Jornal Público – “O ex -Presidente da República Mário Soares teme que Portugal fique “ingovernável” em 2009 devido a eventuais protestos decorrentes de uma elevada taxa de desemprego no país, segundo afirmou à Rádio Renascença, que ouviu os três chefes de Estado que antecederam Cavaco Silva.”
As coisas só se tornam “ingovernáveis” se existe excesso de velocidade ou incompetência para dirigir a máquina.
Não me parece que seja o caso de excesso de velocidade, porque esta viagem já leva dez anos a ser conduzida pelos mesmos timoneiros.
Começou em 1995, depois houve um pequeno interregno de dois novos condutores – os laranjas.
O condutor de 1995,quando verificou que a máquina estava já em derrapagem, entrando no pântano, fugiu para a Comissão dos Refugiados. Não é mau lugar para fugir, embora pareça um paradoxo, fugir para a Comissão dos Refugiados.
Foi a época da economia do consumo. Crédito à farta…até haviam aqueles anúncios do “vai me liga” que eu dou – neste caso de resposta imediata, 5 mil ou dez mil euros. Conforme a necessidade!
Hipotecadas as famílias e o Estado, toca de tentar imprimir uma política de racionamento e de aumento das receitas – aumento do IVA, Pagamento Especial por Conta (aliás Salazar já o tinha feito em 1958 até 1965).
Tínhamos forçosamente a convergência e a necessidade do alinhamento do défice até aos três por cento.
Malandros, nesta altura o Durão Barroso e a actual líder do PSD.
Em face da oferta da concorrência, Durão Barroso mudou de máquina. A máquina actual é mais segura e, em princípio, deve dar para dar mais uma viagem! Não tinha “mãos” para esta máquina nacional, já “ingovernável”.
Ficou o Santana, que acelera muito parado, dá “raters”, mas quando chega a hora de arrancar da grelha da partida, deixa a máquina ir abaixo, pela precipitação e falta de conhecimento dos pontos “sinuosos” do percurso. E pum! Estampou-se!
E então, aparece depois um jovem “Fitipaldi” que promete fundos e mundos! Só que arranca a fazer, exactamente o contrário. E dando cabo da caixa de velocidades e dos travões, de tantas travagens e recuos que fez durante o circuito.
Agora que está a chegar ao final da viagem, faz uma série de “malabarismos”, rodopia a máquina, faz uns peões e dá ares de quem está a dar aquilo que já tirou. E isso é muito feio. Há um velho ditado que diz “quem dá e tira, para o inverno, gira”. E quando começa a girar, torna-se mesmo “ingovernável”. Mário Soares é capaz de ter razão!
Mas a ambição de querer ganhar a “taça” a todo o custo, está a fazer com que a máquina se torne, de qualquer dos modos, “ingovernável”. E quem o diz é um encartado, com muita experiência e que tirou a “carta” nos velhos tempos, em que era preciso estudar para se fazer exame e não havia caixa de velocidades “automática”. Às vezes para meter uma mudança era preciso fazer uma “dupla”, a única maneira das mudanças não arranharem. Aliás, estamos a chegar à conclusão que já não há “encartados” desta categoria.
O que ainda está no activo é Presidente da República. Tenta orientar a corrida, fazendo com que se cumpram as regras e em particular o “Código”, mas está a ter dificuldades. Estão tão preocupados com a nova viagem, que passam a vida a dar “raters” sem que o “árbitro” seja ouvido.
"Magis experiendo, quam discendo cognoscitur." [Pereira 109] ■Mais se sabe por experiência que por aprender
5 comentários:
É um post muito acelera,mas um retrato fiel com ironia murdaz do país que temos e da nova vada de politicos.
Este post está cheio de piada. Se vao começar o ano assim, como leitor vou-me divertir.Parabéns.
estamos a ser governados desde 74 pelos mesmos malandros e seus discipulos. filho de peixe sabe nadar sem duvida. mas atenção quando ha um imperador que fala contra o seu proprio imperio!!! vamos todos mostrar que anida temos sanidade suficiente para não dar maiorias a esses malandros
Este post está muito divertido. Parabéns pela ironia.
ainda falta ver os "raters" que o Sócrates vai dar até às eleições.
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