O sistema constitucional que
temos privilegia os partidos na gestão da democracia.
Ao longo destes anos, nunca os
partidos, que se enraizaram no arco do poder, algum dia quiseram dar voz ao
povo. Nunca procuraram que o sistema eleitoral, para as legislativas, pudesse
ser, também, fruto de candidaturas uninominais ou mesmo apoiadas por grupos de
cidadãos, de candidatos que a uma determinada região representassem os
interesses dos seus eleitores.
Os partidos do arco do poder são
geridos como se de empresas se tratassem com o único objectivo de satisfazer as
necessidades dos accionistas. E que necessidades são estas?
Os múltiplos empregos de “Técnicos Especializados”, “Assessores”, “Directores” e outros que pululam na administração pública. Depois,
restam os lugares de Administração nas empresas públicas ou onde o Estado tem
forte influência, nomeando as elites dos partidos para esses mesmos lugares.
Estou-me a lembrar do último escândalo, para mim, da indicação do Dr. Catroga,
para administrador da EDP, depois de ter feito, em representação do PSD, as
negociações com a Troika. Todas estas negociações implicavam toda uma série de
privatizações, para uma melhor competitividade das empresas. Um país, com dez
milhões de habitantes, entra numa filosofia de privatizações, como se as
empresas em questão conseguissem, por esse facto, serem mais competitivas?
Competitividade pressupõe existirem mais “players” no mercado e por
consequência, o benefício em qualidade de serviço e preço mais atractivo ao
consumidor.
Bom, nenhum de nós verificou que
na Electricidade, no gás, nos combustíveis, a abertura de mercado, tão “vendida”
pelo PSD, e mais do que nunca por este governo, tenha resultado em qualquer benefício
para o consumidor. Aliás, uma das “ambições”
deste governo foi taxar a electricidade em 23% de IVA, quando o consumidor
pagava, por um bem essencial, nos tempos actuais, 6% de IVA.
Estas prerrogativas que têm os
governos em Portugal, ainda promulgadas pela Presidência da República, com a
ideia de que é assim ou então é o caos, que tem levado os portugueses para o
desemprego, para a miséria, onde a pobreza tem crescido a olhos vistos. Tudo
isto, realizado com a desculpa da existência de uma Troika. Pois foi…Foi esta a
necessidade de chumbar o PEC IV o de permitir que houvesse uma entidade internacional
que desse a cobertura a este governo, unicamente animado do intuito de
alimentar os grandes grupos financeiros, assaltando “democraticamente” o país.
E este povo que se considera esclarecido, ainda continua a alimentar os
partidos políticos. Mas, o mais grave é existirem nas suas bases, militantes
que são um conjunto de jovens narcisistas e ambiciosos que pretendem comer, também,
uma fatia deste bolo, sustentando esta política dos seus próprios partidos.
Houve uma abertura, no que às
Autarquias diz respeito. Com a possibilidade de grupos de cidadãos se puderem
organizar e candidatarem-se às Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia.
Até 2005, as tentativas ténues que
se verificaram foram a algumas Juntas de Freguesia.
Em Oeiras, em 2005, apareceu a
primeira candidatura, de um grupo de cidadãos, liderada pelo Dr. Isaltino
Morais. A mesma surgiu apoiada por diversos quadrantes políticos, porque não
foram só os militantes do PSD, descontentes. Estes militantes do PSD que só
gostam de apostar nos que lhe parece ser “ganhador” e que em face da mudança de
candidato, no Grupo de Cidadãos Eleitores Isaltino Oeiras Mais à Frente, em Oeiras,
para 2013, voltaram ao seu partido, apoiando um candidato, Moita Flores,
considerado, já, hoje, como um candidato itinerante, porque depois de ter sido
candidato por duas vezes à Câmara de Santarém, com a qual não tinha nenhuma
especial ligação, mas pelo facto de ter sido “contratado “por um destacado
líder do PSD, Miguel Relvas, conjuntamente com Pedro Passos Coelho.
Novamente, em 2013, Moita Flores,
foi contratado para ser candidato à Câmara de Oeiras, pelo mesmo Miguel Relvas
que deixou de ser Ministro em consequência da sua licenciatura, por
equivalências, e pelo facto de estar a ser investigado os privilégios dados por
este, a Passos Coelho, na utilização de fundos comunitários.
Ou seja, os múltiplos apoios
dados aos “Companheiros e Camaradas” que não ocupam lugares na administração
pública ou na administração das empresas públicas mas que necessitam de serem
empresários que criam e agarram as “oportunidades”.
É este conjunto de novas e velhas
ambições que criam a inércia desta rapaziada.
Mas, em 2005, como dizia, pela
primeira vez na história da municipalidade portuguesa, um grupo de cidadãos concorre
às eleições para uma Câmara Municipal, Assembleia Municipal e às suas dez juntas
de freguesias. Foi uma candidatura ganhadora e que destronou o tão ético PSD do
Dr. Marques Mendes. O mesmo PSD que criou para seu belo prazer e satisfação dos
seus líderes, o famoso Banco Português de Negócios (BPN) que hoje, os
portugueses estão a pagar.
Este grupo organizado de
criminosos, todos do PSD, burlaram, furtaram, roubaram, realizaram fraudes de
todo o tipo, monumentais, permitindo o enriquecimento de toda uma seita que,
hoje, continua a proliferar nas hostes do PSD.
É para mim e para todos os
Oeirenses que apoiam Oeiras, as suas gentes, a sua cultura, o seu património e
que não são tijolos, porque estes deveriam ser usados nas manifestações contra
o governo que nos assalta diariamente, a coberto de um sistema Constitucional e
de leis penais que os protegem e os licenciam a praticar actos de agressão e
roubo, ao povo português, uma ofensa grave quando alguém a coberto de
jornalismo de opinião, se dá ao desplante de qualificar de um grupo de
criminosos, uma candidatura de cidadãos que tem na sua designação o nome de
Isaltino, Oeiras Mais à Frente. “O nome
de alguém que está preso por fraude fiscal.”
Como advogado, como jurista e
como professor de direito e amigo pessoal do Dr. Isaltino Morais conheço muito
bem o seu processo. Foi de facto condenado por aparente fraude fiscal, pelas múltiplas pressões político/
partidárias, exactamente de quem defendeu e pretendeu defender a ética (que
desconheço e que não sei qual é) e se serviu da Câmara Municipal de Oeiras,
para complementar os seus proveitos, durante anos. Foram incapazes de agradecer
as oportunidades que o Dr. Isaltino Morais lhes proporcionou, por pensar que
eram capazes e que eram competentes. Não foram capazes, não foram, nem são
competentes, mas mais do que isso: é gente com um carácter de muito baixo
nível.
Na realidade Victor Hugo tinha razão: “A metade de um amigo é a metade de um
traidor.”
Quando um grupo de cidadãos eleitores,
liderado pelo Dr. Isaltino Morais, em 2005 venceu a corrida para a gestão de
Oeiras e em 2009 reforçou a sua força, tendo chegado à meta com mais de 40 por
cento de votos, quando o PSD conseguiu um modesto terceiro lugar, com 16 por
cento de votos, quem escreve estas opiniões sobre a candidatura de Isaltino
Oeiras Mais à Frente, dizendo que a candidatura é uma associação criminosa,
está a dizer aos oeirenses que estes são cúmplices desta associação criminosa. Estão
a dizer a 40 por centos dos eleitores Oeirenses que eles são cúmplices quiçá,
também eles, criminosos.
Este espirito de homens livres e
de bons costumes. Este espirito de cristãos, não praticantes, fazem-me lembrar
uma das últimas palavras de Cristo, na cruz: “ Pai, porque me abandonaste”? Infelizmente, também Isaltino Morais
foi ferido por causa das vossas transgressões e esmagado, provisoriamente, por
causa das vossas iniquidades. A justiça é na realidade difícil de encontrar.
Ela vai depender do tempo e do espaço em que será analisada. Mas, em relação a
Oeiras e à obra de Isaltino Morais há de haver justiça! Espero que não tarde.
Que em 2013, os 40% de cúmplices da Associação de criminosos, Isaltino Oeiras
Mais À Frente, isto é, os Oeirenses digam uma vez mais…estamos presentes e
somos solidários com o Dr. Isaltino Morais e por isso, vamos votar PAULO
VISTAS!
Bem- Hajam!
1 comentário:
Professor Luís Roldão, permita-me corrigi-lo: a primeira candidatura de cidadãos foi protagonizada em Queijas, no ano de 2001, com o MCI - Movimento de Cidadãos Independentes, liderado por António Reis Luz, militante do PSD e Presidente da Junta entre 1997 e 2001, não reconduzido por Isaltino Morais e Manuela Ferreira Leite. Cumprimentos. Helder Sá
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