E a comunicação social agradece, a todos estes carenciados de protagonismo, as suas exibições mediáticas. E nestas palestras de iluminados, há sempre um inteligente, como se de uma corrida de touros se tratasse!
Vão-se levantando suspeições, a torto e a direito, sobre as mais variadas personalidades e, algumas delas, diga-se em abono da verdade, muito têm para esclarecer.
Mas, não é na praça pública, com entrevistas dos mais variados representantes da justiça, nem em revistas da especialidade ou, mais grave, que representam uma classe, como a dos Advogados, que se faz justiça!
O que se tem vindo a fazer é bandalheira! Quem é que encomendou o sermão, ao Senhor Bastonário, Marinho Pinto? Haja dignidade, principalmente, por quem representa uma classe, como as dos Advogados! Chega de verborreia!
Entretanto, a comunicação social, vai-nos dando as mais diversas noticias, como o escândalo do BCP, o escândalo de passagem de Administradores da CGD que financiaram especuladores bolsistas, para o Banco para o qual financiaram a compra de acções, o escândalo do BPN e a história mal contada dos seus Administradores, Gerentes e outros, o escândalo do BPP, o caso do Freeport e por aí fora! É um nunca mais acabar de escândalos!
E reina a confusão total. São as declarações do Procurador-Geral da Republica, são as declarações do representante do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, são as declarações constantes, quer em televisão, quer em Congressos organizados para o efeito, dos Procuradores Gerais Adjuntos, com fortes responsabilidades na investigação criminal.
Para completar, ainda temos os inquéritos da Assembleia da República, as audições ao Banco de Portugal que devia supervisionar, mais a CMVM que devia vigiar e não vigia, as Altas Autoridades para isto e mais aquilo. A quem é que interessa esta confusão?
Parece-me, e se calhar estou certo, que existe um outro Estado, dentro do Estado!
Uma instituição que tinha prestígio, caiu, completamente, no ridículo…A justiça!
Por favor, acabem com este forrobodó! Porque, enquanto dura a festa, os portugueses vêem-se a afundar, num país hipotecado, para poder sustentar tanto artista.
« Ius est norma recti, et quicquid est contra normam recti est iniuria. » [Jur / Black 1043] O direito é a norma do que é correto, e tudo que é contrário à norma do que é correto, é injustiçअ.